Resenha: Trilogia O Príncipe Cruel

domingo, 21 de fevereiro de 2021

 

Por: Fuyu

 

As resenhas compõem o gênero mais tradicional de artigos no Blog da Liga dos Betas, sempre feitas por betas da Liga ou convidados especiais. Agradecemos a beta Fuyu pela resenha desta semana!

 

Certo, vamos falar sobre isso. *tensão*

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Eu sou a Hannah e bem-vindos para mais um textinho aqui no blog da liga! Sim, falei meu bordão do Recanto, estou nem aí. Hahahaha!

Eu trouxe hoje uma resenha de uma trilogia. Ou seja, teremos uma resenha em dose tripla! E, o mais estranho: não tenho uma opinião formada sobre esses livros ainda, então estou precisando pensar e escrever um pouco sobre o assunto. A trilogia que iremos falar hoje é “O Povo do Ar”, mais conhecida como trilogia “O Príncipe Cruel”.

Há MUITAS opiniões diferentes sobre esse livro. Pessoas gostaram, pessoas amaram e pessoas odiaram. Eu, basicamente, nem sei onde me encaixo e espero descobrir hoje com vocês. Devo dizer que devorei esses livros e cada um foi bem rapidinho de ler, mas os dois primeiros perderam para o último no qual eu li em umas seis ou cinco horas (socorrinho). Foram três livros bem gostosinhos de ler e o plot twist no final do segundo foi simplesmente imperdível. Para situar vocês, a ordem é: O Príncipe Cruel, O Rei Perverso e A Rainha do Nada.

Vamos começar? Yay!

Sinopse do primeiro livro: Jude tinha 7 anos quando seus pais foram assassinados e foi forçada a viver no Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que ela quer é ser como eles — lindos e imortais — e realmente pertencer ao Reino das Fadas, apesar de sua mortalidade. Mas muitos do povo das Fadas desprezam os humanos. Especialmente o Príncipe Cardan, o filho mais jovem, mais bonito e mais cruel do Grande Rei. Para ganhar um lugar na Alta Corte, ela deve desafiá-lo... e enfrentar as consequências. Envolvida em intrigas e traições do palácio, Jude descobre sua própria capacidade para truques e derramamento de sangue. Mas, com a ameaça de uma guerra civil e o Reino das Fadas por um fio, Jude precisará arriscar sua vida em uma perigosa aliança para salvar suas irmãs, e o próprio Reino. Com personagens únicos, reviravoltas inesperadas, e uma traição de tirar o fôlego, este livro vai deixar o leitor querendo mergulhar de cabeça na continuação deste universo.

“O Príncipe Cruel” nos envia ao mundo das fadas. Nele, conhecemos nossa protagonista, sua ânsia em ser reconhecida em um mundo que deseja ser seu, mas reconhece que não é, e conhecemos o início das intrigas políticas e das problemáticas que acompanharão a protagonista até o final de sua trajetória.

O primeiro livro me fez conhecer o que as pessoas chamavam de “feéricos” e o quanto eles conseguem ser cativantes. Porém, também me mostrou o quanto conseguem ser cruéis e vis, com fome pela desordem, pelo caos e pelo barulho desenfreado da calamidade. Jude, a nossa protagonista, é uma menina-mulher bem determinada e que está incrivelmente (e um pouco “estranhamente”) disposta a fazer tudo que for necessário para demonstrar e comprovar o seu valor numa terra estranha que se tornara a sua casa. No entanto, o que me desmotivou no primeiro livro foi a percepção e a impressão de que nossa protagonista, na verdade, estava muito perdida. E não apenas perdida: completamente desesperada. É claro que ela sofreu demais com a baixa autoestima e com bullying, mas acredito que não fazia muito sentido o tamanho de seu desespero. Por causa dele, ela cometeu atos catastróficos para sua personalidade e a sua empatia por outros seres que convivem com ela. E o pior de tudo: não teve um motivo completamente aparente.

Neste mesmo livro conhecemos melhor o tal “príncipe cruel” que seria Cardan, ou o meu personagem favorito! Cardan é um personagem cheio de camadas e não entendemos muito bem isso na primeira metade do livro. Na verdade, nada de sua personalidade floreada nos é apresentada em todos os livros.  A minha impressão foi que a autora queria fazer um personagem profundo e o que conseguiu foi um personagem bem confuso. Entretanto, isso não tira o carisma do personagem. E o fato é que sabemos de suas camadas mesmo elas não tendo sido apresentadas.

