Por Ana Coelho
Olá a todos! Como vão? Espero que esteja tudo ótimo com vocês!
Hoje trago aqui ao blog um post que penso que vos será muito útil.
Inspirado
em e mais aprofundado até do que um post que eu tenho no meu blog
pessoal, venho falar de diálogos.
Afinal, vocês sabem pontuar diálogos corretamente ou não? Sabem
onde devem aparecer os pontos finais, as vírgulas, as maiúsculas…?
Usam aspas ou travessão? E que tipo de aspas? E, afinal, como podem
inserir o símbolo do travessão no texto?
Pois é, essas são algumas das questões mais frequentes que eu
espero que fiquem esclarecidas quando este post chegar ao fim!
Vamos saltar já para a primeira parte:
Aspas ou travessão? Afinal, qual é a diferença?
Na verdade, podem pontuar como quiserem. Quer escrevam com um, quer
escrevam com o outro sinal de pontuação, a escolha é vossa.
Lembrem-se apenas de optar por um ou pelo outro
ao longo de toda a história ou poderão confundir os vossos
leitores. Decidam qual opção querem e mantenham-na até o final,
porque misturarem as duas já é errado.
Mas… como é que é possível que haja duas opções? De onde
saiu isso?
Reza a lenda que, tradicionalmente, em português, se deve usar o
travessão para marcar diálogos. (O travessão é esse sinal “ —
“ . No final do post eu explico como o podem arranjar.) Aliás, nem
as aspas tradicionais do português são iguais àquelas que estão
habituados a ver por aí. As aspas tradicionais (e que ainda
aprendemos a usar em Portugal, apesar de pouco se falar no assunto)
são as típicas das línguas latinas, as retas ( « » ).
No entanto, com o tempo, isso tem vindo a mudar. No Brasil é muito
mais usual usarem-se as aspas curvas (“essas”), nem
há teclas próprias para as aspas retas duplas como há nos teclados
portugueses. Apesar de tudo, em Portugal também se tem passado a
usar muito mais as aspas curvas duplas. Parece que elas estão cá
para ficar, quer as usemos nos diálogos quer não.
Teclado
de Portugal, com a tecla das aspas duplas retas assinalada. Ela
existe, mas é bastante ignorada.
De facto, a história das aspas é curiosa e há vários tipos
diferentes usados em línguas diferentes. Há aspas retas duplas ( «
» ) ou simples ( ‹ › ), e há aspas curvas diferentes, como ( “
” ), ( ‘’ ’’ ), ( ‘ ’ ) ou ( ”
“ ), entre muitos mais tipos. Tudo depende da língua em que se
está a escrever ou até do país de onde vem o texto. Aconselho-vos
a verificarem a página da wikipédia que fala do assunto para mais
esclarecimentos
e podem até investigar por conta própria, se continuarem curiosos.
Mas, se é
assim, então quais são as diferenças de se usar o travessão ou as
aspas? Têm regras diferentes?
Como eu já expliquei anteriormente, nas línguas latinas o usual é
usarem-se as aspas retas, mas as aspas usadas nos diálogos por aqui,
hoje em dia, são as curvas (“essas”). E as regra são
ligeiramente diferentes.
Isso acontece porque a forma de pontuar diálogos com aspas curvas
também não é nossa, dos países com língua latina. Essa forma de
escrever diálogos foi adquirida por influências de outras línguas
onde essa é a forma predominante. Hoje em dia também é aceite
(/aceita, em português do Brasil) na língua portuguesa e é por
isso que as aspas são uma opção válida que podem considerar
quando escreverem as vossas histórias.
Convém ressaltar que este texto tem em conta a pontuação em inglês
americano, já que é seguindo essa norma que as aspas duplas são
usadas, e que o inglês britânico tem regras de pontuação
próprias, que explicarei por alto no final do texto.
Aconselho-vos a escolherem a forma que vos deixar mais confortáveis, juntamente com as regras correspondentes.
Aconselho-vos a escolherem a forma que vos deixar mais confortáveis, juntamente com as regras correspondentes.
Mas vamos avançar e vamos falar logo dessas regras! Elas são
fáceis, vocês vão ver.
Vamos começar com uma questão simples:
Esse é o erro que eu mais vejo no Nyah!, quer pontuem os textos com aspas quer os pontuem com travessão. Apesar disso, e contrariamente ao que pode parecer, a solução é bem simples.
Nos diálogos, as regras mais importantes dependem do texto. Isso quer dizer que, dependendo daquilo que escreverem junto com a fala, a letra ou será maiúscula ou será minúscula.
Mas daqui a pouco eu entro em mais detalhe sobre isso. Para já, vamos começar com os exemplos sem grandes acessórios!
Vamos começar com uma questão simples:
Sabem quando devem usar
letra maiúscula ou minúscula?
Esse é o erro que eu mais vejo no Nyah!, quer pontuem os textos com aspas quer os pontuem com travessão. Apesar disso, e contrariamente ao que pode parecer, a solução é bem simples.
Nos diálogos, as regras mais importantes dependem do texto. Isso quer dizer que, dependendo daquilo que escreverem junto com a fala, a letra ou será maiúscula ou será minúscula.
Mas daqui a pouco eu entro em mais detalhe sobre isso. Para já, vamos começar com os exemplos sem grandes acessórios!
— Gosto de bolo.
~~
~~
“Gosto de bolo.”
Pronto, aí temos uma frase bem simples, pontuada das duas formas
mais usuais. E quem não gosta de bolo?
Nessa frase, duvido que haja dúvidas na pontuação. É só colocar
a fala a seguir a um travessão ou dentro de aspas, com letra
maiúscula no início e ponto no final. Sem problemas aqui.
Mas assim não sabemos quem falou, ou como a fala foi dita, ou em que
circunstâncias se desenrolou esse diálogo. Nas nossas histórias,
costumamos ter muita coisa a dizer sobre as falas. E como fazemos
nesses casos? Como fazemos se quisermos transmitir uma ideia com mais
pormenores, como “O Pedro disse que gosta de bolo”? Como e onde
colocamos esse “disse o Pedro”?
Comecemos pela forma mais simples e mais usual — depois da fala,
na parte final da frase.
Exemplos A.
— Queres um sapato? — perguntou a Joana.
~~
“Queres um sapato?” perguntou a Joana.
Pois bem, sim, pode parecer-vos estranho, e o Word pode até sugerir
que façam aí uma mudança drástica, mas essas duas frases estão
bem pontuadas e bem escritas. Comecei de imediato com frases com
pontos de interrogação porque quero que entendam uma coisa
importante: na pontuação dos diálogos, o que conta realmente é o
verbo que acompanha as falas. Mais nada.
Vamos comparar estas com as seguintes.
Exemplos B.
— Queres um sapato? — A Joana esticou um dedo e apontou para
os seus pés.
~~
“Queres um sapato?” A Joana esticou um dedo e apontou para os
seus pés.
Conseguem ver o que há de diferente dos exemplos A para os B? Nos A,
depois da pergunta, havia letra minúscula. Nos B, depois de
escrevermos exatamente a mesma pergunta, surge uma frase com letra
maiúscula. Então os exemplos A estão certos e os exemplos B estão
errados? Não. Então são os B certos e os A errados? Também não.
