Por: Last Rose of Summer
Queer é uma palavra que vem do inglês, e sua definição do
dicionário é ligeiramente diferente da definição usada pela
comunidade LGBT. Há quem diga que ela é usada apenas para pessoas
trans não-binárias (calma, vou explicar o que isso significa mais
tarde), há quem diga que apenas para pessoas trans (binárias ou
não-binárias), mas aqui no texto eu vou usá-la pelo seu
significado mais amplo, que é para designar toda e qualquer pessoa
que não seja heterossexual ou cisgênera (que eu também vou
explicar o que é logo adiante), como um sinônimo de LGBT.
Dito isso, devo completar dizendo que personagens queer são
personagens como qualquer outro, embora sejam consideravelmente mais
difíceis de se retratar, principalmente se você não está
familiarizado com a comunidade, e retratá-lo baseando-se em
estereótipos pode ser muito ofensivo para as pessoas que se
consideram queer. Por isso, o ideal, antes de começar a
pensar em criá-lo, é fazer uma pesquisa e conversar com pessoas que
sejam da mesma “categoria” que o seu personagem. A maioria das
pessoas não se importa em responder perguntas se você não for
ofensivo, e é bastante comum encontrar tumblrs sobre isso,
principalmente se você souber inglês (se não souber, mas estiver
interessado, o google tradutor é sempre uma opção). Há também
páginas no Facebook que podem ajudar um leigo a compreender as
vivências queer, e que podem ser muito úteis como pesquisa.
Só lembrem-se de não utilizar nada do que eles dizem em uma
história, nem uma situação específica, sem permissão.
Nesse artigo eu vou falar, de maneira bem básica, sobre orientação
sexual, orientação romântica, identidade de gênero e expressão
de gênero, e a maneira como elas podem afetar seu personagem na
história. Vou deixar claro, logo agora, que não existe uma maneira
certa de se retratar um personagem queer, mas existem, sim, maneiras
muito erradas e ofensivas de fazê-lo.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa?
Orientação Sexual vs Orientação Romântica:
Estou colocando esses dois juntos porque eles geralmente andam de
mãos dadas, e é difícil falar de um sem puxar o outro. Eles são
muito parecidos e frequentemente confundidos, e a maioria das pessoas
que conhece o primeiro não faz ideia de que o segundo existe. Outra
parcela não acredita que eles estão separados, e outra ainda não
entende o que cada um significa. Para esta, uma breve explicação:
Orientação sexual é algo bem amplo e relativamente
abstrato, e tão físico quanto psicológico, mas não quero entrar
em detalhes ou discussões filosóficas. Engloba principalmente
atração sexual, desejo sexual e impulso sexual. De maneira menos
ampla: por quem o seu personagem se sente sexualmente atraído (com
quem ele gostaria de fazer sexo), seu desejo de engajar em atividades
sexuais e a sua necessidade física de fazê-lo (a sua resposta
fisiológica ao estímulo sexual). É preciso destacar que há uma
diferença entre atração estética, que é, basicamente, achar
alguém bonito, e atração sexual, e que atração estética não
tem relação com a orientação sexual que o personagem possui. Um
personagem masculino e heterossexual pode achar um outro homem bonito
e isso não faz com que ele seja menos hétero. A orientação
romântica, por outro lado, engloba basicamente a atração
romântica do personagem, ou seja, seu desejo de estar em um
relacionamento romântico com outro personagem. É simples assim.
Como eu disse, as duas podem andar de mãos dadas, e geralmente
andam, mas isso não é uma regra: um personagem pode ser homossexual
e birromântico, por exemplo, ao sentir atração pelo mesmo gênero,
mas se imaginar namorando tanto garotos quanto garotas. Um personagem
pode ser heterossexual e arromântico, ao sentir atração sexual
pelo gênero oposto, mas nunca se imaginar namorando ninguém — e
isso não faz dele um personagem necessariamente promíscuo ou que
pega todos, não. A orientação sexual (e a romântica) não definem
traços de personalidade.
