Por: Rodrigo Caetano
E
aí, galera? Tudo bem? Hoje venho aqui falar de um livro que me pegou de
surpresa na Bienal do Rio de Janeiro esse ano. Eu estava lá passeando,
distraído com tanta maravilha quando, de repente, percebo uma fila para pegar
autógrafos com ninguém menos que Pedro Bandeira.
Para
quem não o conhece, Pedro é um grande autor brasileiro, principalmente quando
se trata de histórias infanto-juvenis. E, ainda no colégio, eu fui apresentado
ao trabalho dele através da sua série de livros sobre “os Karas”. Apesar de ter
sido iniciada nos anos oitenta, a série ainda mantinha, nos anos 2000, todo o
seu apelo pela aventura fascinante, os esquemas inteligentes, seus códigos
secretos que passavam a ser usados especialmente pelos fãs para comunicações
com seu próprio grupo de amigos, e os personagens relacionáveis que ele nos
ensinou a amar.
Há
muito tempo venho ouvindo a história de um último livro da série a ser lançado,
mas confesso que a medida que cresci, fui deixando a história dos Karas de
lado. Até que, com vinte e quatro anos, descubro que finalmente o livro que eu
esperava quando era mais novo estava sendo publicado.
Então,
achei que seria legal trazer essa resenha para o blog, tanto para falar com
aqueles que, como eu, tem uma conexão antiga com a série, tanto para aqueles
novos que nunca ouviram falar, e podem ter a chance de acessar todos os livros
da série, que foram impressos novamente junto ao novo lançamento.
Título
Original: A Droga da Amizade
Editora:
Moderna
Sinopse:
Como Miguel começou a turma dos Karas? Como conheceu e por que escolheu
Magrí, Crânio, Calu, Chumbinho e a Americana Peggy para formar essa turma tão
especial? E por que Andrade era um policial diferente, melhor do que qualquer
outro? Como cada um deles demonstrou ao líder dos Karas que era uma pessoa
especial, tanto pela coragem quanto pela honestidade, pelo caráter e pelo
desejo de mudar o mundo para melhor? E o que terá acontecido com eles depois de
todas as aventuras que estes sete heróis viveram? Em que terão se transformado
todos eles depois de adultos?
Resenha:
Se
você não conhece os Karas, você não sabe o que está perdendo. Se você conhece,
esse livro foi feito única e exclusivamente para você. Esse livro foi feito
para te fazer reviver tudo aquilo que você amava de um jeito totalmente
diferente!
Eu
sei, eu também fiquei um tanto quanto decepcionado ao saber que esse não é um
livro como os outros, mas eu aprendi a gostar desse novo estilo, percebendo que
o autor não tentou fazer uma repetição daquilo que fez da série o que ela é,
pois o público da série já cresceu.
Por
tanto, se você quer conhecer esse incrível grupo de amigos, eu sugiro que
comece do início, com “A Droga da Obediência” (1984); “Pântano de Sangue”
(1987); ”Anjo da Morte” (1981); “A Droga do Amor” (1994); e “A Droga de
Americana” (2001), todos da editora Moderna.
Mas,
se você já leu esses livros, então pode pegar a Droga da Amizade sem medo. Por
que esse é o primeiro livro que conheçocapaz de, com sucesso, servir como
prólogo, epilogo e ainda apresentar uma nova história, tudo em pouco mais de
150 páginas.
Não
se engane, aqui veremos nosso líder já adulto, separado de seus amigos,
relembrando e recontando ao mesmo tempo como os conheceu e tudo o que aconteceu
com eles depois de deixarem o prestigiado e tão amado colégio Elite. Ao mesmo
tempo que ele alude à mitologia do nosso grande pequeno grupo de aventureiros,
ele também nos deixa mais presos ao chão, agradando tambémàqueles que prezam
por uma abordagem mais realista e verossímil, que acaba nos atingindo a todos,
em diferentes níveis, com a idade.
Mas,
apesar dessa estrutura surpreendentemente fluida e bem organizada de memórias e
de futuro, o livro ainda consegue nos apresentar a uma nova aventura, posterior
àquelas do último livro, que mantém o nível de suspense e demonstra muito bem
todo o grupo em ação da maneira que nós mais gostamos de ver, e que nos remete
aos melhores tempos com esses amigos espiões e agentes secretos.
A
narrativa tem falhas, sim, e, apesar de mirar tanto em novos públicos e velhos
conhecidos, o estilo ainda é rápido e sem muito preocupações com detalhes, como
é recorrente em muitos dos livros infanto-juvenis, principalmente baseados em
histórias dos anos oitenta. Ele corre o risco de, ao tentar agradar a todos,
não agradar ninguém,mas, na minha opinião, o livro consegue capturar tanto a
imaginação dos novos leitores quanto o sentimento nostálgico dos fãs de longa
data.
Dessa
forma, Pedro Bandeira conseguiu dar o fim que essa saga merece e que ele ficou
devendo durante mais de três décadas, e ainda mostra que é capaz de atingir os
leitores, trazendo a várias gerações essa grande história de amizade, amor,
aventura e, acima de tudo, esperança.
Recomendo
essa leitura a todos os fãs, e, àqueles que não o são, recomendo fortemente que
comecem a leitura da série. Vocês não sabem o que estão perdendo. Que sejamos
todos Karas! O avesso dos coroas, o contrário dos caretas!
Que saudade dos "Karas"! Terminei a leitura do livro recentemente e é incrível como a história continua cativante!
ResponderExcluirNão gostei. Faltou criatividade ao Pedro Bandeira pra escreve esse livro. Está muito a quem dos outro.
ResponderExcluireu adorei o livro, mas não acabei por que "roubaram" meu livro e não sei com quem está
ResponderExcluirÉ horrível quando isso acontece! Espero que consigas acabar <3
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