Ambos os exemplos estão certos.
Eu disse ainda há pouco que o que diferenciava a pontuação do
diálogo era o verbo que acompanhava a fala, certo? Vamos lá olhar
para os verbos. E não se preocupem, não há nada gramatical aqui.
Nos exemplos A, o verbo era “perguntar”. Nos exemplos B, os
verbos são “esticar” e “apontar”. Conseguem ver aqui a
solução?
Pois, a verdade é que, para se descrever uma fala, nós usamos
verbos que exprimem essa ideia de falar. Verbos como “dizer”,
“perguntar”, “berrar”, “inquirir”, mesmo que seja através
de metáforas (“chutar”: “— Gostas da Mariana? — chutou o
Pedrinho.”). Todos os verbos que descrevam o ato de falar e
que estejam diretamente ligados à fala têm de vir ligados a essa
fala. Essa ligação é expressa através da letra minúscula, que
indica que a ideia da fala ainda continua na narração, que uma
complementa a outra.
E agora reparem nos exemplos B. Os verbos “esticar” e “apontar”
referem-se à fala? Não, claro que não. Referem-se a duas ações
que a Joana fez, imediatamente a seguir a ter falado. Então isso
quer dizer que temos duas ideias diferentes e que não há um verbo
de fala que una diretamente a linha do diálogo à narração. Dessa
forma, temos de usar letra maiúscula.
Deixo aqui mais exemplos, para irem percebendo melhor. E vou apenas
usar pontos de exclamação e de interrogação.
— Gostas de chocolate? — questionou a Madalena.
— Gostavas de dançar comigo? — O olhar de Rodrigo era
sincero.
— Tu és louco! Afasta-te de mim! — berrou o João.
— Sou alérgica a chocolate! — A Rita afastou-se do bolo sobre
a mesa.
“Gostas de gatos?” inquiriu o Pedro.
“Tenho um enorme gato preto chamado Chinelo!” O Ricardo
sorriu ao relembrar as patas fofas do seu Chinelito.
“Não gosto nada de ti!” exclamou a Bárbara.
“Detesto baratas!” A Marina fugiu para a cozinha.
Perceberam até aqui tudo?
Quando o verbo descreve a fala (são chamados verbos dicendi
universalmente), o verbo vem com letra pequena, unindo a narração
ao que foi dito. Quando o verbo descreve uma ação paralela ou
seguida à fala, então passamos a ter duas ideias diferentes e a
letra que vem depois do ponto é maiúscula.
Nesta altura devem estar a perguntar-se por que só optei por usar
frases com pontos de interrogação e de exclamação. A minha
intenção era que entendessem e não se voltassem a esquecer de que,
nos diálogos, é o verbo quem manda e o resto só lhe obedece. É
uma ideia bem simples e é ela que rege todas as outras regras.
Tendo isso em mente, vamos agora ver o que acontece em frases mais
comuns, frases que tenham pontos finais. Aqui as coisas tornam-se
diferentes para o travessão e para as aspas, mas vamos avançar por
um de cada vez.
Acho que o melhor é dar um exemplo para vocês poderem pensar e
analisar a explicação em seguida.
— Não gosto de cães — disse o Ricardo.
— Não gosto de gatos. — O Ricardo afastou-se do animal.
— Tenho pena de ti. — O tom da voz de Madalena era de pura
compaixão.
Analisemos estes exemplos. Como podem ver, a letra maiúscula ou
minúscula ainda está dependente do tipo de verbo. “Dizer” é um
verbo de fala, então vem com letra pequenina. “Afastar-se” e
“ser” são verbos que descrevem ações e não se aplicam
diretamente sobre a fala, mesmo que indiretamente falem dela, como
acontece no terceiro exemplo. Nesses últimos dois casos, usou-se
letra maiúscula.
Conseguem reparar agora na outra diferença entre o primeiro caso e
os outros dois? No primeiro não há ponto final, mas nos outros há.
Percebem porque usei apenas pontos de exclamação e de interrogação
há bocado, certo? Porque as regras são diferentes para um e para o
outro tipo de ponto.
Podemos dizer que, em certos casos, os pontos de exclamação e de
interrogação não funcionam realmente enquanto pontos. Eles
são marcadores visuais que nos dão a entoação da frase, mas não
servem para lhe colocar um final. Nos diálogos, é assim que eles
funcionam e é esse o seu papel.
Comparando esses pontos com o ponto final, vemos que o ponto final já
serve para colocar um final real nas frases sempre que aparece.
Quando a frase não termina na fala e continua na narração através
de um verbo dicendi, o ponto não aparece. Quando a frase da
fala termina e é seguida de uma outra frase que se refere a uma ação
completamente diferente, temos lá o ponto, para mostrar que as
ideias são diferentes.
Entendem agora o que eu quis dizer com ser o verbo a mandar na
pontuação? O tipo de verbo define como a pontuação se comporta a
cada caso.
Vamos agora ter mais exemplos, com tudo:
— Adoro gatos! — declarou a Maria.
— Não gosto muito da tua tia… — disse a Matilde.
— Tens quantos cães? — perguntou a Mariana?
— Tens olhos bonitos — afirmou a avó.
— Tens olhos bonitos — afirmou a avó.
— Detesto pó! — A Maria estava com os olhos vermelhos de
alergia.
— Não gosto do meu pai. — A voz de Pedro era fria como gelo.
— O que te aconteceu? — A Mariana estava genuinamente
preocupada.
Compreenderam tudo direitinho até aqui?
Vamos avançar e ver, afinal, o que distingue a pontuação com aspas
da pontuação com travessões. Vamos introduzir mais exemplos, que
eu acredito que eles tornam tudo mais simples.
“Adoro camaleões!” disse a Vânia.
“Amas mais o teu marido do que eu pensava, não é?” perguntou
a sogra.
“O golfinho sabe nadar.” Matilde bocejou.
Até aqui, é tudo igual, certo? Mas, quando se relaciona uma frase
com a narração com um verbo de fala, deixa de ser.
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde.
Notaram ali aquela vírgula? Bom, com as aspas é necessário colocar
uma vírgula quando a mesma frase tem fala e tem narração, e se
passa de uma para a outra.
Ficou claro o porquê da vírgula aparecer ali? Mudou de fala para
narração, tem de haver alguma coisa que o indique, então surge a
vírgula.
Vamos expandir o exemplo e vamos colocar-lhe uma vírgula para eu
falar de mais alguns pormenores e da posição na vírgula nessas
frases. A fala que vai ser dita será O golfinho sabe nadar, mas o
morcego não sabe.
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde, “mas o morcego não
sabe.”
Notem que a vírgula vem sempre junto do primeiro elemento e não
junto do segundo. Assim, se primeiro vier algo entre aspas, a vírgula
vem dentro das aspas, junto à última palavra desse primeiro
elemento. Se a vírgula separar narração de fala, e primeiro vier a
narração, a vírgula vem fora das aspas, junto à última
palavra da narração (vejam a segunda vírgula do exemplo). Assim, a
vírgula que pertencia à fala acaba por aparecer logo de início. É
bem simples, não é?
