Grammar Nazi III

segunda-feira, 30 de setembro de 2013


Por: Gabriela Petusk

Sejam bem-vindos a mais um post quase magnífico feito pela minha pessoa! Dessa vez, não trago um texto sério e cheio de compromisso para com o futuro da literatura mundial *música gloriosa*, mas um humilde e tentativa-de-engraçado Grammar Nazi. Vocês já sabem como funcionam as coisas? Se não viram as edições anteriores, acesse aqui e aqui para checar.

Só para garantir que não coloquem pregos na minha cadeira de jantar, repito aqui o disclaimer moral da categoria:

Entendam que, nesta seção, eu não tenho a intenção de ofender ninguém. Todos os trechos aqui foram tirados de fanfics reais, encontradas por mim no Nyah, e a identidade de nenhum autor foi exposta, nem mesmo o título da história. Caso a sua fanfic tenha sido usada, você conheça o autor ou até mesmo goste da história, não faça escândalo e não amaldiçoe minha mãe. Se possível, não se orgulhe. De preferência, leve numa boa. Melhor ainda, corrija sua história ou dê um toque ao autor. O objetivo aqui é ajudar a perceber como a coisa anda realmente feia na ortografia dos autores, e ajudar a combater erros que todo mundo comete.


Era meu costume separar os trechos errados em Easy, Medium e Hard, mas não dessa vez. É doloroso para o meu coração de chata gramatical: todos aqui estão no mesmo nível de assustadorabilidade. Vocês entenderam. Esclarecidas as coisas, vamos lá.

  • "Ele deu tudo para salvar seus amigos, mas no final todos morreram , (1) mas agora ele conseguiu uma segunda chance, Uzumaki Naruto ira (2) voltar no tempo com a ajuda de todos os bijus (3), e ajudara a salvar o mundo e trazer a paz                                         (o sinopse fail , P*** merda) leiam por favor(capa nova)                                          ps:a fic terá alem de amizade terá:drama,comédia,ação,hentai,humor negro,tragédia .é isso ai leiamm ^w^ (4)"

1: Use a pontuação deste jeito, okay? E não assim , porque está errado .

2: Você quis dizer “irá”, não foi? “Ira” é um substantivo feminino sinônimo de raiva. “Irá” é o verbo “ir” conjugado na terceira pessoa do singular (ele/ela), no tempo futuro do presente.

3: Sou fã de Naruto, portanto, corrijo essa: os demônios selados nos corpos de pessoas são bijuus. Biju é uma receita brasileira com mandioca. Sério.

4: Gente. Por favor, gente. A Liga reforça tanto que não se faça isso na sinopse. Nem falar que está ruim, nem escrever as coisas do parágrafo acima. Isso mata a vontade de ler. Parem. Sem brincadeira, parem.



Como deveria ser: Ele deu tudo para salvar seus amigos, mas no final todos morreram. Agora ele conseguiu uma segunda chance. Uzumaki Naruto voltará no tempo com a ajuda de todos os bijuus, e ajudará a salvar o mundo para trazer a paz.



"Não sou boa com Sinopse
Até porque nem eu sei o que vai acontecer pakslapskaoslpaks
Capa nova u.u Eu me apaixonei por essa imagem jsdkasjhd
E tipo,o "Always" vai fazer sentido daqui a pouco
Até porque nem eu sei o que vai acontecer pakslapskaoslpaks
Capa nova u.u Eu me apaixonei por essa imagem jsdkasjhd
E tipo,o "Always" vai fazer sentido daqui a pouco "

Só para constar: isso não é e nunca vai ser uma sinopse.


Como deveria ser: Nem eu sei.



"nesta (1) historia (2) conta a vida de haruno sakura (3) , (4)garota de 17 anos que vai morar com sua tia tsunade (3) para estudar numa escola particular que (3) (sua tia era a diretora)(5)(sakura avia (6) sofrido um terrivel (7) acidente que fez com que perdesse a memoria (4))(5)e quando vai morar com sua tia começa a ter sonhos estranhos que começam a deixa la (8) muito confusa... "

1: Comece as frases com letra maiúscula. Não é tão difícil.

2: O substantivo é “história”.

3: Nomes próprios têm inicial maiúscula: Haruno Sakura e Tsunade. Não vou entrar tanto no mérito da ordem nome/sobrenome porque isso é cultural.

4: Pontuação. Deve. Vir. Assim. Vocês não têm ideia do quanto é chato ter que repetir isso.

5: Parênteses também precisam de espaço. (Desta maneira)

6: O verbo se escreve “haver”, com “h”, e todas as suas conjugações o têm. Então: “havia”

7: A palavra tem acento: “terrível”. Eu acho que esse erro é que foi terrível.

8: Um pronome em ênclise (colocado depois do verbo) é usado com hífen. Além disso, o verbo “deixar” ganha um acento agudo: “deixá-la”.


Como deveria ser: Esta história conta a vida de Haruno Sakura, uma garota de 17 anos que vai morar com sua tia Tsunade para estudar em uma escola particular em que sua tia é diretora. Sakura sofrera um terrível acidente que a fez perder a memória, e quando vai morar com sua tia, começa a ter sonhos estranhos que a deixam muito confusa...


  • "A história oculta não revelada (1)Tá, não sei fazer sinopse, mas entra aí. Não posso dar maiores detalhes aqui, é contra as regras. Leiam as notas da história. (2) "


1: Se está oculto, escondido, é óbvio que não foi revelado. Pleonasmo aqui.

2: Contra as regras? Hm, bom saber. *clica em “Denunciar história”*


Como deveria ser: Não deve ser. Não poste histórias fora das regras. Você pode levar uma advertência, ser suspenso e até perder sua conta.



  • "it´s Joseph 3 temporada manolo"

Tudo bem, o que foi isso?

Como deveria ser: Não faço a mínima ideia.




  • "Guilherme e alice (1) sao (2) atores famosos!!! (3) Ambos se conhecem desde pequenos e sao (2) muito amigos!!!! (3) Eles atuam em malhacao (1) e (2) e moram no mesmo predio (2) !! (3) "

1: Nomes próprios começam com maiúscula: “Alice”.
           
