Por: Annie Feyrem
Oi, oi gente,
cá estou eu na minha primeira resenha para o Blog da Liga! Eu sou a Annie
Feyrem no Nyah! Fanfiction, mas você também pode me chamar de Mari.
Para a minha
primeira resenha, eu optei por escolher um livro que eu tenha lido mais
recentemente e que realmente me fez ficar tão intrigada que eu não larguei esse
livro por nada.
A resenha será
composta por três grandes tópicos: o enredo de uma forma geral, uma análise das
personagens e por fim uma crítica recheada de spoilers para aqueles que já
leram o livro, beleza? Então mãos a obra!
O enredo em geral
Warcross, como
eu posso começar a explicar essa obra de arte? Comecemos pelo básico, não é
mesmo?
A autora é a
maravilhosa da Marie Lu, conhecida por Legend e Jovens de Elite, e novamente
ela é capaz de nos prender às páginas de forma surpreendente. Publicado em 2018
pela Editora Rocco, o livro é composto por 320 páginas de pura ação, hackers e
jogos virtuais. E é o primeiro de uma auxologia.
Em
Warcross, acompanhamos Emika Chen, uma jovem de 18 anos, caçadora de
recompensas e exímia hacker, que por um erro acaba por ser tornar a mais nova
jogadora de Warcross. Vocês devem estar se perguntando “o que é Warcross?”,
pois bem: Warcross é um jogo que vai além da realidade virtual, formado por
diversas equipes — compostas por um líder, um arquiteto, um guerreiro, um
ladrão e um escudo — que duelam entre si. E como todo esporte, existe um
campeonato e é durante a abertura desse campeonato que nossa querida Emika Chen
se mete em mais problemas.
Antes
de começarmos a aprofundar a história, apresento a vocês Hideo Tanaka, dono e
CEO da Henka Games, responsável por Warcross. Aos 13 anos, criou o NeuroLink,
um sistema de óculos de realidade virtual que com o tempo evoluiu para algo
além, ele se tornou a realidade de muitos, a vida de muitos. O sistema acabou
por evoluir ao extremo, podendo disfarçar a realidade para aqueles que o
usavam, como também era capaz de armazenar memórias. E obviamente, não há uma
pessoa que não use o NeuroLink e, consequentemente, não jogue Warcross.
Por
ser uma caçadora de recompensas por necessidade, Emika é extremamente boa no
que faz, sendo capaz de hackear tanto Warcross quanto chegar à DeepWeb do
NeuroLink. Durante dois anos, foi proibida por lei de não tocar em quaisquer
dispositivos tecnológicos como pena por um crime cibernético, mas isso não a
impediu de se tornar quem é. Sua conta de Warcross pode não demonstrar, mas ela
é uma das melhores jogadoras (contas hackeadas que se diz, né).
Voltando ao
início do livro, Emika decide por assistir à abertura do Campeonato Mundial de
Warcross, mas sem que ninguém soubesse da sua presença. Contudo, um erro a
expõe para os milhões de espectadores do evento e podemos dizer que Emika Chen
não possui uma aparência convencional com seus cabelos em arco-íris e um braço
fechado de tatuagens coloridas. Era de se esperar que Hideo Tanaka fizesse algo
como denunciá-la e adicionar mais um crime para a ficha de Emika. Ao invés
disso, Hideo oferece um emprego à nossa personagem principal.
E
é assim que nossa Emika Chen parte de Manhattan para Tóquio e se torna uma
coringa (novos jogadores a serem escolhidos pelos times oficiais) no campeonato
de Warcross.
Uma (breve) análise das personagens
Vamos
falar de Emika Chen e seu desenvolvimento. Marie Lu foi capaz de nos apresentar
essa personagem girl power, inteligente e sensacional. A história é narrada do
ponto de vista dela, então podemos ver muito de seus pensamentos e ideais. Antes
de seu pai morrer, ele a ensinou a enxergar o mundo de maneira ampla, sem focar
muito nos detalhes, o que no futuro a fez ser contratada por Hideo Tanaka. Seu
passado a faz melhor do que todos os engenheiros na Henka Games.