Agora, aproveitando o exemplo, vamos ver como ficaria intercalada uma
pequena narração dentro de uma fala maior com travessão. Reparem
no que acontece à vírgula:
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde —, mas o morcego
não sabe.
Ao contrário do que acontece com as aspas, nunca se coloca
uma vírgula junto do primeiro elemento, ela vem sempre junto do
segundo. Isto quer dizer que não podemos ter vírgulas antes de
travessões. Se a fala tiver uma, temos de colocar a narração antes
dessa vírgula, para que o travessão possa ficar antes dela, e a
vírgula virá a acompanhar a fala.
Vejam os exemplos:
1. *— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde — mas o morcego não
sabe.
2. *— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde, — mas o morcego não
sabe.
3. *— O golfinho sabe nadar —, disse a Matilde — mas o morcego não
sabe.
4. *— O golfinho sabe nadar, — disse a Matilde — mas o morcego não
sabe.
Todas estas frases estão mal pontuadas (geralmente, um asterisco
representa uma frase errada, e é o que está a representar aqui).
Pensem assim: a vírgula existe na fala, então tem de estar lá, não
pode desaparecer (1). A vírgula pertence à fala, então não pode vir
junto da narração, isso não faz sentido (2 e 3). E a última regra é a
mais simples: a vírgula nunca vem antes de um travessão (4).
Assim sendo, só a primeira frase dada anteriormente estava correta:
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde —, mas o morcego
não sabe.
E eu agora pergunto: e se vier um verbo de fala dentro de duas frases
diferentes?
O golfinho sabe nadar. O morcego, por sua vez, sabe voar.
Quero colocar “disse a Matilde” entre as frases.
Vamos lá pontuar isso corretamente. Ficaria:
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde. — O morcego, por
sua vez, sabe voar.
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde. “O morcego, por
sua vez, sabe voar.”
Sim, a narração vai restringir-se apenas a uma frase. O verbo
“dizer” está ligado à primeira parte da fala. Depois, a frase
termina e começa outra, sem verbo na narração. Assim, temos de
assinalar a separação das duas frases da fala com o ponto antes
da segunda, separando a primeira da segunda. A narração fica
“embutida” nas falas se tiver um verbo dicendi. É como se
a fala se estendesse e perdurasse durante a narração que a
descreve. Só aí é que termina e, terminando a narração, termina
a fala que lhe estava ligada.
Noutros casos, se tivermos uma ação no meio da fala, fica assim:
“O golfinho sabe nadar.” A Matilde sorriu. “O morcego, por
sua vez, sabe voar.”
— O golfinho sabe nadar. — A Matilde sorriu. — O morcego,
por sua vez, sabe voar.
A ação não está ligada à fala por um verbo dicendi, então
temos três ideias e três frases diferentes.
Se tivermos um verbo de fala MAIS uma ação, unindo as regras
anteriores, fica assim:
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde, sorrindo. “O
morcego, por sua vez, sabe voar.”
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde. Ela sorriu. “O
morcego, por sua vez, sabe voar.”
~~
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde, sorrindo. — O
morcego, por sua vez, sabe voar.
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde. Ela sorriu. — O
morcego, por sua vez, sabe voar.
Vamos terminar agora ao falar dos casos com frases maiores.
Apesar de ser correto intercalarem uma narração com verbos de
fala no meio de uma linha de diálogo longa sem a quebrarem, não
podem intercalar ações no meio de uma linha de fala grande sem a
interromperem. Lembrem-se, os verbos de fala completam o diálogo, a
fala estende-se para os verbos dicendi… mas os verbos de
ação interrompem a fala, abordam ideias completamente diferentes e
não se ligam entre si.
Peguemos na frase longa:
“Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos.”
— Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos.
Podemos ter um enunciado de fala no meio:
“Eu gosto de caracóis,” disse a Mariana, “mas detesto
porcos.”
— Eu gosto de caracóis — disse a Mariana —, mas detesto
porcos.
Ou podemos ter um enunciado de fala no final:
“Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos,” disse a Mariana.
— Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos — disse a Mariana.
A ideia é que, realmente, enunciados com verbos dicendi
completam a fala, venham onde vierem, e ela segue sem problemas,
esteja o enunciado onde estiver, e desde que não quebre nem
interrompa nenhuma ideia que componha a frase.
Mas se tiverem uma ação já não têm essa liberdade. Vejam como se
inicia uma frase nova no final por causa do verbo em questão:
“Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos.” A Mariana coçou
o queixo.
— Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos. — A Mariana coçou
o queixo.
A única maneira de intercalarem uma ação durante uma fala é
cortando a fala em várias frases distintas, assim:
“Eu gosto de caracóis…” A Mariana coçou o queixo. “Mas
detesto porcos.
— Eu gosto de caracóis… — A Mariana coçou o queixo. —
Mas detesto porcos.
E pronto! Eu disse que estávamos a terminar! Já abordámos todas as
exceções e todas as situações básicas de pontuação de diálogo!
Foi um post longo, mas espero que vos tenha ajudado!
Vou agora deixar aqui uma lista com exemplos de diálogos um pouco
maiores e intercalados com mais narração para as duas formas de
pontuação. Espero que não tenham mais dúvidas! Estudem os
exemplos agora do final e reparem nos verbos e na pontuação usada
ao intercalar o diálogo com os enunciados.
Boa escrita para todos!
~~
“Queria um pouco mais do teu incrível café mágico.”
Lourenço deu um toque na caneca à sua frente, sorriu para a sua
filha. “Por favor, claro.”
“Está bem, está bem… Mas só porque o senhor é um bom
cliente!” Ela saiu da cozinha a correr e no segundo seguinte berrou
do quintal, “Com muita ou com pouca terra?”
Lourenço suspirou e depois respondeu de volta, “Com muita,
minha senhora!” Ele só esperava que desta vez não houvesse
minhocas.
~~
— Odeio-te! — exclamou Renata. Ele tentou aproximar-se dela,
mas a mulher foi mais rápida. — Não me toques! — Antes que ela
sequer pudesse pensar no que fazia, a sua mão subiu e acertou no
rosto dele.
~~
“Não acredito nisto!” disse Linda. Olhou à sua volta e ainda
lhe custava reconhecer a jarra que fora da sua avó entre os cacos
espalhados no chão. As flores jaziam sobre uma poça de água suja.
Ela voltou a sua atenção para os seus filhos. “Quem foi que fez
isto?” As crianças recusavam-se a olhá-la. “Eu fiz uma
pergunta!” exclamou. Eles tremeram, e ela tornou a insistir, “Quem
foi o pobre infeliz que fez isto? Juro que se vai arrepender de ter
achado que brincar às espadas com a vassoura era uma boa ideia!”
~~
— De certeza que sabes conduzir isto?
Flávia apertou mais as mãos à volta de Hugo. Ele sorriu, mas
estava de costas para ela sobre a mota e ela não o viu.
— Sim, de certeza, boneca. — De travão bem preso, ele
acelerou um pouco, só para fazer barulho com o motor. Ouviu o
guincho dela com prazer e o seu sorriso aumentou. — Estás com
medinho? — perguntou. — Se tens medinho, diz-me. Não precisas de
vir agora.