2: SAO é sigla para Sword Art Online. O verbo se escreve “são”. “Malhação” tem til e cedilha. “Prédio” tem acento.

3: Não captei o porquê de tantas exclamações. Se um narrador fosse falar isso, ele passaria a sinopse inteira gritando.


Como deveria ser: Guilherme e Alice são atores famosos. Eles se conhecem desde pequenos e são muito amigos. Atuam em malhação e moram no mesmo prédio.


  • "HEEY PESSOINHAS
    *
    *
    *
    *
    NOVA FIC SEUS LINDOS
    *
    *
    **
    LEIAM TABEM MINHA OUTRA FIC
    *
    *
    *
    *
    BEM-VINDA A MYSTIC FALLS
    *
    *
    *
    *
    *
    DIARIOS DE VAMPIRO AMOR SE ESCREVE COM SANGUE
    *
    *
    *
    *
    *
    bora ler ?

Tantas estrelas que não sei mais se estou em uma sinopse ou um mapa astral.


Como deveria ser: Pergunte ao autor. Deve ser algum tipo de arte contemporânea ainda não compreendida pelo público atual. Vai entender.



  • "SE PASSA APOS (1) O CAPITULO (1) 201.

    A CAIXA QUE COM TANTO (2) FORÇA E EMPENHO TENTOU MANTER FECHADA, EM FIM (3) SE ABRIU, O QUE ACONTECERÁ AGORA, (4) COMO PROTEGER SEU CORAÇÃO DE SER OUTRA VEZ FERIDO. (4)

    ELA ESTA (1) EM MEIO A UM JOGO, O QUAL SÓ COMEÇA QUANDO ELA ACEITAR O QUE SENTE POR REN."

1: Grafias corretas: “após”, “capítulo” e “está”.

2: Erro de concordância. “força” é palavra feminina. Então, “com tanta força”.

3: O correto é “enfim”. “Em fim” são duas palavras.

4: Por que você não usa interrogações?


Como deveria ser: Se passa após o capítulo 201. A caixa que com tanta força e empenho tentou manter fechada enfim se abriu. O que acontecerá agora? Como proteger seu coração de ser ferido outra vez? Ela está em meio a um jogo que só começa quando aceitar o que sente por Ren.




  • "EM UM MUNDO ONDE VAMPIROS E HUMANOS EXISTEM...(1)NADA É IMPOSSIVEL..(1)NEM MESMO A EXISTÊNCIA DE SERES IMORTAIS QUE NÃO SÃO NEM VAMPIROS NEM ANJOS...(1)MAS UMA PARTE DE CADA UM.
    ANABELL E LUCAS SÃO A EXCEÇÃO A REGRA(2) POIS NÃO EXISTE MUITOS(3) COMO ELES..(1)SERÁ?"

1: Espaço. Depois. De. Pontuação. Não me façam perder a paciência. E por que tudo em caps? PARECE QUE VOCÊ ESTÁ GRITANDO. Viram?

2: Exceção à regra.

3: Existem muito como eles. O verbo haver no sentido de existir não varia, mas o verbo existir varia. 

Como deveria ser: Em um mundo onde vampiros e humanos existem, nada é impossível, nem mesmo a existência de seres imortais que não são nem vampiros, nem anjos... Mas uma parte de cada um. Anabell e Lucas são a exceção à regra, pois não existem muitos como eles. Será?



  • "temari (1) e hinata (1) são primas e perderam a família em um trágico incêndio (2) hinata (1) é a mais nova tem apenas 17 anos e temari (1) sua prima (2) tem 19 (2) depois do incêndio (2) as duas foram obrigadas a irem para outra cidade morar com amigos de seus pais (2) lá temari muda totalmente seu comportamento (2) de uma garota simpática e sociável se torna seria (3) e direta e a unica (3) pessoa com quem não muda é sua prima (2) pelo fato de ser mais velha se sente responsável por hinata (1) e começa a cuidar dela.as (4) duas se mudam para a mesma casa e lá descobrem quem foram os culpados pelo incêndio que causou a morte de seus pais (2) mas algo muda oque (5) era para ser uma história de ódio (2) se torna uma história de amor."

1: Dói lembrar que nomes próprios precisam de maiúscula? “Temari” e “Hinata”.

2: Falta pontuação demais nessa sinopse. Leiam a correção abaixo que tá mais fácil. Na verdade não tá fácil é pra ninguém...

3: Acentuem suas palavras: “séria” e “única”.

4: Por favor, espaço depois de pontuação. Sério.

5: “oque” não existe. O correto é “o que”.


Como deveria ser: Temari e Hinata são primas e perderam a família em um trágico incêndio. Hinata, a mais nova, tem apenas 17 anos, e Temari, sua prima, tem 19. Depois do incêndio, as duas foram obrigadas a ir para outra cidade morar com amigos de seus pais. Lá, Temari muda totalmente seu comportamento: de uma garota simpática e sociáve, se torna séria e direta; a única pessoa com quem não muda é sua prima, pelo fato de ser mais velha e se sentir responsável por Hinata, começando assim a cuidar dela. As duas se mudam para a mesma casa e lá descobrem os culpados pelo incêndio que causou a morte de seus pais, mas algo muda: o que deveria ser uma história de ódio se transforma em uma história de amor.



  • "O desfeixo (1) emocionante da série, farias (2) surpresas e revelaçoes (3) surpeendentes (4) "

1: Des o quê? O correto é “desfecho”. Ficou em dúvida sobre uma palavra? Joga no google.

2: “farias” é um sobrenome e um verbo conjugado. O correto aqui é “várias”.

3: “revelações” tem til no “o”.

4: Faltou uma letra: “surpreendente”. Mesmo assim, já não tem “surpresa” antes? Vamos evitar repetir.


Como deveria ser: O desfecho emocionante da série. Várias surpresas e revelações inesperadas.


