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Hoje eu vim falar sobre um tema que amo DEMAIS: doramas!
Doramas no verão, no inverno, no frio, na chuva, no sol, o tempo inteirinho!
Farei a resenha de um dorama apenas, mas espero que gostem e se envolvam nessa
história e nessa “novidade” cinematográfica junto comigo.
A Netflix proporcionou este ano um dorama chamado “Goo
Hae-Ryung, a Historiadora” e, em primeiro lugar, queria falar os pontos
positivos desse dorama.
A história se passa na era Joseon na Coréia, que seria os
nossos séculos IV-XIX (MUITO TEMPO), então, basicamente, é uma história de
época. Temos a protagonista Goo Hae-Ryung que é exatamente o que virou clichê
há um tempo: ela é a típica garota que, ao contrário de TODAS (logicamente,
apenas ela tem essa noção) as outras, não quer se casar, nem cuidar de filho,
etiqueta, etc. Goo Hae-Ryung, a diferentona. Porém, eu gostei de como ela se
interessa pelo o mundo ocidental e como busca conhecimentos diversos sobre o
assunto; gostei de como ela queria tocar a vida tendo escolhas e podendo
escolher; o que não gostei foi a maneira como colocaram esse desejo, como algo
feito 1000 vezes da mesma forma. Gostei da independência. Não gostei de como é retratado.
O outro protagonista é um PRÍNCIPE! Príncipe Dowon! Ele é um
grande mistério porque é príncipe, mas vive exilado em outra parte do castelo.
Por causa disso, ele decide se tornar um autor anônimo que acaba super
conhecido em Joseon, mas anonimamente. Ele escreve romances! Tem uma alma
sensível, além de ser bastante ingênuo, mas confiante. Ele é cortês, e quer
servir ao seu país da maneira que conseguir. É um protagonista perfeito. Sem
tirar nem pôr.
A história começa, mais ou menos, quando há um caos na
cidade quando o governo começa a queimar livros e censurá-los também. Muitas
casas são reviradas e poucos livros são deixados para leitura. Com medo de uma
rebelião maior, o rei decide que o Príncipe Herdeiro deveria criar um concurso
público (sim, já existia!) para a contratação de historiadorAs (inclusão
gostamos), já que elas tinham sido úteis em outro mandato de outro rei. O
príncipe pede logo a ajuda do seu irmão mais novo, Dowon, para achar um tema
adequado sobre o qual as aspirantes a historiadoras deveriam escrever, quase
uma redação. Hae-Ryung faz o concurso (obviamente) e ela e mais três meninas
entram no palácio como aprendizes de historiadores.
É bastante engraçado a interação das meninas com os
historiadores, e o dorama deixa bem claro a importância da história e dos seus
registros. Por isso, as historiadoras devem estar aonde os membros da família
real estiverem, e, assim, a relação entre o príncipe Dowon e Hae-Ryung se
desenvolve. Entretanto, não se engane. Há MUITA coisa acontecendo no dorama.
Tem o rei que é um estúpido (no sentido literal da palavra) que faz artimanhas
com o Segundo Conselheiro Real. Algumas censuras não acabam, por exemplo quando
o rei exigiu ver os registros dos historiadores e eles se opuseram; houve o
encarceramento de Hae-Ryung e os historiadores entraram de greve; além disso, tem
o mistério do próprio príncipe Dowon e por que ele está exilado e, à maior
parte do tempo, sozinho. Também tem muita indicação e crítica implícita ao
machismo e à entrada de mulheres em cargos que teoricamente só seriam ocupados
por homens. As meninas, entretanto, se mantêm firmes, e logo criam intimidade
com os historiadores, tanto que eles veem a importância delas, e até fazem
greve como o caso que eu falei acima.
Para mim, a protagonista cansa no seu papel. Fica uma força
invisível querendo que você se conecte com a personagem apenas por causa do seu
papel de “menina que não se encaixa nos padrões” (sendo que as outras três
também não possuem esse papel?) e o quando ela é memorável e incrível por causa
disso, mas admito que essa posição é exagerada e já está desgastada. Não
precisa dar um motivo para a menina ser incrível. Não é porque ela foi contra o
sistema. Foi porque ela foi apenas ela mesma. Focar demais na posição ÓBVIA
dela nunca vai chegar aos pés de Mulan, gente. Parem de criar várias minis tentativas
de “Mulan’s” e nos deem algo de verdade e que faça sentido.