Ela mordeu o lábio e apertou-se mais contra ele.
— Claro que não tenho medo! — disse. A sua voz soou
surpreendentemente mais firme do que ela estava à espera, e isso
agradou aos dois.
Mas Flávia tinha tanto medo que nem sentia as pernas. Apesar de
tudo, ela deu por si a incentivá-lo:
— Estás à espera de quê? És tu quem tem medo agora?
Hugo riu-se alto e no momento a seguir a sua risada deixou de se
ouvir sobre o som ensurdecedor da mota a arrancar a toda a
velocidade.
~~
“Já não sei o que mais posso fazer, sabes?” disse Inês.
Tinha as sobrancelhas franzidas e a boca contraída numa linha fina.
“Tudo me parece tão… estranho,” concluiu. “Não confio em
ninguém aqui.”
“Sim, eu sei o que queres dizer,” respondeu Rodrigo, pegando
na cerveja que tinha sobre a mesa. Fez o líquido girar no seu
interior e depois bebeu um gole rápido. “É como se o tempo
corresse de forma diferente, não é? As prioridades aqui são
diferentes. Mas as pessoas têm-nos ajudado,” concedeu.
Ela suspirou e retrucou, “Esta cidade deixa-me confusa.”
Formou-se um beicinho amuado no seu rosto. “Quanto tempo ainda
vamos ficar aqui?”
“Isso depende.” Rodrigo coçou a sobrancelha direita e pareceu
pensativo por um momento. Depois olhou para ela. Não disse nada e
tornou a coçar a sobrancelha, com o olhar perdido na parede atrás
de Inês. “Isso depende e não é só de nós os dois…”
~~
— Gostas de mim? — perguntou ela. O seu sorriso era confiante.
Ela sabia que a resposta seria positiva. Ela só queria torturá-lo
por mais um momento.
Ele indicou que sim com um meneio de cabeça.
— Diz-me — insistiu —, gostas realmente de mim?
...
...
Extras:
1. COMO COLOCAR TRAVESSÕES
1. COMO COLOCAR TRAVESSÕES
Se o vosso teclado tiver o number pad (o “num lock”) do lado
direito, é muito simples. Mantenham o dedo sobre a tecla ALT e
primam os números 0151. Esse é o código ASCI para o travessão
aparecer.
Se tiverem um notebook/computador portátil e ele não tiver o number
pad, podem colocar o travessão ao acederem à aba INSERIR do
Microsoft Word, acederem a SÍMBOLO e o encontrarem na lista que
aparece.
Uma sugestão muito boa é criarem um atalho próprio no programa que
usam para escrever para poderem ter o travessão facilmente. O meu
atalho é ALT + A. Sempre que eu primo essas teclas, eu coloco um
travessão no Word. No Word podem ir a SÍMBOLOS e depois escolher
TECLA DE ATALHO para definirem qualquer atalho à escolha para
qualquer símbolo que queiram.
Se não tiverem um processador de texto que permita essas edições
ou essas inserções de símbolo, podem fazer o que eu faço quando
uso o Google docs. Procuro literalmente “travessão Wikipédia”
no Google e acedo à página da Wikipédia sobre o travessão. Aí só
tenho de copiar o símbolo diretamente da página e colá-lo sempre
que precisar de colocar um no texto. Em vez de fazer ALT+A, faço
CTRL+V.
...
2. UMA ÚLTIMA DICA SOBRE DIÁLOGOS — O VOCATIVO
Esta dica é um extra. Acrescento-o aqui porque é outro erro grave
que incontáveis diálogos no Nyah! têm e que é realmente simples,
se quiserem tentar descobrir qual é esse erro.
O vocativo é o que se chama ao “nome” da pessoa com quem estamos
a falar.
Se eu me viro para um grupo de pessoas e falo “Gente, socorro!”,
esse “gente” é o que eu estou a chamar a esse grupo de pessoas.
“Gente” é o vocativo.
Se eu digo “Professor, tenho uma dúvida!”, “professor” é o
que eu estou a chamar à pessoa com quem falei. “Professor” é o
vocativo da frase.
Se eu digo “Meu amor, podes passar-me o sal?”, “meu amor” é
a forma que eu tenho de chamar a pessoa com quem estou a falar, então
é o vocativo.
Caso tenham reparado, tudo aquilo que eu identifiquei como vocativo
veio entre vírgulas nas frases. É uma regra gramatical muito
importante e simples, que basta que interiorizem para não errarem. O
vocativo tem sempre de vir entre vírgulas. Ele vem só com uma se
estiver encostado ao início ou ao final da frase, mas tem de vir
sempre isolado do resto.
Deixo aqui outro mini exemplo de diálogos, mas com alguns vocativos
em todas as falas para servir de exemplo:
— Sabes, Pedro, eu detesto o frio…
— Sei sim, Maria, estás sempre a falar disso…
— Estou? Deixa de ser chato, deixa-me em paz, seu… seu chato!
— Eu sou chato? Tu é que és irritante, sua irritante!
— Não sejas mau, irmão, não me quero chatear contigo.
— Nem eu contigo, maninha. Tens razão.
— Vamos fazer as pazes, cabeça de mula?
— Vamos, ancas de cegonha, vamos…
...
3. DIFERENÇAS DE PONTUAÇÃO US VS UK
As diferenças de pontuação com aspas são poucas. Basicamente, nos
Estados Unidos da América usam as aspas curvas duplas (“ “) e no
Reino Unido e na Austrália usam as aspas curvas singulares (‘ ‘).
Para além disso, na norma norte-americana, a posição da vírgula
entre fala e narração com verbos dicendi é fixa. Na norma
britânica e australiana, essa posição é normalmente um pouco
relativa.
Depois disso, as dúvidas sobre pontuação em diálogos devem diminuir bastante. Que post de extrema utilidade pública, Ana, parabéns! :)
ResponderExcluirPuxa, ajudou bastante! :D
ResponderExcluirObrigada!
De nada!
ExcluirEu estava perdida até ler este post. Realmente, ajudou-me muito e a explicação é muito clara! No entanto, ainda tenho uma dúvida: quando há verbo dicendi depois do travessão a fala do personagem não é pontuada com o ponto final. Contudo, utilizo a mesma regra quando o nome, pronome pessoal ou substantivo que se refere ao personagem é colocado na frente do verbo dicendi? Para deixar mais claro, vou exemplificar:
ResponderExcluir— A casa é grande — Eu disse.
— A casa é grande. — Eu disse.
Enfim, volto a dizer que adorei o post. Essa é a única dúvida que restou. ☺
Eu acho que fica:
Excluir— A casa é grande — eu disse.
Mas, para evitar confusão, eu escreveria:
— A casa é grande — disse eu.
Espero ter ajudado.
Melhor post do blog. Caramba, como me ajudou <3
ResponderExcluirFicamos contentes! Beijos
ExcluirEstava procurando algo do tipo e a explicação ajudou bastante. Obrigada <3
ResponderExcluirDe nada! Beijos
ExcluirGrande ajuda! Uma dúvida: usando travessão, quando a fala possui muitas frases seguidas, utiliza-se o travessão uma única vez antes da primeira frase? Abração!