Material consultado:

Acervo de fanfics do Nyah!Fanfiction


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Aberta 6a rodada do Clube de Leitura

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Por: Lady Salieri


Bom, venho abrir mais uma rodada desse projeto lindo que é nosso clube de leitura. Como fiz da outra vez, usei o sorteador e escolhi a fic dentre as que estão especificadas aqui.

A fic é a de número 3




Sinopse: "O curativo foi feito em cerca de trinta minutos e eu já descrevia o longo caminho daquele corredor até a saída, quando olhei para um leito através do vidro. Aquele simples olhar mudou uma vida."

Uma história sobre fé e esperança.

Classificação: Livre
Categorias: Originais
Gêneros: Romance




O prazo para envio das resenhas é até o dia 15/10/2013 às 23h59

Lembrando que as resenhas deverão ser enviadas para o e-mail ligadosbetas@gmail.com, em arquivo doc ou no próprio corpo do e-mail, e deve conter os seguintes dados:

> Seu nick:

> Link do seu perfil no Nyah:

> Sua resenha

> O link de one-shot ou short fic (concluídas e postadas no Nyah) se você quiser participar do sorteio para a 6a rodada

(Não serão aceitas resenhas enviadas para qualquer outro lugar que não seja o email)

Caso você não saiba o que é o clube de leitura e como ele funciona, clique aqui 

E, outra coisa: vocês podem participar com a mesma fic até ela ser sorteada, sem problemas, ok? O importante mesmo é que vocês sempre participem, ou seja, leiam as fics dos colegas e escrevam suas resenhas. Nós aceitamos fanfics de qualquer fandom. Estivemos tendo uma predominância de fics originais, mas é pura coincidência.

Beijo, pessoas queridas! Boa leitura!
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Sou um escritor e tenho meus direitos!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Por: Ladybug
Link: https://fanfiction.com.br/u/693356/
(beta reader Liga dos betas)


Você escreveu coisas da sua cabeça e distribuiu pela internet?
Por acaso andou reescrevendo coisas que não vieram tanto assim da sua cabeça?
Ainda não tem certeza quais são seus direitos e deveres como autor, leitor, blogueiro ou qualquer outro ser habitante da esfera de globalização das informações?

Não se preocupe, o Blog da Liga dos Betas e críticos do Nyah!Fanfiction preparou um post para eliminar suas dúvidas no âmbito jurídico.

Antes de adentrarmos no labirinto legislativo e nuances que permeiam o Direito Autoral de fato, precisamos compreender e conceituar os termos que serão abordados no decorrer da matéria.


Direitos Autorais, o que é isso?


São os direitos que protegem qualquer tipo de criação, seja ela literária, fonográfica ou audiovisual, garantindo que a sua autoria seja respeitada sob dois segmentos: 

1) Moral, este assegura que o inventor tenha o seu nome reconhecido e com isso detém o poder sobre a Obra, alterando-a ou ainda proibindo sua livre circulação e;
2) Patrimonial, ligado a questões financeiras. Ou seja, questões negociáveis da Obra.

Propriedade Intelectual é o mesmo que Direito Autoral?

Não. O Direito Autoral está inserido na Propriedade Intelectual, partindo do princípio de que a Propriedade Intelectual é um ramo do Direito que trata da proteção das criações provenientes da inspiração humana de caráter, sejam elas científicas, literárias, artísticas ou industriais. Conseguimos dividi-la em três grandes áreas:

1)   Direito Autoral > abrange as obras literárias, artísticas e científicas.
2)   Propriedade Industrial > abrange registro de marcas, patentes de invenções, desenhos industriais, entre outros.
3)   Proteção sui generis > abrange a cultura imaterial, programas de computador, circuitos, domínios na Internet, entre outros.

Contudo, para um primeiro momento, focaremos na vertente dos Direitos Autorais.


O que é Direito de Uso?

Podemos classificar como Direito de Uso quando determinado material é cedido pelo autor para utilização por terceiros, respeitando a integridade da obra e os créditos originais pelo material.


E Exploração Comercial, que isso?

Exploração Comercial compreende a possibilidade de obter lucro (ou qualquer tipo de vantagem) usando uma obra pertencente a outro autor.

Exemplo de Exploração Comercial - Lucro direto > Reprodução e venda da obra (livro em arquivo digital, cd, dvd...)
Exemplo de Exploração Comercial - Lucro indireto > Afiliação do Blog em Editoras a partir do conteúdo exposto.

Direito de Distribuição de material pela internet, existe isso?

Existe, sim! A maioria das pessoas acredita que um material exposto na internet está livre para ser copiado, entretanto cabe ressaltar que a internet não é uma zona desprovida de fiscalização; pelo contrário, é ainda mais fácil detectar a Distribuição de Material sem que este tenha o seu Direito de Uso respeitado.

Espera ai! Onde é que está escrito isso ai tudo que você falou?

A Lei que cuida dos Direitos Autorais atende pelo número 9.610/98.

Segundo ela, toda e qualquer produção intelectual (registrada ou não, publicada ou não) está protegida. Desta maneira, o autor é detentor dos direitos sobre a obra e qualquer reprodução desta sem o seu devido consentimento incorre em infração, configurando, assim, a apropriação indevida.


 Escrevo fanfictions, o que isso tem a ver comigo?


No mundo Fanfiction...

Dois amigos conversando:
— Estou escrevendo uma grande fic, foi uma ideia genial que tive para um drama, mas com uma mensagem de superação.
— É mesmo? Conta mais!
— A história é sobre um homem que tem a esposa brutalmente assassinada por um serial killer e ele tem que criar sozinho seu bebê com deficiência física. Mais tarde, o filho se revolta com o excesso de zelo do pai e sai de casa, só que no caminho o garoto é sequestrado e o pai inicia uma busca frenética para salvá-lo contando com a ajuda de uma mulher com problemas mentais.
— Cara, você tá de sacanagem comigo?
— Não, por quê?
— Você que bolou essa história...?
— Sim, qual o problema?
— Cara, isso aí que você descreveu é Procurando Nemo!

