Estereótipos em histórias de aventura

domingo, 1 de novembro de 2020

 


Por: queijo e uva passas

Olá! Tudo bem com vocês? Espero que sim. Eu sou a beta queijo e uvas passas e hoje iremos falar sobre estereótipos nas histórias de aventura. Lembrando que não é porque são clichês que são necessariamente ruins. O importante é a maneira como você, escritor, desenvolve a sua história e faz tudo acontecer. :)


Estereótipos dos protagonistas:

  1. O escolhido

Um exemplo típico é Percy Jackson. Escolhido há muito tempo por meio de uma profecia ou premonição, ele é o único que pode salvar o mundo de um destino terrível. Geralmente há lendas sobre o possível herói e todos o olham com admiração.

 

  1. O "normal"

Assim como Harry Potter, que nem imaginava que tinha algo de especial e que as vidas das pessoas estariam em suas mãos algum dia, muitos protagonistas passam por essa mesma situação: vivem uma vida pacata até um evento X acontecer.

 

  1. O que não queria ser herói

Colocar-se em perigo? Tá fora! Bem, mas às vezes não é bem questão de escolha e se torna inevitável ser o herói. Um exemplo disso é a Katniss Everdeen, de Jogos Vorazes, que, mesmo sem o querer, se tornou o Tordo, símbolo da revolução.

 

  1. O badass

Quando a Princesa Leia apareceu pela primeira vez nas telas, muitos julgaram que ela não seria mais do que um rosto bonito, contudo ela surpreendeu a todos ao mostrar sua destreza com a arma e sua coragem. É um protagonista que admiram muito pelas habilidades.

 

  1. O entusiasmado

É aquele personagem que quer muito, mas muito mesmo ser herói. Ele se mete em aventuras e situações perigosas apenas para ter sua oportunidade de brilhar. Aceita todas as chances que a vida lhe dá de fazer a coisa certa. Não poderia ter outro exemplo além de Finn, de Hora de Aventura.

 

Estereótipos na trama:

  1. Dicotomia herói x vilão

É aquele clássico do vilão super malvado, que não tem nenhum traço de personalidade além de ser mau; ele é afogado em trevas e escuridão. Enquanto isso o herói é o mocinho perfeito, não comete erros e representa toda a luz.

Particularmente, eu acho esse um clichê um pouco problemático, porque ele acarreta não desenvolver sua história e seus personagens de maneira complexa. Em se tratando somente dos personagens, ninguém é 100% bom ou 100% mau! É necessário construir o caráter e a bagagem do herói e do vilão, mostrar que eles são humanos, têm forças e fraquezas, erram e acertam, enfim, fazer com que tenham personalidade. Isso dá profundidade à história.

Um exemplo interessante de um protagonista com caráter ambíguo e bem trabalhado é o Robin Hood: para alguns, vilão, para outros, herói. Nesse caso, também dá para fazer do protagonista um anti-herói em vez de um herói.

 

  1. História acontece em um lugar fantástico

Em muitas histórias de fantasia, a aventura não acontecem no local onde o protagonista mora e sim em algum lugar em outra dimensão ou universo. Não há problema nisso, porém seria interessante variar um pouco e tentar algo diferente.

 

  1. O mundo todo nas mãos do herói

O mundo está acabando e só o herói pode salvá-lo! O interessante, nesse clichê, é fazer com que o protagonista tenha consciência disso e mostrar os sentimentos dele acerca dessa situação. A carga emocional de ter tanta responsabilidade é enorme, sendo muito importante trabalhar isso.

Também tem como realizar uma abordagem diferente, fazendo com que o mundo fique na mão de um grupo de heróis, cada qual encarregado de algo. Apesar de geralmente o herói não salvar todos sozinhos e haver, de fato, um grupo, a importância do grupo não fica muito explícita e bem trabalhada e, é claro, o herói é o parabenizado por salvar o mundo (e não o grupo todo, o que é bem chato). :/

 

  1. Mestre idoso e sábio

Sempre tem o senhorzinho ou senhorinha que tem uma palavra de sabedoria para dizer ao protagonista. Ele não entende na hora, mas depois que ele já está na metade da jornada e o sábio morre, finalmente as peças parecem se encaixar. Particularmente, amo esse clichê!

 

  1. Herói nunca parece abalado

Isso eu considero um pouco incômodo, afinal, depois de passar por situações traumatizantes, ver pessoas morrer e às vezes matá-las, é normal que você não fique bem e precise de apoio dos amigos e terapia. Entretanto, os heróis não parecem ter esse tipo de problema. Pesquisar sobre como as pessoas reagem após passar por essas situações (relatos de sobreviventes de guerras e dos campos de concentração nazistas, dentre outros, são bons começos) e trabalhar esse trauma de maneira coerente é recomendável. Dá para ir dando pistas ao longo da história por meio do comportamento do personagem e, quem sabe, fazê-lo conversar sobre isso com os outros personagens.

 

Esses foram os estereótipos mais recorrentes que eu li e assisti ao longo da minha vida, mas é claro que existem muitos outros. Se tiver algum que vocês gostem muito ou odeiem com todo o coração, compartilhem com a gente nos comentários!

Sintam-se à vontade para discordar de mim quanto ao que coloquei aqui.

E lembrando que é a minha opinião pessoal sobre o assunto, ou seja, vocês são livres para escreverem da maneira que desejarem, nada disso é uma regra absoluta.

Espero que tenham gostado e até o próximo post! :)

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