Além disso, as intrigas políticas são bem interessantes e há um golpe, mas não falarei muito sobre isso, hehe.

O Rei Perverso:

Ah, O Rei Perverso... um livrinho bem parado. A grande revelação dele é, na verdade, o final. E por ele vale muito a pena ler. De resto, o livro é bem quieto. Há alguns problemas bem interessantes acontecendo, mas nada extremamente animador, e os personagens em si não trazem muita revelação (tirando o final).

Jude está mais “pensativa” nesse livro. Ela deve usar muito a sua cabeça em seus deveres e por isso temos uma profunda adentrada em sua mente e como ela se relaciona com as pessoas ao seu redor, em especial Cardan que está mais radiante do que nunca em sua nova posição. Nossa protagonista como sempre, sofre nas mãos dos feéricos, mas não se dá por vencida e a sua determinação é muito gratificante de ler. Jude é o tipo de personagem que pode ser uma inspiração se for manuseada com um pouquinho de destreza. Eu ainda acho que sua sinceridade continua sendo meio deturpada e suas ambições um pouco confusas, mas tirando isso, acho uma protagonista bem adequada para o tipo de livro.

E O CARDAN? Ah, ele está exalando poder. Cardan continuou pouco aproveitado e apareceu pouco no livro. Levando em consideração que ele deveria ser um dos protagonistas, sua aparição foi bem medíocre. Porém, nos momentos em que ele aparece, conseguimos ver que precisa se acostumar com sua nova posição e geralmente não sabe muito bem como agir. Isso muda ao longo da leitura, o que é bem animador.

A trama desse livro é um pouco mais parada em relação ao primeiro, mas ele entrega o que geralmente livros “do meio” são capazes e esperados: uma linha para o último livro, e isso ele faz muito bem. E novamente, que final meus amigos!

A Rainha do Nada:

Será a primeira vez que eu falarei sobre “A Rainha do Nada” e estou bem intrigada!

A Rainha do Nada começa leve. Vemos a Jude em sua nova posição (bem inferior) e sua nova rotina. Nada muito interessante. Até que as coisas emendam e ela vai para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Não falo mais nada!

Sendo bem sincera, eu gostei de “A Rainha do Nada”. Foi uma leitura rápida e prazerosa. E simplesmente não consegui parar de ler. Jude e Cardan estavam mais sintonizados nesse livro, Cardan apareceu bem mais, e muitas coisas loucas apareceram no final (se você leu, você sabe do que eu estou falando). Além disso, FINALMENTE o romance deu início e foi resolvido para o nosso alívio.

Nossa protagonista foi feroz nesse livro de uma maneira diferente. Ela foi perspicaz. Foi segura de si. E confiou mais naqueles que ela percebeu que podia confiar. Finalmente vemos o final de Jude dando forma e eu acho que foi um bom final. Entendi melhor as escolhas da protagonista e vi seu lado com um pouco mais de empatia. Ainda acho ela um pouco perdida e insegura, longe de encontrar o que realmente quer, mas acredito que o que ela encontrou foi o suficiente para ela e para os leitores.

Cardan me surpreendeu muito nesse livro. Ele foi inteligente. Ousado. E foi humilde em suas atitudes, além de conseguir ter uma posição diante dos outros e da Jude de uma forma nova, mas coerente e nem um pouco longe de sua personalidade. Apenas aprimorado. E isso foi incrível.

A resolução da política e dos perrengues que os personagens passaram foi bem leve. Alguns problemas foram resolvidos muito rapidamente e de forma bem “tranquila”. O livro não nos traz uma guerra, como eu esperava. E não traz muitas intrigas, como eu esperava. Tudo é bastante linear. E a história, em si, é bem fácil de ser lida e entendida.

Basicamente, pensando junto com vocês, eu gostei de ler essa história. Gostei da maioria dos personagens, gostei do espaço em que a história se passa e gostei das intrigas. Entretanto, para mim, não é uma história particularmente memorável. Muitas coisas podem ser melhoradas (como em qualquer outra história), mas acredito que muitos erros da autora são por falta de prática. O desenvolvimento dos personagens, suas ambições, as intrigas, o nível da trama, a ambientação... tudo pode ser aperfeiçoado. E eu acho que se for, poucas coisas poderiam superar uma história tão gostosa como essa. 3,5 estrelas para toda a trama!

Bem, é isso. Espero que tenham gostado! Leiam esses livros para conversarmos porque será demais! É isso! Beijinhos.

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