Parece brincadeira, mas a questão do plágio e da apropriação indevida de diversas obras ocorre naturalmente no ambiente virtual e inúmeras vezes em fanfictions, tanto por parte de um ficwriter em relação a um autor famoso, quanto entre ficwriters.

A situação que foi ilustrada com o Filme Procurando Nemo, dos roteiristas Andrew Stanton e Lee Unkrich, retrata a apropriação indevida ou imitação de um texto de Propriedade Intelectual, delito passível de punição judicial, que veremos mais adiante.


Certo. E a fanfiction? Onde entra em toda essa situação?

A fanfiction até pode ser uma paródia, e o fato de o autor da fanfiction não assumir a autoria da história e dar os créditos ao verdadeiro criador através do Disclaimer não a caracteriza como apropriação indevida de conteúdo intelectual, isto é, quando o autor não faz objeções quanto a fanfictions de suas obras. Uma fanfiction não assume fins lucrativos e o ficwriter não toma para si a criação dos personagens, nomes, situações e lugares que remontam a história (para mais esclarecimentos sobre o tema fanfiction, leia a matéria O que é fanfic? de 25.01.13, por Lady Salieri: o-que-e-fanfic).


A partir daqui vamos abordar o uso do Disclaimer e... Pra que serve isso mesmo?

Alguns autores de fanfiction se deparam diante daquele retângulo em branco logo abaixo da palavra Disclaimer e não compreendem a necessidade daquele bendito aviso. (Para mais esclarecimentos sobre o significado da palavra Disclaimer, leia a matéria Dicionário de Termos e siglas do mundo das fanfics de 13.08.13, por Gabriela Petusk: dicionario-de-termos-e-siglas).

Vamos olhar para este retângulo e tentar enxergar além do seu preenchimento. O Disclaimer é uma ferramenta de proteção não apenas para o site em que será hospedado o texto, mas também para a proteção do ficwriter contra possíveis processos judiciais por se apropriar indevidamente de obras de outro autor.

Disclaimer pode ser traduzido por “Renuncia”, ou também por “Aviso Legal”.

Quanto à Renúncia, é através do Disclaimer que o autor da fic deixa claro que não é o detentor legal dos direitos à obra, mostra que a história que se seguirá foi baseada na criação de outro.

Agora vamos pegar uma lente de aumento para olhar melhor para o Disclaimer.

Alguns autores não autorizam o uso de seu enredo, personagens, características dos personagens, sincronização de locais e situações que remetam a sua obra em quaisquer ambiente virtual por considerar isso como plágio.


 “Ah! Mas o que é isso? Como assim? É apenas uma demonstração do quanto sou fã!”

Não importa! Não adianta argumentar. A obra pertence a outro e este outro não empresta.

É o caso de Anne Rice. Um dos sites de fanfiction foi notificado pela assessoria da autora e não aceita mais histórias baseadas nos trabalhos de Anne – e de mais alguns autores que se opuseram a “emprestar” seus personagens ou partes de sua obra.


Como o Disclaimer poderá me proteger?

O Disclaimer protege também o autor de histórias originais, extensivo a blogs e demais atmosferas virtuais. É através do Disclaimer que o autor avisa que aquela obra é de sua propriedade e deixa claro que aceita (ou não) que haja reprodução, cópia de situações, nomes e locais de criação unicamente do autor. Veja, não estamos falando da cidade preferida dos ficwriters, Londres, mas aquela cidadezinha de nome esquisito que não existe neste universo, como na criação da Westeros de George R.R. Martin, a Nárnia de C.S. Lewis ou mesmo a escola mais badalada em bruxarias, Hogwarts.


Conclusão

Nada disso tem a ver comigo, sou ficwriter de Originais e não estou lucrando nada com isso, não entendo pra que isso de Disclaimer, plágio entre ficwriters? Que Bobagem!

Algumas fanfictions se tornaram livro! Agora imagine se aquela sua invenção está enchendo os bolsos de outra pessoa, que resolveu tomar para si a sua obra? Terrível, não é?

Mas esse clima de denúncia, investigação, crime? Isso é real?

É real. A Delegacia especializada em crimes Digitais deverá ser acionada e violar os direitos do autor e seus conexos pode, sim, render pena. Reproduzir total ou parcialmente a obra de outrem, sem o consentimento do autor ou de quem o representa, com o intuito de obter retorno financeiro, pode render pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Existem sites de busca gratuitos que podem localizar e cruzar informações entre conteúdos exibidos na internet, daí prosseguir com a denúncia para o Blogger, Wordpress ou onde o site se hospeda.

Partimos do princípio de que devemos dar crédito a quem tem direito. Apesar de existir modos de registrar a obra, caso você não o tenha feito, há maneiras de se confrontar a verdade e provar quem é o verdadeiro autor. Lembre-se de que citar o autor da obra é um bom começo para ficar longe de encrencas, e respeitar quando o autor não quer seus personagens circulando em fanfictions, também.

Restou alguma dúvida? Entre em contato com a Liga dos Betas através do Raidcall, Nyah!Fanfiction ou mesmo no Blog através do Chat da Liga.


**********

Fonte de pesquisa:
http://academico.direito-rio.fgv.br – Direitos Autorais – Circulação da Obra, limitações e exceções.
http://super.abril.com.br/cultura - O que são Direitos Autorais?
http://www.ibpibrasil.org - Propriedade Intelectual
http://www.dji.com.br/codigos/1940_dl_002848_cp/cp184a186.htm - Código Penal dos Crimes contra propriedade Intelectual.
http://www.ecad.org.br-  Direitos Autorais.
http://www.bn.br/portal/?nu_pagina=25 -  Fundação Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais (EDA)


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Plágio

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

This is not yours.