Agora que você já sabe o que é orientação sexual e o que é
orientação romântica, está na hora de conhecer quais elas são
mais especificamente. O prefixo é sempre o mesmo, o que muda é o
final:
Hétero — heterossexual, heterorromântico — pessoa do
gênero masculino que sente atração pelo gênero feminino, ou
pessoa do gênero feminino que sente atração pelo gênero
masculino. Para pessoas não-binárias que sentem atração pelo
gênero feminino, usa-se gyno (gynossexual, gynorromântico),
e para não-binárias que sentem atração pelo gênero masculino
usa-se andro (androssexual, androrromântico)
Homo — homossexual, homorromântico — pessoa que sente
atração pelo mesmo gênero com o qual se identifica.
Bi — bissexual, birromântico — quanto a esse aqui, há
controvérsias. Normalmente, diz-se da pessoa que sente atração
pelo gênero masculino e pelo gênero feminino. No entanto, algumas
pessoas usam para se referir a alguém que sente atração por dois
gêneros distintos, não necessariamente binários. As pessoas que
usam bi para binários usam, para não-binários, poli
(polissexual, polirromântico).
Pan — pansexual, panromântico — pessoa que sente atração
independentemente de gênero (ou por todos os gêneros).
Ace — assexual, arromântico — pessoa que não sente
atração, ou sente tão pouca que pode ser desconsiderada.
Agora que você já sabe o básico, vamos ao que interessa: como a
orientação do seu personagem afeta a sua história?
Ora, de várias maneiras. É importante ressaltar que a orientação
funciona diferente de pessoa para pessoa, então você pode, mais do
que dar um nome para essa orientação — dizer se o seu personagem
é gay, bi, pan —, descrevê-la. Você não precisa que seu
personagem, ou o narrador, diga com todas as letras em sua história
que o seu personagem gosta de garotos ou garotas, ou ambos, ou
nenhum. Você pode mostrar, descrevendo as reações de seu
personagem diante da maneira como ele se relaciona com as pessoas.
Uma personagem do gênero feminino e bissexual pode se pegar
imaginando, por exemplo, como seria beijar a sua melhor amiga, mesmo
que ela já tenha tido namorados antes. Um garoto homossexual pode se
sentir excitado diante da imagem de um homem sem blusa na televisão.
Você não precisa que ele beije um garoto durante a história —
não. Também é possível mostrar por meio de comentários que ele
faz ou mesmo pela maneira como ele recebe investidas sexuais das
pessoas. Um personagem assexual pode, por exemplo, se sentir
desconfortável com a ideia de “pegar” alguém.
Além disso, as orientações sexual e romântica permitem que você
desenvolva seu personagem psicologicamente — como ele lida com o
fato de não ser hétero? Se a atração sexual difere da atração
romântica, como ele lida com o fato de poder entrar num
relacionamento e não sentir atração sexual pelo parceiro? Ele tem
problemas com pessoas leigas no assunto, caso se depare com alguém
que não saiba o que a sua orientação significa? Se alguém faz um
comentário preconceituoso, como ele reage?
É importante levar em consideração que algumas pessoas lidam com o
preconceito melhor do que outras — logo, seu personagem pode ser
daqueles que fica calado no seu canto ou levanta a voz e discute.
Pode ser ativo nas discussões LGBT, pode frequentar marchas, por
exemplo, e falar abertamente sobre o que ele é, ou pode chorar, se
trancar no quarto e tentar se esconder. Pode fingir ser hétero para
se encaixar, o que é comum, ou pode se recusar a aceitar que não o
é.
Você também pode desenvolver a história dele baseada na orientação
— ele perdeu amigos quando se assumiu (se é que se assumiu)? Como
seus pais lidaram com o assunto? Como ele lidou com o assunto? Ele já
teve muitos relacionamentos não-heterossexuais? Tais relacionamentos
terminaram bem? Acima de tudo, como tudo isso afeta a maneira como
ele vive e age no tempo presente (ou no tempo em que a história se
passa)?
Outra coisa que é legal levar em consideração é que nem todos os
pais são preconceituosos ou têm problemas com a orientação dos
filhos. Alguns conseguem aceitá-los facilmente, alguns conseguem
aceitá-los com alguma dificuldade — e pode ser bem legal
desenvolver a maneira como os pais lidam com a sexualidade do filho,
por exemplo, ao ter que apresentar isso para os amigos ou vizinhos —
e alguns, infelizmente, não conseguem aceitá-los. Além disso, nem
todo mundo perde todos os amigos ou fica rodeado de amigos com a
mesma orientação.