Agora, o príncipe é o que surpreende. Pelo que eu vejo, ele
acaba sendo o verdadeiro protagonista da história. Você fica roendo as unhas
esperando entender porque a vida dele é do jeito que é. Ele é exilado, apenas
com seu servo eunuco e suas duas damas de companhia (todos muito engraçados,
por sinal), e passa a maior parte do tempo lendo ou escrevendo. Sua relação com
seu pai, o rei, não é boa, e é bem estranha. A sua relação com sua vó, a Rainha
Mãe, também é estranha, mas de um modo bom, como se ele não entendesse o porquê
de sua vó ser tão carinhosa com ele. A melhor relação é com seu irmão, o
Príncipe Herdeiro, onde há “broderagem”.
Ele é muito sincero, de coração mole, corajoso, amigável,
gentil, cavalheiro, sensível (chora não, Dowon), dedicado, persistente,
romântico… gente, o cara é demais. Ele é a coisa mais preciosa do planeta. Faz
tudo pela Hae-Ryung (Quando ela foi presa, ele não pôde fazer muita coisa,
então levou comida aos montes e muitos cobertores para ela) e é simplesmente
carismático. Você anseia apenas em ver o sorriso dele. Ele se mostra disposto a
fazer o que for necessário pelo bem comum, quando isso lhe é exigido, e arca
com as responsabilidades de suas ações. Com o príncipe nessa torre, ele também
é salvo pela a historiadora, mas só por conta de seus próprios sentimentos em
relação a ela e as pessoas. Em relação a si mesmo, ele se salva sozinho.
Esse dorama está disponível na Netflix com 20 episódios e
recomendo muito! Os temas abordados (não falei muito deles) são incríveis. Há a
noção de que é necessário uma intervenção ocidental no país (até aparece um
estrangeiro) nas áreas de medicina e saúde pública. Há a exaltação da história
para cada momento minimamente importante para o país e preservação da cultura
nacional. Há mistérios muito intrigantes para se desvendar… enfim, é um dorama
com muitas coisas e pode agregar muito!
Cheguei aqui por causa da postagem sobre a narração em 2ª pessoa (parabéns!) e me deparei com essa resenha!Amei esse dorama. Entrou para lista de favoritos!
ResponderExcluirMuito obrigada pela leitura!
ExcluirAmei essa resenha o dorama é maravilhoso concordo e recomendo só quem lê...e assiste bons livros vai entender esse dorama que já entrou na minha lista dos favoritos
ResponderExcluirMuito obrigada pela leitura! :)
ExcluirBom dia, vim prestigiar teu trabalho. Chequei a ele meio que "de paraquedas", mas foi um encontro muito feliz. Fizeste um belo trabalho e venho te incentivar a continuar com as resenhas, pois é difícil encontrá-las assim, tão bem escritas, coesas e fundamentadas. Parabéns, continue.
ResponderExcluirMuito obrigada!
ExcluirQue bom que encontrei sua resenha, penso o mesmo sobre as personagens e estava meio angustiada por não ter gostado tanto da personagem da historiadora e ter gostado muito da personagem do príncipe. Fiquei pensando se teria sido a interpretação, mas acho que é mesmo o roteiro.
ResponderExcluirObrigada pela leitura e pelo comentário :)
ExcluirÓtimo,a adorei o dorama,os personagens ,muito interessante de se ver.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário! :)
ExcluirEu amei muito o dorama, mas oq aconteceu com o rei depois q foi provado q ele estava no trono por conta de um golpe?
ResponderExcluirEu estou amando assitir a essa série. Eu estou apaixonada pelo papel do princípe carismático. eu achei as caracterizações incríveis.
ResponderExcluirGente, não entendi o final na parte do rei, o que aconteceu com ele e com o pai do Oficial Min??? O rei morreu??? Porque o oficial Min e a irmã dele ficaram de luto??? Desde já agradeço!
ResponderExcluirSérie RIQUÍSSIMA, linda!!! Cha Euwnoo me surpreendeu muito!!! Muito bom gosto em tudo! Só não gostei deles terem se amigado e optarem por viver na bagunça.
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