Por: Bloody Heartless 
(beta reader liga dos betas)


Olá, galerinha,

Primeiramente quero dar-lhes uma explicação do que vem a ser plágio, ou de quando uma obra é caracterizada como plágio. Segue explicativa abaixo:

Plágio significa copiar ou assinar uma obra com partes ou totalmente reproduzida de outra pessoa, dizendo que é sua própria, e é um termo oriundo do latim. O plágio pode ser de qualquer natureza, como em livros, música, obras, fotografias, trabalhos etc... 
O plágio ocorre, quando um indivíduo copia o trabalho de alguém e não coloca os créditos para o autor original. O Plágio é a cópia não autorizada de várias informações, e é considerado crime, previsto no Código Penal Brasileiro, e na lei 9610. É considerado uma atitude antiética em vários países e como crime de violação de direito autoral. (Disponível em: www.significados.com.br).

O termo plágio definido pelo dicionário priberam:

Plágio:
(latim plagium,-ii, roubo de escravos, plágio)
s. m.
1. Ato ou efeito de plagiar.
2. Imitação ou cópia fraudulenta. 


Plagiar, em poucas palavras, seria copiar a obra de alguém (textos, músicas, falas etc...) sem dar-lhe o devido crédito e, em alguns casos, o ônus devido. 

O primeiro caso de plágio registrado na história brasileira foi a cópia do quadro Friedland, em 1807, do artista Jean-Louis Ernest Meissonier (que retratava uma conhecida vitória de Napoleão Bonaparte) pelo artista brasileiro Pedro Américo, em 1888, que chamou “sua obra” de O grito do Ipiranga, retratando a cena da Independência do Brasil. Não obstante, a obra do brasileiro não retratava nem de perto a realidade dos acontecimentos da época (Brasil colônia), que tinha a coroa ruindo em seu desespero e o príncipe regente (D. Pedro I) fisicamente indisposto.


Acabei de citar sobre um brasileiro que plagiou uma obra internacional (embora nunca tenha sido provado que a obra realmente fosse um plágio, a semelhança esteja nas imagens), mas mostrarei também o contrário:


A obra Max e os felinos, publicada em 1980, pelo escritor Moacir Sciliar foi, em parte, plagiada pelo autor canadense Yann Martel, autor da obra As aventuras de PI, cujo livro rendeu, além de fortuna, um filme de mesmo nome da obra. A hipótese sobre o possível plágio do autor Yann surgiu quando, Moacir, em entrevista, disse que o Best Seller The life of Pi continha parcialmente trechos e referências de sua obra publicada muitos anos antes, mas sem sucesso em território nacional, sendo traduzido para a terra da rainha em 1990.


Dados os exemplos e as definições da palavra acima, já podemos saber o que vem a ser plágio, mas você sabe como identificá-lo? Citarei algumas maneiras (pessoais) de realizar a verificação de textos plagiados e identificar uma obra fruto de uma cópia de outra mais antiga.


Como Identificar o Plágio: 

1. Por meio de leitura de muitas obras: 

A leitura pode ser um dos melhores meios de realizar essa verificação. Quando lemos vários autores e diversas obras diferentes das comuns (das obras em voga, muito comuns entre adolescentes), é possível, de alguma forma, automaticamente reconhecer textos já reproduzidos em outras obras. A mente é capaz de memorizar diversos trechos (embora você nem sempre consiga lembrar) que, quando relidos, voltam como memórias... O chamado déjà vú. Você, sendo conhecedor de uma obra – e caso queira identificar se é realmente plágio -, consegue quase que instantaneamente lembrar-se onde foi lido o trecho em questão. 

Todavia, você não pode simplesmente dizer que é plágio, porque é necessário realizar algumas verificações antes, a saber: 

 O trecho que você está lendo agora foi publicado realmente antes da outra obra? Nesse caso, é bom verificar a data de publicação.  

• O autor realmente não faz referência ou releitura de nenhuma outra obra? Claro, verificar se no início ou no final, ele não dá um aviso. Pesquise mais sobre! Sendo ela famosa ou não, vale a pena verificar. É muito comum utilizarmos as frases de outras obras, para darmos continuidade aos nossos próprios trabalhos. É quase como se fosse um jogo com essas citações, obrigado ao leitor que pesquise e encontre sobre o que você está falando. Então, é sempre bom termos o cuidado em acusar uma outra obra, pois os desinformados podem acabar por sermos nós. 


2. Por meio de ferramentas digitais e da Internet: 

Hoje em dia, o que a internet não consegue fazer em relação a explorarmos diversos textos e identificarmos textos repetitivos, não é mesmo? Há algumas ferramentas (onlines ou não) que podem facilitar a vida do escritor na hora de identificar se ele está sendo plagiado ou não, se está plagiando ou não (porque você também pode reproduzir um trecho de um livro que tenha lido, inconscientemente; isso nós chamaríamos de plágio não-intencional). 

No meio acadêmico, os acusados de plágio podem responder criminalmente perante a Lei 9610/98, que regulamenta os direitos autorais sobre cada obra. Sendo assim, uma das ferramentas que vêm sendo utilizadas com frequência na internet, tem um nome peculiar: Um programa chamado Plagius, que pode ser encontrado em vários sites de download. Além de ajudar a legitimar a sua obra, ele pode também identificar o plágio em diversos formatos de documentos (pdf, word, html, etc...), exibindo a frequência com que o trecho, ou a obra, é citado, em quantos lugares diferentes e o percentual do suposto plágio (entenda, como eu disse, há o plágio não-intencional, em que o sujeito acaba reproduzindo um trecho inconscientemente por já ter lido, mas não se lembra da leitura. Um dos mistérios da mente humana). 

Já de forma online, podemos utilizar os seguintes serviços: http://www.plagiarism.org ou http://www.ithenticate.com (dentre outros). Ambos os sites disponibilizam para o autor, ou pesquisador, uma releitura de diversos arquivos na internet, partindo de um trecho em que será utilizado como base para a verificação. Mas são estatísticas. Pode ser realmente uma cópia ou não! 

Tipos de plágio: 

1 -) Plágio direto: cópia de palavra por palavra, sem indicar fonte ou autor. cópia da obra por inteiro, sem nada ser modificado. 