Se o seu personagem possui alguma religião, também pode ser
interessante desenvolver a maneira como ele lida com o fato de a
maioria das pessoas acreditar que não ser hétero é pecado — ou
ele é do tipo que acredita que Deus vai aceitá-lo independentemente
da Bíblia? As possibilidades são infinitas!
É claro que a orientação do seu personagem não precisa ser o
mais importante na história — pode ser só um fato como a cor
do cabelo ou o emprego, por exemplo, ou o que quer que a sua história
peça.
Identidade de Gênero vs Expressão de Gênero
Antes de mais nada, é preciso deixar claro que orientação
sexual não tem nenhuma relação com identidade de gênero. Um
homem homossexual é apenas um homem que sente atração por outros
homens, e não um homem que quer ser mulher. Isso dito, vamos seguir
em frente:
Para saber o significado de identidade e expressão de gênero,
primeiro nós precisamos saber o que é “gênero”.
Gênero é uma construção social. Não é definido pelo
nosso sexo — o órgão genital com o qual nascemos —, mas pelo
conjunto de características com o qual nos identificamos. Uma frase
que eu gosto muito e que eu acho que resume isso bem o bastante é
“nós geralmente pensamos em gênero como uma característica
fixa, mas, na realidade, é mais como uma constelação de traços”.
Logo, identidade de gênero é a constelação de traços do
seu personagem. Se a maioria desses traços é socialmente
considerada masculina, então ele provavelmente se identifica como um
homem. Se é feminina, então se identifica como mulher. Se é uma
constelação única, cuja maioria não é nem masculina nem
feminina, então se identifica com outra coisa. Expressão de
gênero, por outro lado, é o “gênero” que o seu personagem
expressa. Enquanto identidade de gênero se refere principalmente a
características psicológicas — gostos e traços da personalidade
—, a expressão se refere a características físicas: roupas,
cabelo, maneira de falar, etc.
O gênero, geralmente, é socialmente imposto — ou seja, espera-se
que ajamos e nos expressemos de acordo com o sexo com o qual
nascemos. Se há uma vagina, espera-se que sejamos do gênero
feminino, se há um pênis, espera-se que sejamos do gênero
masculino. Quando isso acontece — quando a pessoa se identifica com
o gênero que lhe foi imposto — ela é cisgênera ou cissexual
(abreviado para cis). Por outro lado, quando a pessoa não se
identifica com o gênero imposto, ela é transgênera ou transexual.
Algumas pessoas diferenciam transgênero de transexual — sendo
transexual aquele que passou pela operação de redesignação
sexual, e transgênero aquele que não passou —, mas a maioria acha
essa diferenciação irrelevante. Para não errar, é muito mais
simples usar a abreviação, trans (caso você pesquise sobre
o assunto, provavelmente vai encontrar textos em que trans é seguido
por um asterisco — trans* — isso, porém, não é mais
utilizado).
Caso você vá pesquisar sobre transsexualidade (como eu sugiro que
faça, já que esse artigo é bastante superficial), há alguns
termos que você precisa conhecer:
Amab — assigned male at birth — pessoa trans que nasceu do
sexo masculino. A tradução literal seria “assinalado macho ao
nascer”.
Afab — assigned female at birth — pessoa trans que nasceu
do sexo feminino. A tradução literal seria “assinalado fêmea ao
nascer”.
Nb — non-binary, não binário — pessoa trans que não se
identifica nem com o gênero feminino, nem com o gênero masculino.
Ela pode ser neutrois, demiboy ou demigirl, por
exemplo.
Como a expressão de gênero realmente se diferencia da
identidade?
Assim como a orientação romântica anda junto com a orientação
sexual, a expressão de gênero anda junto da identidade de gênero
sem, no entanto, serem a mesma coisa. Uma pessoa que se identifica
como sendo do gênero masculino pode, por exemplo, usar saias, se
preferir, e ele não se torna menos homem por isso. O que quero dizer
é: o fato de ele usar saia não anula que sua constelação de
traços é essencialmente o que a nossa sociedade encara como
masculina.