ResponderExcluirSe a fala é sempre da mesma personagem, sim, a não ser que o narrador faça alguma intervenção pelo meio.
ExcluirBeijos
Tenho uma dúvida bem específica. Vejam a seguinte frase:
ResponderExcluir— Faremos assim: — Ray continuou — Dois de vocês virão comigo, e eu direi tudo que tenho a dizer.
O travessão corta a fala para adicionar um verbo discendi, mas a fala já estava cortada pelos dois pontos ":". Nesse caso, como devo proceder? Pensei em colocar, após a narração, "—:", mas isso seria especialmente indesejável.
O que eu sugiro fazer é:
Excluir— Faremos assim: dois de vocês virão comigo, e eu direi tudo que tenho a dizer — Ray continuou.
Espero que tenha ajudado.
A minha dúvida é parecida com a da Lara Souza. Acredito que quando há verbo dicendi após o pronome, o verbo dicendi "puxa" o pronome para a letra minúscula. Além disso, há ocasiões em que o verbo dicendi está subentendido, como em: – Jack? – ela hesitou... (do livro Noites de Tormenta (Nicholas Sparks), ed. Novo Conceito, 2008 p. 73. Neste caso o verbo hesitar descreve a fala, não se trata de uma ação da personagem, mas da forma como ela falou o nome Jack.
ResponderExcluirTens toda a razão! Muito obrigada pela contribuição :)
ExcluirO verbo hesitar é um verbo sentiendi e assim como os verbos dicendi, eles vão aparecer com letra minúscula após o travessão. Já que hesitar é uma atitude que as pessoas tomam e por isso que é classificado assim.
ExcluirExistem verbos dicendi ou declarandi (de declaração), que são aqueles verbos de elocução, isto refere-se à maneira pela qual alguém se expressa, quais palavras usa para fazê-lo.
Ex: dizer, falar, afirmar, declarar, indagar e etc.
E tem os verbos sentiendi ou de sentir (assim chamados, por analogia aos dicendi). Esses verbos são vicários ou variações dos verbos de elocução, pois fazem as vezes destes. Ou seja: do ponto de vista lógico-sintático presumem a existência de um legítimo dicendi oculto. Mas, como variação dos dicendi, expressam a carga de afetividade presente na língua falada.
Expressam estado de espírito, reação psicológica, emoções, atitudes, gestos, etc.
Ex: alegrar-se, gemer, suspirar, lamentar-se, queixar-se, explodir, etc.
Então toda vez que um desses dois tipos de verbo aparecer depois da fala, eles sempre estarão escritos com letras minúsculas.
Espero ter ajudado! :) Mesmo depois de tanto tempo. kkk
Brilhante contribuição!
ExcluirNossa! Estou maravilhada! Nunca havia visitado a página de vocÊs e olha, me ajudou demais!Lógico que são muitas regras e não aprendemos da noite para o dia, mas com certeza será meu guia de agora em diante.
ResponderExcluirEu não sabia como usar o travessão, acreditam? Então eu usava o hífen.
Agradeço imensamente. Abraços.
Ainda bem que ajudou! Nós temos outros posts sobre regras de escrita e afim, que espero que também te ajudem :)
ExcluirEste tipo de coisas deveria de ser ensinado nas escolas. Já estou na faculdade a tirar um curso de letras e até agora nunca ninguém me explicou estas coisas. Nem desconfiava que havia casos em que a narração tivesse que ser obrigatoriamente iniciada com minúscula a seguir a uma fala! E para piorar a situação, nunca soube que estava a escrever as minhas fanfics com um hífen no lugar de um travessão. Juro que pensei que, quando colocava a fala entre os hífens, eles se tornavam magicamente num travessão! (É muita ignorância junta, meu Deus!)
ResponderExcluirTudo isto para dizer que agradeço do fundo do coração por esta aula tão maravilhosa sobre uma coisa que todos pensam dominar e afinal há quem desconheça mais de metade das regras.
Parabéns pelo excelente trabalho
De nada! Ainda bem que gostaste e que te ajudou! Beijos
ExcluirAaah, como eu amo esse post. <3
ResponderExcluirFicamos contentes :D
ExcluirPor que as pessoas têm tanto preconceito com as aspas? Não é errado, é? Aparentemente, não. Então por quê?
ResponderExcluirEnfim. achei o post muito útil, mas ainda tenho um longo caminho a percorrer para convencer meus amigos que não é errado usar aspas para pontuar diálogos.
Obrigado pelo post. :*
De nada! Ainda bem que gostaste!
ExcluirObrigado pelo post.
ResponderExcluirUma pena as pessoas ainda terem tanto preconceito com as aspas. Alguns deixam de ler uma história por causa delas. Eu prefiro aspas, mas pra ler, se for uma história, eu aceito tudo.
Uma pena.
E eu tenho um longo caminho a percorrer para convencer meus amigos de que aspas não são erradas.
Obrigado pelo post. Muito útil e esclareceu muitas das minhas dúvidas.
^^
De nada! Ainda bem que gostaste!
ExcluirSou iniciante em fanfics e suas dicas vão me ajudar muito a continuar. Tenho uma dúvida sobre o uso de aspas. Quando eu utilizar uma palavras de forma figurativa e não literal, devo usar aspas nessa palavra? Exemplo: — O rio ''cantava'' de alegria. A palavra cantava precisa ter aspas?
ResponderExcluirDepende do contexto em que está escrito, mas a grande maioria das vezes não é preciso, uma vez que estás apenas a fazer uso de um recurso expressivo :)
ExcluirMinha nossa! Por qual motivo não me ensinaram isso na escola? :( :O Tava com dúvidas sem tamanho em relação aos diálogos com travessão, em como eu deveria proceder em relação a pontuação e essa questão de maiúsculo ou minúsculo era o mais confuso para mim. Tirou um peso de minhas costas, haha! Obrigada pela aula maravilhosa! Ajudou-me bastante!
ResponderExcluirFicamos contentes por ter ajudado! :)
ExcluirOlá, eu realmente achei esse post sensacional. Tanto que pretendo copiá-lo (com toda a certeza citando a fonte e linkando no post) no projeto literário "Ábaco de letras" (abacodeletras.com.br).
ResponderExcluirPor favor, me avise se isso for um problema.
Blog mais do que assinado!
E parabéns pela postagem.
Podes sim citar o post, desde que seja com os devidos créditos!
ExcluirObrigada pelos elogios!
Beijos
Esse post foi o melhor que encontrei para esclarecer minha dúvidas sobre pontuação! Perfeito <3
ResponderExcluirObrigada ♥
Ainda bem que pudemos ajudar ♥
ExcluirGostei do post, esclareceu algumas coisas, porém ainda tenho uma dúvida. Quando é usado adjetivo no inciso, se usa vírgula?
ResponderExcluirExemplo:
– O que quer dizer com isso? – pergunto, confusa.
– O que quer dizer com isso? – pergunto, indignada.
Estão certos?
Sim :)
ExcluirExcelente, me ajudou muito.
ResponderExcluirFicamos contentes por saber!
