Por: NamelessChick
Olá, moranguinhos. Cá estou, de novo, atacando o blog com um artigo, e desta vez vou discutir um pouco mais sobre romance e erotismo, mais precisamente suas diferenças.
Pois é… O assunto, não necessariamente novo no mundo das fics, passou a chamar a atenção do público depois do sucesso de vendas de livros como “50 Tons de Cinza”. Pondo de lado quaisquer juízos de valor acerca da obra citada (ou semelhantes), é uma discussão bem interessante; o gênero erótico, em geral, traz consigo certas peculiaridades. Mas, por agora, vamos nos ater às suas diferenças em relação ao gênero romântico.
Antes de mais nada, um pequeno esclarecimento:
Quero que entendam romance não como “narrativa ficcional em prosa, mais longa que o conto ou a novela”, e sim como aquela história em que o enfoque está numa relação romântica entre duas pessoas, seja ela heterossexual ou não.
Tendo isso em vista, podemos começar o artigo propriamente dito :D
Precisamos, primeiramente, entender o que seria o erotismo e como ele se insere numa história, para que então seja mais fácil a diferenciação entre o romântico e o erótico, não é mesmo?
Segundo o dicionário Priberam, erotismo pode ser definido como qualidade do que é erótico, manifestação explícita da sexualidade ou grau de excitação/prazer sexual.
Certamente a definição é ótima, mas nós temos que tomar muito cuidado para não confundirmos o erótico com o pornográfico, porque apesar de sutil existe uma diferença entre esses dois gêneros, frequentemente confundidos, e quando colocamos o romance na jogada, aí que a confusão se instala.
Uma fic pornográfica (os famosos PWPs - Porn Without Plot) tem o único intuito de excitar o leitor. Sem quaisquer outras pretensões, essas fics não podem ser confundidas com aquele romance que por acaso tem um quê de sensualidade e erotismo. O erótico NÃO é essencialmente pornográfico e isso tem que ficar claro. Uma fic pode muito bem ter marcas de erotismo, mas ainda permanecer na faixa dos 16, por exemplo. Alguns livros infanto-juvenis utilizam desse artifício, muitas vezes para chamar a atenção de seu público. John Green, com seu “Quem é você, Alaska?”, trabalha com uma personagem que certamente alude à sensualidade, ora de forma sutil, ora de forma explícita, mas sem fugir do seu enfoque narrativo, ou mesmo da faixa etária do seu público alvo.
O romance, em si, é toda e qualquer história que tenha como plano principal um amor romântico. Seja ele entre dois homens, duas mulheres, um homem e uma mulher, ou mesmo entre mais pessoas (sim, quem disse que o amor romântico se restringe à figura do casal?). De qualquer forma, é uma história que trata de amor, independentemente da forma como ele é abordado, descrito, de seus dramas, de sua “melosidade”... Basta ser amor.
O erotismo não requer, todavia, esse viés amoroso. Pode ser simplesmente uma história com enredo lindinho, com casal, mas sem estar voltada ao amor. Imaginem uma história que simplesmente conta de João e sobre as pessoas com quem ele se relaciona romanticamente. Não precisa ser um hentai/lemon/orange da vida, mas também não precisa detalhar sentimentos, por exemplo.
É compreensível a confusão entre os dois, porque nada mais natural que exista erotismo em um romance. Casais, afinal, se envolvem sexualmente. Amor e sexo não se excluem, moranguinhos, mas também não estão colados. Podemos, sim, misturá-los ao se tratar de uma relação entre personagens, mas não é obrigatório, entendido? Esse é o grande “tcham” do artigo.
A diferença básica entre os dois gêneros é que no romance há amor, enquanto no erotismo, mesmo que exista amor, ele não é o foco da narrativa.
Fontes:
Adorei o artigo. Parabéns!
ResponderExcluirObrigada!
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