2 -) Referência vaga ou incorreta: o autor utiliza a mesma ideia de um terceiro, mudando apenas uns pontos, mas em citar a fonte de suas ideias ou dando-lhe os créditos. 

3 -) Mosaico: o tipo de plágio comum. O autor usa das ideias de vários outros autores para construir seu texto. Esses parágrafos não são citações, mas estão próximos de ser, ou seja, o autor não atualiza as ideias utilizadas, utiliza-as assim como outro autor as utilizou. 


Modos de evitar plágios: 

1 -) Pesquisa: inicie uma pesquisa o mais cedo possível, para identificar se o seu texto é trabalhável (se não é um plágio direto de outra obra que vá gerar-lhe dor de cabeça, futuramente). Muitas vezes a preguiça de estudar um determinado assunto antes de desenvolvê-lo, é o que gera o plágio, porque, quando você não está disposto a estudar sobre determinado assunto, acaba copiando de alguém, pois isso é muito mais fácil do que você mesmo interagir com a obra. 

2 -) Transforme em um hábito, a utilização de parênteses para referenciar os autores utilizados: Isso facilita na hora de dar referência a fonte, na hora da finalização do seu texto. 

3 -) Confiança: Antes de mais nada, é necessário que você tenha confiança em sua escrita e em suas ideias, reforçadas pela pesquisa. Confiar nas suas capacidades é algo indispensável para que você possa ter um texto e/ou obra original. 


Parece plágio, mas não é: 


Citação: cópia palavra por palavra de algo que alguém disse ou escreveu. É indicado por aspas no começo e no fim da situação, geralmente destacado do texto principal (por fonte ou formatação). A fonte precisa, ainda, ser evidenciada no texto (citação) ou como fonte de pesquisa. 

Paráfrase: reformulação – com suas próprias palavras – do que a fonte utilizada disse. Muitas redações são praticamente paráfrases. Parafrasear seria, em poucas palavras, descrever a ideia que você tem sobre o artigo desenvolvido pela fonte, mostrando-se que você é capaz de compreender e modificar as palavras utilizadas. Essa forma é comumente utilizada por revistas, para dar palavras simples a artigos científicos, sem tirar a verdade exposta pelos pesquisadores. Obrigatoriamente a fonte tem que ser referenciada, caso contrário é caracterizado como plágio. Modificar as palavras de uma ideia já utilizada por outro, não a faz sua. 

Resumo: o resumo é feito com suas próprias palavras, mas de uma fonte especificada. É, geralmente, de menor tamanho do que a obra original, sendo necessário, também, referenciar o autor ou obra original. Diferente da paráfrase, o resumo é uma forma mais livre de comentar sobre uma obra. 

Referência: identifica a fonte de uma citação, paráfrase e/ou resumo. 



Fui plagiado. O que fazer? 

Para nós, escritores amadores, o plágio também é algo que vem acontecendo em nosso dia-a-dia. Não é raro olharmos a história de alguém e identificarmos um trecho ou abordagem direta de nossas cenas, descritas em poucas palavras, sem ao menos termos recebido créditos por elas. É uma situação chata e degradante, que muitas das vezes nos fazem perder a paciência e até mesmo chegarmos a ofender o nosso “ofensor” literário. Porém, nem sempre a solução tomada por nós, realmente é efetiva ou reconhecida, podendo nos fazer sair como errados. 

Xingar ou humilhar o nosso plagiador, não é a solução mais madura que podemos pensar no momento da raiva – mesmo que, às vezes, isso possa gerar alívio ao nosso coração -, porque pode manchar a nossa própria imagem perante outros escritores. Mas você dirá: “Leo, não vivo de imagens!” e eu te responderei que: “Você vive, sim.” Quando alguém lê a sua obra, muitas vezes ele não a indica porque é algo realmente bom, mas pela simpatia com que foi tratado pelo autor – no caso você -, fazendo-o gostar mais da história, do que gostaria caso tivesse sido maltratado. Quando você está inteirado com os seus leitores, automaticamente as histórias escritas por você se tornam mais lidas e espalhadas, tornando-te mais famoso do que a sua própria obra em questão, o que, de certa maneira é algo positivo. 

Enfim... Voltando ao assunto do tópico desenvolvido, aqui vão algumas sugestões sobre o que pode ser feito, caso realmente você achar que sua obra está sendo plagiada. 

Acionar a justiça: nesse caso, seria mais se sua obra fosse registrada e patenteada com direitos autorais, o que não creio ocorrer entre os escritores amadores. Acionar a justiça é algo comum no mundo dos grandes e famosos (infelizmente), quando suas obras são descaradamente plagiadas. Além de obrigar a dar créditos para a sua obra e para você, o infrator também está sujeito a pena de pagar os ônus ganhos pela publicação da obra plagiadora para o verdadeiro autor. 

Conversar com o acusado de plágio: antes de mais nada, verifique se realmente é ele quem está plagiando-te e não o contrário, porque seria algo vergonhoso caso ele provasse que você é o plagiador em questão. Identifique, também, se não foi realizada uma correta citação, paráfrase ou resumo. 

Quando estiver com suspeita de estar sendo plagiado por outro autor, procure antes fazer uma pesquisa. Verifique a data da obra em questão, além de utilizar-se das ferramentas (citadas lá em cima) para verificação. 

Estando com as provas em mãos (contra fatos não há argumentos), contate o plagiador. Seja tranquilo e direto em suas palavras. Prove-o que você sabe que está sendo plagiado e que apenas quer os créditos pela parte que te compete. Diga-lhe que não é necessário que a obra dele seja excluída e que você apenas precisa ser reconhecido pelo trecho que ele reproduziu, é de sua autoria. Mostre as provas que você tem de que aquilo realmente te pertence, e caso ele (o plagiador) não seja um cara-de-pau, vai estar dando-te os devidos créditos pela obra. 