ExcluirAlguém já perguntou sobre o uso de só um travessão quando há várias frases. Minha dúvida é: usando travessão como solução de diálogos, quando o mesmo personagem tem uma fala enorme, com vários PARÁGRAFOS, sem qualquer intervenção de outro personagem ou do narrador, como uso (ou não uso) o travessão para abrir o novo parágrafo sem confundir o leitor? (se colocar o travessão no novo parágrafo, ele vai entender que mudou o personagem, mas não mudou. Se não colocar o travessão, ele vai entender que o narrador assumiu, mas não assumiu).
ResponderExcluirTambém seria legal saber como resolver isso no caso das aspas (se fecho o parágrafo anterior ou não; se abro aspas o novo parágrafo sem fechar o anterior etc.)
Obrigado.
Eu também não tenho bem a certeza nesta caso. No entanto, o que eu costumo ver é:
ExcluirNo caso de travessão: utilização do travessão no primeiro parágrafo e de aspas no início dos seguintes.
– INÍCIO DA FALA (...) FALA.
"/« CONTINUAÇÃO DA FALA.
NARRADOR
No caso de aspas: utilizar sempre aspas no início, mas não fechar a fala até ao último parágrafo de fala.
"INÍCIO FALA (...) FALA.
"CONTINUAÇÃO DA FALA(...) FALA.
"FALA (....) FIM DA FALA."
NARRADOR
Ele lhe perguntou: "De onde vem este 'rabo' de leão?". Ela respondeu: "Hoje não fui ao cabeleireiro". Estão corretos o usos das aspas?
ResponderExcluirCreio que sim. Embora as falas não levem os pontos no fim:
Excluir«Ele lhe perguntou: "De onde vem este 'rabo' de leão?"» (sem ponto)
Melhor postagem! Obrigado!
ResponderExcluirDe nada! :D Ainda bem que gostaste ^.^
ExcluirTenho uma duvida em frases interrompidas.
ResponderExcluir— Como você sabe meu nom- Deixa pra lá! – Me esqueci que tinha assinado o desenho.
Esta certo?
Eu acho que sim, mas não tenho a certeza. Tem atenção que, antes da intervenção do narrador ("Me esqueci [...]."), usa-se travessão e não hífen :)
ExcluirEu amo este post desde o dia em que ele foi publicado. Já passei diversas vezes por aqui, cá estou de novo. Sempre que a dúvida me aflige, encontro conforto nessa maravilha da gramática, sério. Parabéns Ana, muito obrigada! ^^
ResponderExcluirAinda bem que te podemos ajudar! :D
ExcluirÓtimo post. Geralmente escrevo em inglês, por isso esqueci das regras usando o travessão.
ResponderExcluirFico feliz por te termos conseguido ajudar!
ExcluirFantástico o post, extremamente útil! Parabéns!
ResponderExcluirAinda bem que pudemos ajudar!
ExcluirQue post incrível! Mas minha maior duvida é se eu devo usar espaço ou não depois da travessão ao iniciar a frase... como por exemplo :
ResponderExcluir— Que bela criatura, porém digna de pena.
ou
—Que bela criatura, porém digna de pena.
É que eu costumo escrever da ultima maneira e gostaria de saber se é errado, poderia alguém me responder? Grata.
Ainda bem que o post foi de ajuda =D
ExcluirO correto é deixando espaço, como fizeste no primeiro exemplo ;)
Abraço
Olá, qual foi a fonte utilizada para tais informações? Alguma gramática específica, várias? Apenas experiência pessoal?
ResponderExcluirPergunto porque tenho grande dificuldade em achar essas informações na maioria das gramáticas que tenho e gostaria de saber em qual me embasar.
Não fui eu que escrevi o post, logo não te consigo ajudar com isto. No entanto, se quiseres, posso perguntar à autora do texto?
ExcluirUma duvida: É correto usar somente uma(") para quando o personagem for falar um longo discurso ou no caso continua se usando o travessão?
ResponderExcluirExemplo:
— Reza a lenda que, tradicionalmente, em português, se deve usar o travessão para marcar diálogos. (O travessão é esse sinal “ — “ . No final do post eu explico como o podem arranjar.) Aliás, nem as aspas tradicionais do português são iguais àquelas que estão habituados a ver por aí. As aspas tradicionais (e que ainda aprendemos a usar em Portugal, apesar de pouco se falar no assunto) são as típicas das línguas latinas, as retas ( « » ).
"No entanto, com o tempo, isso tem vindo a mudar. No Brasil é muito mais usual usarem-se as aspas curvas (“essas”), nem há teclas próprias para as aspas retas duplas como há nos teclados portugueses. Apesar de tudo, em Portugal também se tem passado a usar muito mais as aspas curvas duplas. Parece que elas estão cá para ficar, quer as usemos nos diálogos quer não.
Ou
— Reza a lenda que, tradicionalmente, em português, se deve usar o travessão para marcar diálogos. (O travessão é esse sinal “ — “ . No final do post eu explico como o podem arranjar.) Aliás, nem as aspas tradicionais do português são iguais àquelas que estão habituados a ver por aí. As aspas tradicionais (e que ainda aprendemos a usar em Portugal, apesar de pouco se falar no assunto) são as típicas das línguas latinas, as retas ( « » ).
— No entanto, com o tempo, isso tem vindo a mudar. No Brasil é muito mais usual usarem-se as aspas curvas (“essas”), nem há teclas próprias para as aspas retas duplas como há nos teclados portugueses. Apesar de tudo, em Portugal também se tem passado a usar muito mais as aspas curvas duplas. Parece que elas estão cá para ficar, quer as usemos nos diálogos quer não.
Penso que o primeiro exemplo é o correto :D
ExcluirOlá,eu li o post e gostei muito, tentei aplicar no meu romance. Estava tudo dando certo até que eu me deparei com essa questão:
ResponderExcluir(Para o exemplo vou usar hífen mesmo).
Ex. 1: - Oi? Como você está? - perguntou a mulher.
versus
Ex. 2: - Oi? Como você está? - A mulher perguntou.
Não seria a mesma coisa para os dois casos? A mesma regra da letra minuscula aplicada no primeiro exemplo, não se aplica no segundo, já que temos um verbo dicendi e não um de ação?
Ou a regra da letra minuscula só se aplica quando o verbo dicendi estiver imediatamente após o travessão?
Espero ser respondido. :-)
Olá!
ExcluirQue eu saiba, utiliza-se letra minúscula em ambos os casos, visto que tem um verbo dicendi nos dois casos. No entanto, eu posso estar errada, visto que não fui eu quem escrevi o artigo. Espero ter ajudado.
Eu já vi muitas fanfics escritas dessa maneira:
ResponderExcluirEu: Você só pode estar de brincadeira não é? - eu disse assustado.
Laura: Não, eu estou falando sério, sei o que acabei de ver! - disse com certeza.
Esse é um exemplo, eu queria saber se é um jeito errado ou certo de escrever. Eu escrevo uma fanfic com diálogos desse jeito mais tenho medo de publicar por estar errado. :)
Se a tua fic não é um roteiro, então não está correto escreveres assim (e mesmo que seja, não acho que é assim que se usa). Deves indicar as falas com aspas ou travessão e fazeres com que seja o narrador a indicar quem fala. Por exemplo:
Excluir– Você só pode estar de brincadeira, não é? – eu perguntei assustado.