Pense, por exemplo, na moda feminina de alguns séculos atrás. A
ideia de mulheres usarem calças era absurda! Ainda assim, hoje em
dia, muitas mulheres as utilizam e nem por isso são menos mulheres.
A definição do que é aceitável ou não para determinado gênero
muda de acordo com a cultura da época e do lugar, mas o fato de ser
mulher não vai mudar só porque nasceu numa cultura diferente —
entende?
Retratar a transexualidade num personagem é uma coisa tão difícil
quanto ampla — você precisa levar em consideração, por exemplo,
de que ser trans é muito menos socialmente aceito que ser gay, e que
há muito menos gente que entende e aceita a transexualidade. Também
precisa levar em consideração que não é algo instantâneo, não é
algo de um dia para o outro, mas um processo. Algumas pessoas se
assumem muito jovens — “garotos” que pedem vestidos para
os pais e fazem comentários como “você sabe que eu sou uma
garota, não sabe?” mesmo que ainda não entendam muito bem sobre
isso (e tem um vídeo muito lindo sobre isso, em inglês,
infelizmente, sobre uma mãe falando sobre sua filha trans:
https://www.youtube.com/watch?v=-oIuw3yIyhI)
— e outras demoram anos para se assumir — a Laerte, por exemplo,
cartunista relativamente famosa que se assumiu como travesti aos
cinquenta e poucos anos de idade (tem uma entrevista da Laerte
maravilhosa, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=uxD1xXvQWYM,
que trata bastante sobre isso. O melhor de tudo: ela é brasileira!).
Pessoas trans passam por fases — logo, personagens trans passam por
elas também. Tem a fase de descobrimento, em que o personagem
descobre que não se identifica com seu gênero imposto, e então vai
definindo qual é o gênero com o qual se identifica, e tem a fase da
transição, que é quando o personagem já sabe quem é, e passa a
agir de acordo com isso — seja passando a se vestir de acordo,
mudando de nome ou, ainda mais importante, pedindo às pessoas que se
refiram a ele com outros pronomes. Essas fases não possuem duração
específica e podem ocorrer mutuamente — um personagem trans pode
mudar a maneira de agir ao mesmo tempo em que define quem é, por
exemplo.
Os pronomes são muito importantes para as pessoas trans — então,
por favor, use-os corretamente quando for escrever. Se seu personagem
é amab, mas se identifica com o gênero feminino, use pronomes
femininos, por exemplo. Caso se identifique como neutro, pode
utilizar linguagem neutra, pronomes masculinos ou femininos (a
maioria das pessoas tem a preferência por um deles, ou seja, o ideal
é escolher um e referir-se ao personagem por tal pronome durante
toda a história).
A escolha de um novo nome pode ser importante — embora algumas
pessoas trans decidam não modificá-lo. Outra coisa que é
importante ressaltar, é que nem todas as pessoas trans tomam
hormônios ou passam pela operação de redesignação sexual (aliás,
perguntar para uma pessoa trans se ela já passou pela operação
pode ser bastante ofensivo).
Como a transexualidade afeta a sua história?
Como no caso da orientação, você pode decidir se a sua história
vai girar em torno disso ou não. Pode ser simplesmente um fato na
história como qualquer outro fato, e a história pode ser sobre uma
aventura no espaço. Ainda assim, o fato de ser trans pode (e deve)
afetar o personagem: Ele fala abertamente sobre ser trans ou é algo
que esconde das pessoas que conhece? Ele se sente mal quando as
pessoas utilizam o pronome errado ou o chamam por seu nome antigo
(caso tenha trocado)? Ele se ressente do preconceito? Os pais têm
problemas com isso ou são capazes de aceitá-lo? Se sim, como foi
que lidaram com isso no início? O fato de os pais lidarem mal com
sua transgeneridade (caso lidem mal) atrapalha sua vida? Com quantos
anos ele começou a questionar seu gênero? Sua transição foi fácil
ou difícil? Novamente, há inúmeras possibilidades a serem
exploradas, e tudo depende de o que você pretende fazer na sua
história.
Criar e desenvolver um personagem queer não é uma tarefa
fácil, e requer muita pesquisa. Antes de começar, eu sugiro que se
pergunte se o seu personagem ou sua história realmente pedem por
isso: um personagem queer não é uma cota a se cumprir, não é algo
que deve ser feito só por fazer. Também não é algo que você deva
deixar de fazer só porque já tem queer demais — a diversidade é
uma coisa linda e deve, sim, ser explorada.
