Por: Takahiro Haruka
Olá, seus lindos!
Hoje darei início, oficialmente, ao projeto Resenhas de Livros.
Foi-me dada a tarefa de fazer a primeira resenha, e cá estou eu.
Vamos lá? O livro que escolhi foi A garota que eu quero, do
Markus Zusak.
Título Original: Getting The Girl
Título Brasileiro: A garota que eu quero
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Tradução: Vera Ribeiro
Título Brasileiro: A garota que eu quero
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Tradução: Vera Ribeiro
Pontuação:
Sinopse: Cameron Wolfe é o caçula de três irmãos e o mais
quieto da família. Não é nada parecido com Steve, o irmão mais
velho e astro do futebol, nem com Rube, o do meio, cheio de charme e
coragem e que a cada semana está com uma garota nova. Cameron daria
tudo para se aproximar de uma garota daquelas, para amá-la e
tratá-la bem, e gosta especialmente da mais recente namorada de
Rube, Octavia, com suas ideias brilhantes e olhos verde-mar. Cameron
e Rube sempre foram leais um com o outro, mas isso é colocado à
prova quando Cam se apaixona por Octavia. Mas por que alguém como
ela se interessaria por um perdedor como ele?
Octavia, porém, sabe que Cameron é mais interessante do que pensa.
Talvez ele tenha algo a dizer, e talvez suas palavras mudem tudo: as
vitórias, os amores, as derrotas, a família Wolfe e até ele mesmo.
Resenha: A garota que eu quero parece, em um primeiro
momento — olhando para o título, a capa e a sinopse — uma
história comum entre adolescentes, um tema muito tratado hoje em
dia. Estamos tão acostumados aos temas clichês que os evitamos, mas
há autores que conseguem transformá-los em algo fascinante. Um
desses é Markus Zusak, mais conhecido por sua obra A
menina que roubava livros.
Quando escolhi esse livro para ler e resenhar, confesso que estava um
pouco insegura sobre a leitura. Mas agora vejo que eram preocupações
tolas. A história tem, sim, um tema clichê. Porém, o autor o
aborda de tal forma que é impossível não se encantar pela
história. Para começar, o personagem principal não é o típico
garoto bonito, popular, galante e cativante. Muito pelo contrário.
Cameron é o caçula de três irmãos homens, sendo um deles famoso
por seu talento com futebol e o outro de papo fácil, encantador e
que consegue qualquer garota em quem puser os olhos.
Já Cameron nunca fez nada muito surpreendente, e é esse o foco da
história. O autor narra em primeira pessoa, com Cam como foco
principal. A partir do ponto de vista dele, conhecemos um garoto que
pensa sempre o pior de si mesmo. Ele acha que todo mundo o vê como
um perdedor — e, no final, alguns o veem. Sua autoestima é tão
baixa que chega a ser irritante, e é aí que a história fica
interessante.
O autor foca totalmente no desenvolvimento pessoal do personagem,
desde os seus problemas familiares até seu problema com as garotas.
A história se passa em um inverno — três meses? —, o que é
irônico, porque a estação combina exatamente com ele: triste e
solitária. Ao final, Cam prova para os outros e, principalmente,
para si mesmo, que não é o perdedor que todos pensam ser.
Seria surpreendente se fosse apenas isso, mas há mais. Markus Zusak
parece ter um tara por palavras, textos. Isso mesmo! Assim como em A
menina que roubava livros, em A garota que eu quero as
palavras possuem grande papel na história. A começar pelo fato de
que, enquanto a história se passa com Cam e seus problemas pessoais,
há o outro lado da moeda: sua mente perturbada por sentimentos
ruins.
Cam, repentinamente, sente vontade de escrever, e as palavras o levam
a seu subconsciente, onde vive uma realidade alternativa, enfrentando
desafios e vivendo situações desesperadoras ao lado de um cão
solitário, que o guia por aquele mundo desconhecido — ele mesmo.
Conforme Cameron enfrenta a realidade e a fantasia, descobre a si
mesmo. Descobre como superar seus problemas. E quando os dois
universos se chocam, ele real e ele imaginário, Cam faz a melhor
escolha de sua vida: ele escolhe superar-se.
A história de Cam nos ensina que precisamos, antes de tudo, entender
a nós mesmos. Pararmos para avaliar-nos e descobrirmos onde estão
nossas falhas. Precisamos aprender a superá-las, a confiar em nossas
capacidades, a pensarmos que podemos, sim, ser mais do que as pessoas
dizem ou pensam. Precisamos de pessoas ao nosso redor que nos apoiem,
e não daquelas que nos derrubam ainda mais. A história é uma lição
de sobrevivência, de como enfrentar seus medos, reconhecendo-os e
superando-os.
Acredito ser um ótimo livro para pessoas que têm baixa autoestima,
ou para aquelas que não conseguem superar seus problemas pessoais.
Cam é um grande exemplo de que só encontramos as respostas dentro
de nós mesmos, e que, mesmo que não pareça, em algum momento
aparecerá alguém que irá ajudá-lo a superar. Sua Octavia
aparecerá quando você menos esperar.
A garota que eu quero faz parte de uma trilogia, mas pode ser
lido de modo independente. Os outros dois títulos são: O Azarão
e Bom de briga.
Gostaram da resenha? Que tal ler o livro e deixar um comentário com
a sua opinião sobre ele?
Gostei bastante, acho que vou ler.
ResponderExcluir