– Não, eu estou falando a sério! Sei o que acabei de ver! – Laura disse com certeza.
Espero ter ajudado!
Olá!
ResponderExcluirPrimeiro quero agradecer pelo post, pois foi de grande ajuda. Assim que terminei de ler fui corrigir meus textos e então fiquei com uma dúvida. Se um verbo de ação estiver ligado a fala, subentendo-a, coloco em minusculo também?
Exemplos:
“E eu dormi? Estou dormindo por caso?” Apontou para xícara de chá sobre a mesa da cozinha, indicando que estava ali a mais tempo do que gostaria.
“Ainda?” a encorou preocupado. (coloco uma virgula depois da fala ou não?) "Ainda?", a encarou preocupado.
“Hum… E apavorado também, lembra?” meneou a cabeça, retribuindo o beijo.
“Desculpe, amor, tô pilhado demais para isso.” Curvou o pescoço se esquivando com dificuldade.
Hey!
ExcluirEu não tenho grande experiência com diálogos a usar aspas, mas daquilo que sei, o primeiro exemplo está correto; o segundo não leva vírgula e o "a" em "a encarou" deve ser maiúsculo; o terceiro e o quarto estão corretos.
Espero ter ajudado!
Minha beta indicou-me este texto e foi de demasiada ajuda. Entretanto, ao ler o texto, não pude deixar passar a frase: "— Tens quantos cães? — perguntou a Mariana?". O sinal de interrogação ali usado está realmente certo ou foi apenas um engano?
ResponderExcluirPretendo reler este artigo para absorver melhor as informações contidas no mesmo. Obrigada!
O segundo ponto de interrogação foi engano, sim. Obrigada pelo aviso!
ExcluirA forma didática e descontraída com que expôs as inúmeras regras que compõem a arte do diálogo – sutileza, posicionamento e ordem – tornam a compreensão, entendimento e absorção absurdamente mais fácil. O posicionamento, ordem e
ResponderExcluirCom certeza um post que vale a pena ser lido mais de uma vez.
Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá, ótimo post, ajudou muito.
ResponderExcluirTenho apenas uma dúvida, não li todos os comentários e portanto desculpe-me se alguém já fez essa pergunta.
Percebi em vários diálogos a ausência do travessão entre o final de uma frase e a narração, mas esta na linha de baixo. Qual a regra para isso?
Por exemplo:
- Hoje não irei à escola.
Houve um silêncio na sala e ninguém contestou sua vontade.
Obrigado!
Oi!
ExcluirQuando se faz parágrafo, como no caso que mostraste, não se deve pôr travessão. Só se continuasse a fala na mesma linha/parágrafo é que se devia colocar travessão, de modo a separar o discurso da narração. No que toca a quando usar o quê, tudo depende do contexto. Beijos :)
Excelente post! Vez ou outra me pego voltando aqui para reler e tirar dúvidas.
ResponderExcluirAinda bem que podemos ajudar!
ExcluirMandaram bem! Sempre me preocupou a questão de usar o ponto dentro ou fora das aspas, porque, infelizmente, nossos editores não parecem se preocupar muito com essas minúcias... Sou muito detalhista, e para ser bem franco, acho um tanto feias ambas as formas de introduzir falas de personagens. A maneira empregada por Saramago me parece bem mais elegante, embora, a meu ver, peque pela falta de clareza em alguns momentos. Acho horríveis os travessões — gosto de usá-los apenas para adicionar uma consideração, como acabo de fazer. É o que, salvo engano, os alemães chamam de Gedankenstrich, ou "linha do pensamento". Para inseri-la, a opção padrão do Word é Ctrl+Alt+Num+-. Preferi adicionar uma opção de autocorreção para a combinação "--", o que é muito mais prático. Mas continuo achando as "aspas curvas" (que eu chamo de "aspas inglesas") mais elegantes para introduzir falas.
ResponderExcluirApenas uma dúvida, se por acaso vocês puderem me ajudar. Li há bastante tempo que essa concorrência entre aspas e travessões estaria ligada a duas tradições: a latina e a anglo-saxônica (mas não me recordo qual pertenceria a qual). Isso procede?
Olá! Infelizmente não te sei responder, mas muito obrigada pelo comentário!
ExcluirNossa, me ajudou muito. Mesmo! Eu estava procurando isso há tempos, mas não tinha encontrado assim tão explicado. Muito obrigada.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
ExcluirEsse post me ajudou muito, obrigada! E o fato de você responder as perguntas das pessoas nos comentários também tem me ajudado muito.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário! <3
ExcluirExcelente. Muito bem explicado e exemplificado. Além da inclusão dos "extras". A obtenção do — incluiu pelo menos uma opção que eu não conhecia, justamente a que utilizei nesse texto. Grato pela publicação, de referência.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
ExcluirMuito bom o post, obrigada! Uma dica para colocar o travessão é usar as teclas Ctrl + Alt + a tecla - dos numerais (à direita).
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
ExcluirEsse é o post da minha vida. Você acabou de tirar todas as dúvidas que eu já tive sobre esse assunto em toda minha vida. Muito obrigada!
ResponderExcluirO caso da vírgula é só quando há mas?
ResponderExcluirNão percebi muito bem a tua pergunta. Podes dar um exemplo?
ExcluirMuito obrigada, ajudou muito! ;)
ResponderExcluirSó tenho uma dúvida: qual é a forma correta de usar as reticências com os travessões?
Por exemplo:
— Sairá daqui — A mulher apontou para a porta. — Ou chamarei a polícia.
Se eu quiser usar reticências, uso depois de "daqui", antes de "ou", ou nos dois?
Agradeço desde já pela ajuda!
Acredito que seja depois de "daqui" :)
ExcluirLiteralmente adorei este post, e os comentários com dúvidas esclarecidas também ajudaram muitíssimo...
ResponderExcluirCássio
Olá, gostei do seu ÓTIMO post, mas fiquei com uma dúvida: Por exemplo, se eu for escrever assim: "Hoje a noite vou sair.", disse o jovem.
ResponderExcluirÉ certo usar ( .", ) ponto final, fecha aspas duplas e depois a vírgula?
Obrigado pelo post. Detalhe, eu gosto do padrão aspas para diálogo de personagens.
Como o verbo "disse" descreve o modo como a fala foi dita, o correto é «"Hoje à noite vou sair," disse o jovem.» Se, pelo contrário, a seguir viesse um verbo que descrevesse uma ação, o correto seria «"Hoje à noite vou sair." Ele pegou no casaco.»
ExcluirEspero ter ajudado!
Ajudou e muito. Agradeço por ter disponibilizado um tempinho para responder. Obrigado, de coração.
ExcluirSem problema! Pergunta sempre que precisares :)
ExcluirOlá, pessoal!
ResponderExcluirComo escrever uma frase onde quem fala é interrompido no meio da palavra por um gesto do interlocutor, o narrador descreve esta situação, o personagem engasga mas completa sua palavra e termina a frase.
