Por: queijo e uva passas
Olá! Tudo bem com vocês? Espero que sim. Eu sou a beta queijo e uvas passas e hoje iremos falar sobre estereótipos nas histórias de aventura. Lembrando que não é porque são clichês que são necessariamente ruins. O importante é a maneira como você, escritor, desenvolve a sua história e faz tudo acontecer. :)
Estereótipos dos
protagonistas:
- O
escolhido
Um exemplo típico
é Percy Jackson. Escolhido há muito tempo por meio de uma profecia ou
premonição, ele é o único que pode salvar o mundo de um destino terrível.
Geralmente há lendas sobre o possível herói e todos o olham com admiração.
- O
"normal"
Assim como Harry
Potter, que nem imaginava que tinha algo de especial e que as vidas das pessoas
estariam em suas mãos algum dia, muitos protagonistas passam por essa mesma
situação: vivem uma vida pacata até um evento X acontecer.
- O
que não queria ser herói
Colocar-se em
perigo? Tá fora! Bem, mas às vezes não é bem questão de escolha e se torna
inevitável ser o herói. Um exemplo disso é a Katniss Everdeen, de Jogos
Vorazes, que, mesmo sem o querer, se tornou o Tordo, símbolo da revolução.
- O
badass
Quando a
Princesa Leia apareceu pela primeira vez nas telas, muitos julgaram que ela não
seria mais do que um rosto bonito, contudo ela surpreendeu a todos ao mostrar
sua destreza com a arma e sua coragem. É um protagonista que admiram muito
pelas habilidades.
- O
entusiasmado
É aquele
personagem que quer muito, mas muito mesmo ser herói. Ele se mete em aventuras
e situações perigosas apenas para ter sua oportunidade de brilhar. Aceita todas
as chances que a vida lhe dá de fazer a coisa certa. Não poderia ter outro
exemplo além de Finn, de Hora de Aventura.
Estereótipos na
trama:
- Dicotomia
herói x vilão
É aquele
clássico do vilão super malvado, que não tem nenhum traço de personalidade além
de ser mau; ele é afogado em trevas e escuridão. Enquanto isso o herói é o
mocinho perfeito, não comete erros e representa toda a luz.
Particularmente,
eu acho esse um clichê um pouco problemático, porque ele acarreta não
desenvolver sua história e seus personagens de maneira complexa. Em se tratando
somente dos personagens, ninguém é 100% bom ou 100% mau! É necessário construir
o caráter e a bagagem do herói e do vilão, mostrar que eles são humanos, têm
forças e fraquezas, erram e acertam, enfim, fazer com que tenham personalidade.
Isso dá profundidade à história.
Um exemplo
interessante de um protagonista com caráter ambíguo e bem trabalhado é o Robin
Hood: para alguns, vilão, para outros, herói. Nesse caso, também dá para fazer
do protagonista um anti-herói em vez de um herói.
- História
acontece em um lugar fantástico
Em muitas
histórias de fantasia, a aventura não acontecem no local onde o protagonista
mora e sim em algum lugar em outra dimensão ou universo. Não há problema nisso,
porém seria interessante variar um pouco e tentar algo diferente.
- O
mundo todo nas mãos do herói
O mundo está
acabando e só o herói pode salvá-lo! O interessante, nesse clichê, é fazer com
que o protagonista tenha consciência disso e mostrar os sentimentos dele acerca
dessa situação. A carga emocional de ter tanta responsabilidade é enorme, sendo
muito importante trabalhar isso.
Também tem como
realizar uma abordagem diferente, fazendo com que o mundo fique na mão de um
grupo de heróis, cada qual encarregado de algo. Apesar de geralmente o herói
não salvar todos sozinhos e haver, de fato, um grupo, a importância do grupo
não fica muito explícita e bem trabalhada e, é claro, o herói é o parabenizado
por salvar o mundo (e não o grupo todo, o que é bem chato). :/
- Mestre
idoso e sábio
Sempre tem o
senhorzinho ou senhorinha que tem uma palavra de sabedoria para dizer ao
protagonista. Ele não entende na hora, mas depois que ele já está na metade da
jornada e o sábio morre, finalmente as peças parecem se encaixar.
Particularmente, amo esse clichê!
- Herói
nunca parece abalado
Isso eu
considero um pouco incômodo, afinal, depois de passar por situações
traumatizantes, ver pessoas morrer e às vezes matá-las, é normal que você não
fique bem e precise de apoio dos amigos e terapia. Entretanto, os heróis não
parecem ter esse tipo de problema. Pesquisar sobre como as pessoas reagem após
passar por essas situações (relatos de sobreviventes de guerras e dos campos de
concentração nazistas, dentre outros, são bons começos) e trabalhar esse trauma
de maneira coerente é recomendável. Dá para ir dando pistas ao longo da
história por meio do comportamento do personagem e, quem sabe, fazê-lo
conversar sobre isso com os outros personagens.
Esses foram os
estereótipos mais recorrentes que eu li e assisti ao longo da minha vida, mas é
claro que existem muitos outros. Se tiver algum que vocês gostem muito ou
odeiem com todo o coração, compartilhem com a gente nos comentários!
Sintam-se à
vontade para discordar de mim quanto ao que coloquei aqui.
E lembrando que
é a minha opinião pessoal sobre o assunto, ou seja, vocês são livres para
escreverem da maneira que desejarem, nada disso é uma regra absoluta.
Espero que
tenham gostado e até o próximo post! :)
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