Por: Cam
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Sinopse: Tudo o que as Aias usam é vermelho:
como a cor do sangue, que nos define. Offred é uma aia da República de Gilead,
um lugar onde as mulheres são proibidas de ler, trabalhar e manter amizades.
Ela serve na casa do Comandante e de sua esposa, e sob a nova ordem social ela
tem apenas um propósito: uma vez por mês, deve deitar-se de costas e rezar para
que o Comandante a engravide, porque em uma época de declínio da natalidade,
Offred e as outras Aias têm valor apenas se forem férteis. Mas Offred se
recorda dos anos anteriores a Gilead, quando era uma mulher independente, com
um emprego, uma família e um nome próprio. Hoje, suas lembranças e sua vontade
de sobreviver são atos de rebeldia.Provocante, surpreendente, profético. O
conto da Aia é um fenômeno mundial, já adaptado para cinema, ópera, balé e uma
premiada série de TV. Nessa nova versão em graphic novel, com arte arrebatadora
de Renée Nault, a aterrorizante realidade de Gilead é trazida à vida como nunca
antes.
Editora: Rocco
Número de páginas: 311
Hello,
people! Estou de volta com mais uma resenha, dessa vez é O Conto da Aia. Para
quem não conhece, este livro se assemelha muito a 1984 e Admirável Mundo Novo
por se tratar de uma distopia. Nessa distopia, o mundo sofreu com uma baixa na
taxa de natalidade e tomou providências radicais para erradicar o problema: forçar
mulheres a engravidar.
Isso mesmo,
aproveitando uma história bíblica eles “criaram” as Aias, que nada mais são
que, para ser bem honesta, úteros ambulantes. O livro é o relato de uma dessas
Aias, ela conta toda a vida dela, desde antes da mudança acontecer até seu
dia-a-dia como Aia.
Eu já vou
avisando que é um livro pesado, pois o trata da objetificação das mulheres e do
machismo, porém é um livro que deve ser lido, por mais doloroso que seja.
O livro
também é extremamente imersivo, por ser escrito quase que como um diário é
fácil você se sentir na pele da narradora, o que torna a experiência ainda mais
agoniante, pois é como se você estivesse presenciando todas as injustiças e
crueldades que acontecem no livro.
E quando eu
digo que as mulheres são objetificadas não falo somente das Aias, mas realmente
todas elas. No livro temos, além de Aias, as Esposas que, como o nome já diz,
são as mulheres dos comandantes, e elas realmente não são nada mais do que
isso, pois não podem ter empregos, nem ler e escrever. Nenhuma delas pode, com
exceção de um subgrupo chamado de Tias, a essas mulheres é dada a opção de
virar uma espécie de doutrinadora das outras mulheres, ensinando às Aias o
lugar delas na sociedade (através de manipulação mental ou até mesmo violência
física), e, bem, quem iria ser tola o suficiente de recusar-se a ser Tia quando
as outras opções são tornar-se Aia ou ser mandada para um campo de trabalho
forçado?
Há também
dois outros tipos de subgrupos de mulheres, mas basicamente o trabalho de todas
elas é servir aos homens de uma forma ou outra. E vale também mencionar que a
responsabilidade recai somente nas mulheres, nunca coloca-se a culpa da
infertilidade sobre os homens.
Baseada no
livro também há a série The Handmaid’s Tale, que já está na sua terceira
temporada. Caso você já tenha visto a série, saiba que ainda vale a pena ler o
livro, pois suas narrativas somente se parecem até certo ponto. O livro,
diferentemente da série (até o momento), tem um fim.
É um final
aberto à interpretação e, de certo modo, até te dá liberdade para escolher como
a história de fato termina. Não vou me prolongar sobre isso, só direi que é
realmente muito emocionante e que recomendo bastante, você tendo visto a série
ou não.
Enfim, O
Conto da Aia é um livro que me fez repensar várias coisas sobre o machismo e a
sociedade em geral, principalmente essa pressão que todas as mulheres sofrem
para serem mães e donas de casa, principalmente se pensarmos que nossos
primeiros brinquedos na infância foram bonecas que imitavam bebês e fogõezinhos
de brinquedo (no meu caso, pelo menos).
Espero muito
mesmo que essa resenha os incentive a ler o livro, é uma leitura incrível.
Beijos e até
a próxima!
Muito bom. Diferentemente da série, o livro não é tão dramático, é bem mais enxuto, e há uma situação de normalidade naquela nova ordem, ou seja, a June não é tão rebelde, e o povo acha aquilo tudo ok, é assim agora, fazer o que. Só sei que essa sensação da leitura é horrível, assim como o final. Particularmente eu achei terrível o final porque mostra a força da nova ordem sobre as pessoas. Enfim, mas gostei da resenha e tomara que anime as pessoas a lerem o livro, porque compensa.
ResponderExcluirMuito obrigada pela leitura e pelo comentário!
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