Grande abraço!
Olá! Podes mostrar-me a fala em questão? É mais fácil ajudar se tiver um exemplo específico :)
ExcluirExcelente explicação! Esclareceu diversas dúvidas. Muito obrigada!
ResponderExcluirEu fazendo uma conversão de travessões para aspas num texto. Gostaria de saber como fica a pontuação depois de ':' (dois pontos). Eu converti, mas não sei se está certo:
ResponderExcluirDepois outro murmura: — Mas isso não vai durar.
Depois outro murmura, "Mas isso não vai durar."
Quando usas o travessão, geralmente faz-se parágrafo a seguir aos dois pontos:
Excluir"Depois outro murmura:
— Mas isso não vai durar."
De resto, tudo certo! :)
E no caso de se introduzir diálogo quando no texto vem sendo utilizado parágrafo americano. Há ou não recuo? Por exemplo.
ResponderExcluirJoão pediu a Maria:
— Maria, traga-me o bolo.
ou seria:
João pediu a Maria:
— Maria, traga-me o bolo.
Olá! Infelizmente, no comentário, as duas opções estão iguais. Podes fazer a pergunta outra vez?
ExcluirAdorei! Foi muito útil. Obrigada!
ResponderExcluirTexto excelente, muito obrigada!
ResponderExcluirUma dúvida, por exemplo:
- Não me olhe assim - brinquei.
Deve ser em letra minúscula já que o verbo "brincar" se refere a fala?
Sim, nesse caso deves usar minúscula.
ExcluirJá faz tanto tempo que este post esteve ativo pela última vez, que não sei se alguém ainda cuida desta página.
ResponderExcluirDe qualquer forma, ele é excelente e auxiliou-me em muitas questões relativas ao uso do travessão.
Ainda tenho uma dúvida, em relação à posição de uma eventual vírgula:
— É a única explicação —, justificou Renato — Só eu e meu irmão conhecíamos o código.
A virgula vem depois do 2º travessão, como mostrado no exemplo acima?
PS: No comentário de “Mauro Bartolomeu”, acima (25 DE JANEIRO DE 2017), a frase “Mandaram bem!", no Brasil, é uma praga que está a dominar a língua de roldão. Acho que, em pouco tempo, o português não será mais falado no Brasil. Essa expressão (mandaram) já é de uso corrente também em Portugal?
José Carlos Moraes (Ribeirão Preto, SP, Brasil) -23/março/2019
Jc.aprhys@gmail.com
Olá! No exemplo que deste não necessitas de vírgula. Como o que é dito são frases diferentes, separadas pela intervenção do narrador, ficaria:
Excluir"— É a única explicação — justificou Renato. — Só eu e meu irmão conhecíamos o código."
A vírgula na fala funciona de maneira diferente. Por exemplo:
— Eu queria muito ir à festa da Maria — começou a Carla —, mas a minha mãe diz que estou de castigo."
Neste caso, a fala é uma única frase, mas como o narrador interrompe a fala, a vírgula só vem após o segundo travessão.
Espero ter ajudado!
Caro José de Ribeirão Preto, gostaria de saber o que justifica que você considere "uma praga" a expressão "mandar bem", haja visto que não parece uma simples constatação da sua ampla aceitação pelos falantes, e sim um juízo de valor. Mais justificável, me parece, seria desabonar o uso inteiramente pessoal e exótico que você faz da locução "de roldão", que nunca vi ser acompanhada do verbo "dominar".
ExcluirMauro de Batatais-SP
Olá, gostaria de saber: E se o que vem depois da fala é relacionado a ela, invés de uma outra ação, porém começa com o sujeito e não o verbo? Exemplo:
ResponderExcluir"– Sim, claro. – Ele respondeu rapidamente"
Seria maiúsculo assim mesmo, ou minúsculo? Ou nem está certa essa frase?
Oi! Neste caso utiliza-se letra minúscula e, como a fala tem um ponto final, ela não é pontuada (só pontuas no fim):
Excluir"– Sim, claro – ele respondeu rapidamente."
Maravilhoso! Ajudou-me bastante na revisão de um livro. Nunca tive uma aula assim na faculdade!
ResponderExcluirMuito obrigada!
ExcluirGostaria de saber se as mesmas regras do Português de Portugal, no caso do travessão, também se aplica no português do Brasil.
ResponderExcluirOi! Podes dar-me um caso mais concreto das regras que queres saber?
ExcluirObrigada pelo artigo. Tenho uma dúvida.
ResponderExcluir– A vida em Hollywood não é tão glamorosa como todos pensam – sorri tristemente.
– É claro que sim – gargalha.
Nessas duas frases, está coreto usar a letra minúscula depois do travessão? E o correto seria colocar ou não o ponto final e depois o travessão?
Olá! Antes de mais, muito obrigada pela leitura <3 Em relação à tua dúvida:
ExcluirPrimeiro aconselho-te a meteres quem fala na interrupção do narrador; mesmo lendo só estas duas linhas, posso dizer desde já que a ausência de sujeito facilmente se pode tornar confusa.
De qualquer maneira, e indo à tua dúvida mais concretamente, ficaria:
"– A vida em Hollywood não é tão glamorosa como todos pensam. – Sorri tristemente." Aqui, como o narrador descreve uma ação não relacionada com a fala em si, a fala deve vir pontuada e a interrupção em maiúscula.
"– É claro que sim – gargalha." Aqui fica igual ao que escreveste. No entnato, vale notar que "gargalhar" é um verbo ambíguo; da maneira como escreveste, dá-me a ideia que a personagem se está a rir enquanto fala. Se assim for, o verbo descreve o modo como a fala foi dita (e não uma ação), logo a interrupção do narrador deve estar em minúscula e fala não deve ser pontuada (tal como escreveste). No entanto, se o que queres dizer é que a pessoa gargalhou depois de falar, então aí é uma ação e segue os moldes da primeira frase (se queres o gargalha como ação, aconselho a deixar isso mais explícito).
Espero ter ajudado!
Eu estou com uma dúvida quanto ao uso dos dois pontos no diálogo. Como ficaria essa fala?
ResponderExcluir"— Você me irrita bastante — falou ele contendo a frustração. Respirou fundo e por fim sussurrou: — Eu amo você."
Fica linear, ou após os dois pontos pularia para mesma pessoa continuar falando?
Obrigada.
Olá!
ExcluirSe for a mesma pessoa a falar, eu manteria linear, sim.
Espero ter ajudado!
Obrigada. o/
Excluire quando é a mesma pessoa que vai falar novamente? Como faz?
ResponderExcluirOi! Não sei se estou a compreender a tua pergunta direitinho, mas vou assumir que estás a perguntar como é que a mesma pessoa continua a falar após uma interrupção do narrador. Se esse for o caso, a fala normalmente continua na mesma linha:
Excluir"– Hoje o dia está lindo – Maria disse, olhando para as árvores à sua frente. – Que tal irmos até ao lago?"
Como pudeste ver, fica tudo na mesma frase, e usa-se travessões (ou aspas) para separar o interlocutor do personagem a falar.
Se isto não responder à tua dúvida, fica à vontade para perguntares :)