Se a resposta para a pergunta for sim, então sugiro pesquisa. Defina
o que seu personagem será — cis e pan, cis e ace, trans e ace,
trans e hétero? — e pesquise mais profundamente sobre o assunto.
Se o seu personagem for arromântico, por exemplo, eu sugiro
pesquisar sobre relacionamentos queerplatonics, e se for trans, sobre
disforia e genderfluidismo, assuntos que eu não tratei aqui.
Eu espero que o artigo seja de ajuda para vocês, e qualquer pergunta
é só falar. Deixo vocês com uma música linda
(https://www.youtube.com/watch?v=Cf79KXBCIDg)
e os links que usei para pesquisa.
Olá! Primeiro gostaria de dizer que gostei bastante do texto, achei bem interessante e muito bem explicado.
ResponderExcluirGostaria de aproveitar e fazer uma pergunta referente a uma dúvida que tenho. Sou uma aspirante a escritora do gênero yaoi, sempre realizo pesquisas sobre o assunto e sempre vejo pessoas comentando sobre a necessidade do uso do lubrificante durante as relações sexuais, para diminuir o desconforto e afins. Tenho alguns rascunhos para uma fanfic do gênero yaoi que seria ambientada no período medieval japonês, a questão é, nesse período não existia a fabricação desse tipo de produto (lubrificante), pelo menos não que eu saiba, se eu estiver errada me corrijam. Então como poderia abordar de uma forma crível uma relação sexual onde não haja a utilização de tal produto? Obrigada pela atenção, e mais uma vez parabéns pelo texto. Bjs.
Acabei de descobrir que historicamente se usava banha de porco.
ExcluirA resposta a esse pergunta é bastante simples, na verdade. A mulher, sendo natural ela ser penetrada durante o ato sexual, o corpo produz lubrificante naturalmente, quando o nível de produção de certas hormonas aumenta devido à excitação. No entanto, o homem não está preparado desta maneira, daí a existência do lubrificante. No entanto, visto que não existia tal produto na época, a verdade é simples. A penetração vai custar muito mais a ambas as partes, tanto a que é penetrada como a que penetra, não importa a preparação que haja antes. Ao que é penetrado, alguns descrever a dor como a de ser "rasgado ao meio", que "queima" e arde. Quando ao que penetra, claro que também vai doer. Imagina tentar o teu polegar num buraco muito, muito estreito, e dá para teres uma pequena noção do que acontece.
ExcluirBem, espero ter ajudado, e qualquer dúvida diz. Beijos
Como hoje em dia, quando falta o lubrifucante, usa-se saliva. Mesmo numa relação homem-mulher. Lembro que no Brokeback Mountain o Heath cospe na mão e passa no Jake quando eles já estão bem afoitos.
ExcluirPrimeiro, quero parabenizar pela postagem, pela pesquisa muito bem feita e livre de preconceitos. Ela não só ajuda escritores, como também pessoas a melhorarem. Acho muito importante tratar desses assuntos, já que muitas vezes esses grupos são marginalizados pela sociedade.
ResponderExcluirComo um cara trans, assexual e arromântico, não discordo de nada do que foi dito, e agradeço por estar trazendo mais visibilidade para pessoas queers, já que apenas esconder e fingir que não existimos não acaba com a intolerância e o preconceito.
E para qualquer escritor que pretenda colocar um personagem assim em sua história: boa sorte, e não se esqueça de pesquisar. Pior do que pregar a hetero/cisnormatividade, seria colocar um personagem queer de forma ofensiva para esses grupos. Por outro lado, um personagem bem feito pode acrescentar muito em sua história.
Obrigada pelo comentário! Beijos
ExcluirOi, Zeke! Obrigada! E também acho legal tratar desses assuntos. Eu sou ace myself (até agora, pelo menos, HAHAHAHA), e sempre sinto falta de ver isso representado da maneira "certa". E só conheço 1 personagem que seja canônicamente ace, o que é tipo, muito feio, porque é representatividade 0.
ExcluirObrigada mesmo pelo comentário! Abração \o/