A
personagem cresce de maneira significativa no decorrer da história, nos
surpreendendo a cada capítulo, e ainda mais no segundo livro da duologia “O
Jogo do Coringa”
Hideo
Tanaka é um personagem enigmático que se abre aos poucos conforme somos
apresentados a ele. De descendência japonesa e uma mecha prateada no cabelo
finamente cortado, Hideo é inteligente, calculista e fechado emocionalmente. É
interessante ver como a autora desenvolve a história do personagem e a sua
evolução no decorrer da história até o plot twist final (vocês vão me entender
mais para frente). O final do livro esclarece muitas coisas em relação a Hideo,
e também nos torna capaz de ver as pequenas mudanças, imperceptíveis numa
primeira leitura.
Seu
desenvolvimento no segundo livro da duologia é surpreendente, o personagem se
abre mais e revela seus ideais de uma forma menos enigmática.
Agora
um pequeno SPOILER (POR FAVOR NÃO LEIA SE VOCÊ NÃO LEU O LIVRO)
O
desenvolvimento do romance entre a Emika e o Hideo é algo que só Marie Lu é
capaz de fazer! É algo lento e gradual, que não força a barra, mas nos faz
ansiar por ver os dois juntos e quando finalmente achamos que as coisas vão dar
certo, a Marie Lu vem e PÁ, acaba com as suas expectativas. Para mim, é isso
que faz o livro mais interessante, o foco não é o romance deles, mas sim a
aventura que eles estão vivendo.
Bom,
até aqui temos o enredo em geral e uma breve análise dos personagens, a partir
deste ponto escreverei utilizando spoilers, então se você, querido(a)
leitor(a), ainda não leu o livro, recomendo que pare a leitura por aqui e se eu
não consegui lhe convencer a ler até agora, se eu pedir com carinho você vai
ler?
Crítica com spoilers
Como eu já dei uma adiantada acima, o foco da
história não fica no romance entre Hideo e Emika, mas sim na confusão em que
eles se meteram.
Desde
o momento em que Emika é escolhida por Ash para ser a arquiteta dos Phoenix
Riders é que a confusão piora. Pelo fato de Hideo ter mandado ela descobrir
quem era o hacker que tinha invadido Warcross e causado um dano no código do
jogo, Emika não pode e não se deixa confiar nos colegas de equipe, contudo, no
fim ela acaba por os considerar sua família.
O
final é épico, além de uma batalha muito bem construída, o plot twist final nos
deixa de boca aberta. Saber que desde o início Hideo planejava controlar as
mentes de todos que usavam o NeuroLink, é de cair o queixo. Eu pelo menos,
nunca imaginei que o Hideo fosse capaz de algo assim e quando ele se recusa a
ouvir a fada sensata da Emika! Devo confessar que eu fiquei com raiva do Hideo,
mas tudo se esclareceu no “O Jogo do Coringa”
Acabei
por não mencionar outros personagens no início da resenha por medo de soltar
muito spoiler, já que a Emika só os conhece depois que ela entra para a equipe
de Warcross. Comecemos por Asher Wing, líder dos Phoenix Riders, é uma
personagem cadeirante que não deixa isso ser um empecilho na hora de ser um dos
melhores líderes de equipe de Warcross; Temos também Hammie Jiménez, a melhor
jogadora de xadrez rápido que você irá conhecer, o que faz dela a melhor ladra,
por antecipar as jogadas de seus adversários com exímia precisão; Roshan Ahmadi
é o campeão de Mario Kart do time e atua como escudo; e por fim temos o DJ Ren,
um famoso DJ que é facilmente desconfiável e capaz de muito.
Eu
gostaria de poder apresentar cada um desses personagens e outros mais
detalhadamente, mas aí isso deixaria de ser uma resenha e se transformaria numa
ficha de personagens, então bola para frente.
Então,
o que eu acho do livro: vale a pena ser lido. Não é uma leitura pesada e
parada, pelo contrário ela é fluída. A autora sabe como nos fisgar com as
palavras e nos apresenta personagens muito bem construídos, tendo suas falhas
como qualquer ser humano, nos dando a oportunidade de nos identificarmos com
eles. Acho que isso é muito importante num livro, a identificação. O enredo nos
interessa mais quando somos capazes de nos enxergar na pele da personagem,
xingando e admirando suas escolhas.
Muito
bem, acho que é isso. E aí, vocês vão ler o livro? Quem sabe eu volte com uma
resenha sobre o segundo, que é mais sensacional que o primeiro (tem tanto plot
twist).
Então,
encerro por aqui essa resenha, esperando ter deixado vocês com vontade de ler e
aqueles que já leram, compartilhem suas visões sobre o livro e deixem seus
comentários para a gente poder discutir sobre!
Assinado:
Annie Feyrem
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