Conversei, mas ele se recusou: Poucos devem saber, mas no Nyah temos uma política anti-plágio. Caso realmente seja provada a fidelidade de suas acusações e o autor negar-se a dar-te os devidos créditos ou simplesmente fingir que você não existe, é possível acessar o suporte do Nyah e realizar a denúncia. Porém, é necessário que você dê as provas e explique de forma clara a acusação, além de deixar também o link da história e perfil do acusado. O suporte estará a verificar o mais rápido possível, dando a resposta assim que apurados todos os fatos e o plagiador devidamente punido segundo as regras. 

Você pode realizar a denúncia sobre plágio, não somente pela cópia de sua obra, mas sobre a cópia de qualquer outra obra, quando não dado os créditos. Caso você verifique outra história dentro do site e ela for referência direta a um trecho e/ou criação já existente – sem estar discriminado -, também é possível realizar a denúncia, sendo ela verificada da mesma forma anterior. Nunca se esqueça de sempre ter certeza, porque como dito lá em cima, os autores costumam usar partes já conhecidas de outras obras, justamente para fazer uma brincadeira com o interesse dos leitores. 

Considerações finais: 

Não plagiar é uma questão de moral, caráter e ética. Não é apenas uma questão de boa educação, pois ela só vai até certo ponto e ninguém (no caso os pais) pode ser acusado pela falta de caráter de outro ser-humano. 

Quando tomamos créditos pela criação de outra pessoa, você está descendo ao menor dos níveis possíveis, estando sujeito a ser desmascarado a qualquer momento, pela própria pessoa ou por um autor que esteja acompanhando a sua obra. Quando isso ocorrer, além de estar exposto as acusações, pode ser incriminado judicialmente, vindo a manchar não somente a sua imagem, assim como também o conhecimento sobre o seu caráter e conduta no meio literário (amador ou não). Por isso, quando estiver criando uma obra, antes faça uma pesquisa sobre os fatos e identifique se as ideias utilizadas por você, já não foram utilizadas por algum outro escritor, e, caso tenha sido, lembre-se de dar-lhe os devidos créditos pela execução parcial ou completa de uma ideia já exposta. 

Além de certa identificação com a leitura e escrita, para que possamos ser bons escritores, também é necessário que tenhamos caráter, ética e moral para lidarmos com as mais diversas situações, sempre buscando a melhor solução possível para interagirmos com os outros, além de buscar a melhor solução para resolvermos os possíveis problemas. Quando você é um plagiador, além de estar ridicularizando-se, diminui também a confiança que os leitores terão sobre as suas futuras publicações, além de dúvidas sobre as publicações antigas. E convenhamos, isso seria ridículo! 


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Material consultado:







Plágio. Questão de ética: http://sandrapontes.com/?page_id=816


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Resenhas do clube de leitura #5

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Por: Lady Salieri


Olá, meus queridos!

Em primeiro lugar, desculpas pelo sumiço segunda-feira. Eu realmente não estava em condições de postar no blog. Porém isso não voltará a acontecer tão cedo, as postagens voltam em sua normalidade a partir desta aqui.

E, em primeira mão, trago as resenhas do Clube de Leitura!


Como vocês sabem, a fanfic lida foi Dez meninos negros da Elyon Somniare. Apesar de eu não ter conseguido escrever minha resenha, eu li, gostei muito, tenho apontamentos a fazer, os quais mandarei diretamente à tua caixa, Elyon. No mais, só tenho a parabenizar pela história tão bem feita.

Leia as resenhas aqui


E as fics que serão sorteadas para a próxima rodada são:



Boa sorte, obrigada por participarem, e nos vemos na próxima rodada!


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As regras de uma lenda desconhecida

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Por Hairo-Rodrigo



Famoso e renomado escritor da literatura americana de décadas atrás, quando ela ainda não era tão comercial quanto hoje, Elmore Leonard pode não soar como um nome conhecido a enorme maioria – quase me arrisco dizer totalidade - do publico do blog. Isso não quer dizer, porém, que ele mereça menos respeito ou admiração.

Escritor de mais de quarenta e cinco romances, ele foi primeiramente conhecido com seus livros no estilo Western, publicados na década de 50, mas foram os seus romances policiais e de suspense que mais fizeram sucesso e o colocaram na seleta lista dos premiados pela Fundação Nacional de Livros dos EUA, premio recebido em 2012, quando ele tinha 85 anos.

Para familiarizar vocês um pouco melhor com essa grande figura, vale lembrar que alguns seus livros já foram adaptados para o cinema, inclusive pelo famoso diretor Quentin Tarantino, que usou o roteiro do livro intitulado “Rum Punch” para o seu filme “Jackie Brown”. É do escritor, também, o roteiro do filme “Joe Kidd”, protagonizado por ninguém menos que Clint Eastwood.

O escritor faleceu no ultimo dia 20, em casa, já com 87 anos e ainda pensando em escrever mais livros, deixando para trás um legado que marca a história da literatura americana, e, com certeza, do seu incontável numero de leitores. 

O texto a seguir é a minha tradução de uma matéria que ele mesmo escreveu para o jornal “The New York Times” em 2001. Na época, o jornal publicava uma série com famosos escritores contando para o público as regras que costumavam seguir para escrever suas histórias de sucesso. Esbarrei nessa matéria há algum tempo, e ela tem me sido muito útil, além de ser uma leitura muito gostosa.

Aproveitem!



“Essas regras eu aprendi pelo caminho para me manter invisível enquanto estou escrevendo um livro, para me ajudar a mostrar em vez de contar o que está acontecendo na história. Se você tem uma facilidade com linguagem e com as imagens e o som da sua voz lhe agrada, invisibilidade não é o que você procura e você pode ignorar as regras. Ainda assim você pode passar o olho.


1. Nunca abra um livro com o tempo.

Se for apenas para criar uma atmosfera, e não a reação do personagem ao tempo, você não quer se demorar muito. O leitor é levado a pular a frente procurando por pessoas. Existem exceções. Se por acaso você for Barry Lopez, que tem mais jeitos de descrever o gelo e a neve do que um esquimó, você pode contar tudo sobre o tempo que quiser.


2. Evite Prólogos.

Eles podem ser irritantes, especialmente se for um prólogo que segue uma introdução que vêm depois de um prefácio. Mas esses são normalmente achados em não-ficção. O prólogo é a história por trás do romance e você pode jogá-lo no lugar que quiser.

Há um prólogo em “Doce Quinta-feira” de John Steinbeck, mas tudo bem porque o personagem do livro representa exatamente o porquê de todas as minhas regras. Ele diz: 

“Eu gosto de muita conversa em um livro e não gosto de ter alguém me falando como o cara que está falando se parece. Eu quero ir descobrindo como ele se parece pelo jeito que ele fala... descobrir o que o cara está pensando pelo que ele diz. Eu até gosto de um pouco de descrição, mas não muita... Às vezes eu quero um livro que se libere de todo esse hoopteddodle... Jogar lá umas palavras bonitas, talvez, ou cantar uma musica com a linguagem. Isso tudo é legal. Mas eu queria que isso fosse deixado de lado e que eu não tivesse que ler. Eu não quero que esse hooptedoodle se misture com a história.”


3. Nunca use um verbo além de “disse” para desenvolver um diálogo.

A linha de dialogo pertence ao personagem; o verbo é o autor se metendo onde não foi chamado. Mas “disse” é um verbo muito menos intrusivo do que “balbuciou, tossiu, avisou, mentiu”. Uma vez eu notei que Mary Macarthy terminou uma linha de dialogo com “Ela asseverou.”, e eu tive que parar de ler para pegar o dicionário.

4. Nunca use um advérbio para modificar o verbo “disse”...

... ele admoestou gravemente. Usar um advérbio dessa maneira (ou em quase todas as outras) é um pecado mortal. O escritor está se expondo gravemente, usando uma palavra que distrai e pode interromper o ritmo da troca com o leitor. Eu tenho um personagem em um dos meus livros que conta como ela costumava escrever romances históricos “cheios de estupros e advérbios”.

5. Controle seus pontos de exclamação.

Você tem não mais do que dois ou três pontos de exclamação por 100.000 palavras de prosa. Se você tem o jeito de brincar com os pontos de exclamação como Tom Wolfe brinca, então você pode jogá-los aos montes.


6. Nunca use a palavra “de repente” ou “o mundo desabou”

Essa regra não requer explicações. Eu tenho notado que autores que usam “de repente” tendem a exercer menos controles sobre seus pontos de exclamação.

7. Utilize-se esporadicamente de dialetos regionais, gírias.

A partir do momento em que você começar a soltar as palavras no dialogo foneticamente e encher a página de apóstrofos, você não vai conseguir mais parar. Note como Annie Proulx captura todo o sabor das vozes de Wyoming em seu livro de histórias curtas “Curto Alcance”.

8. Evite descrições detalhadas de personagens.
Essas o Steinback conseguiu seguir. Em “Colinas parecendo elefantes brancos” de Ernest Hemingway, como o “americano e a garota com ele” se parecem? “Ela havia tirado o chapéu e colocado sobre a mesa”. Essa é a única referencia a uma descrição física na história, e ainda assim nós vemos o casal e conhecemos eles pelos tons de suas vozes, sem um advérbio a vista.

9. Não explore muitos detalhes descrevendo lugares e coisas.

A não ser que você seja Margaret Atwood e consiga pintar cenas com a linguagem, ou escrever panoramas no estilo de Jim Harrison. Mas mesmo que você seja bom nisso, você não quer descrições que façam com que a ação, o ritmo da história, se estacione.

E finalmente:

10. Tente cortar as partes que os leitores costumam pular.

Uma regra que me veio à mente em 1983. Pense no que você pula lendo um romance: densos parágrafos de prosa que você pode ver que tem muitas palavras nele. O que o escritor está fazendo, ele está escrevendo, perpetuando o hooptedoodle, talvez voltando a falar do tempo, ou então entrou na cabeça do personagem e o leitor ou já sabe o que o cara está pensando, ou não se importa. Aposto que você não pula diálogos.

Minha regra mais importante é uma que resume as outras 10:

Se soar como escrita, eu reescrevo.

Ou, se o uso próprio da língua me atrapalha, ele precisará ser descartado. Eu não posso permitir que o que a gente aprendeu em redação atrapalhe o som e o ritmo de uma narrativa. É a minha tentativa de permanecer invisível e não distrair o leitor da história com escrita obvia. (Joseph Conrad disse alguma coisa sobre as palavras atrapalhando o que você quer dizer.)

Se eu escrever em cenas e sempre do ponto de vista de um personagem particular – aquele que traz mais vida a cena – Eu sou capaz de me concentrar nas vozes dos personagens dizendo quem eles são e como eles se sentem em relação ao que veem e o que acontece, e eu não estou em lugar nenhum.

O que Steinback fez em “Sweet Thursday” foi intitular seus capítulos como indicações, apesar de obscuras, do que eles cobrem. “Os Deuses enlouquecem quem eles amam” é um, “Quarta-feira preguiçosa” é outro. O terceiro capítulo é intitulado “Hooptedoodle 1” e o 38º “hopptedoodle 2” como aviso aos seus leitores, como se Steinback estivesse dizendo: “ Aqui é onde você irá me ver viajando com extravagância na minha escrita, e não vai atrapalhar a história. Pule se você quiser.”

“Sweet Thursday” foi publicado em 1954, quando eu estava apenas começando a ser publicado, e eu nunca esqueci aquele prólogo.

Se eu li os capítulos de hooptedoodle? Cada palavra.”


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Fontes consultadas:

LEONARD, Elmore; Writers on Writing; New York Times; publicado em 21/06/2001; Disponível em:http://www.nytimes.com/2001/07/16/arts/writers-writing-easy-adverbs-exclamation-points-especially-hooptedoodle.html; Acesso em 27/08/2013.

???; “As dez regras para escrever ficção” de Elmore Leonard; Jornal O Globo online; publicado em 20/08/2013; Disponivel em: http://oglobo.globo.com/cultura/as-dez-regras-para-escrever-ficcao-de-elmore-leonard-9624731; Acesso em 27/08/2013.


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