Modelo “Save The Cat”: Salvando tua história, gata(o)

domingo, 18 de abril de 2021

 
Por: Mariana Cunha

 

Desculpem o trocadilho barato e ruim, mas achei maravilhoso!

Nunca fui fã de métodos de escrita porque acredito na forma livre de criação de ideias e desenvolvimento de uma história. Porém, quando decidimos dar um passo e levar um manuscrito para fins mais concretos, precisamos construir uma estrutura que nos ajude na construção de todo o universo da história, isso pode ser o terror para algumas mentes criativas que se apegam na euforia de escrever. O primeiro rascunho é bem liberal, é o momento de soltar os dedos e despejar a ideia em uma folha em branco, mas com esse ritmo chega uma hora em que o cérebro parece não funcionar mais e o bloqueio nos deixa pensar que ideia foi uma bobagem e que a história não tem a força suficiente para ser um livro.

Calma! O tenebroso bloqueio criativo é normal, mas se eu disser que encontrei uma solução?

Uma estrutura de história com personagens concisos e coerentes, narração definida e enredo direcionado ajuda muito. Pensa comigo; se eu tenho um personagem em que sei toda sua bagagem, sei exatamente como se comporta, suas imperfeições, os pontos fortes e fracos, as fraquezas e todo seu passado organizado em minha cabeça, independente da história que criarei, não vou me perder muito em suas ações durante a obra, garantindo que se algo mais para frente não esteja muito certo, eu tenho este personagem com sua atitude determinada, mesmo que ao decorrer ele mude, sua essência inicial continuará por lá e assim, não vou deixá-lo incoerente durante a obra. Isso é válido para a estrutura de enredo, quando temos elaborados o que queremos passar para o leitor, como queremos que seja entregue a ele as questões dos personagens, fica mais claro durante a escrita as aventuras que vão se interligando com eles.

Com toda loucura do ano presente, estive fazendo alguns cursos de escrita, cinema e roteiro, e me deparei com Jessica Brody. O curso da plataforma Udemy, me deixou curiosa quando em sua descrição, ela dizia que “em 15 passos você vai escrever seu romance”. Como disse anteriormente, não deixei me levar por essas palavras, não confiando em métodos milagrosos para escrita, porém, conforme analisei, percebi que ela usava a estrutura de roteiro divido em três atos, o que me chamou atenção. Foi o suficiente para eu estar colocando seu curso no carrinho e posso dizer que foi uma das melhores aquisições.

A estrutura montada por ela através de sua leitura do livro “Save the Cat” de Blake Snyder, este, consiste em um guia para montagem de grandes roteiros, através de análises e padrões narrativos de grandes filmes Hollywoodianos, e assim o adaptou para seus livros.

Este guia é um modelo adaptável para as necessidades de cada roteirista ou escritor. Basicamente é dividido em 15 cenas ou conjuntos de cenas que são como pontos para narrativas. Assim, tendo ele como base, a história fica bem visual e mais fácil para escrever depois, retirando o escritor do bloqueio criativo. Nele você já tem a estrutura completa da sua história, por isso, recomendo fazer isso antes de escrever! Demande um pouco de tempo na estrutura, crie, reconte algum ponto da história, adapta e logo depois, comece seu primeiro rascunho, prometo que vai valer a pena.

Vamos aos passos;

1º ATO

1.       Cena de abertura

É a cena que já mostra as primeiras informações da história.

Composto por uma cena (de 1 a 2 páginas), é neste ponto em que todo o estilo da sua escrita vai ser revelada (humor, tom e a escolha do gênero). Você mostra o protagonista (chamado por Jessica de herói) em seu mundo antes da história em si começar. Deve ser visual, rotineiro e que tenha imperfeições/ problemas. O protagonista já revela suas bagagens emocionais que serão trabalhadas ao longo da história.

2.      Setup

Parte da narrativa em que desenvolve toda a primeira cena, estabelecendo o mundo e os problemas do protagonista, mostrando os aspectos de vida do personagem. Algumas perguntas são interessantes para montagem; O que seu personagem quer? O que está errado no mundo do personagem? Como é seu mundo? Lembrando que “mundo” não está fixo ao externo, corpo físico, há ampliação psiquica do personagem e da estrutura de sua realidade atual.

De 2 a 20 páginas essa interação deve ser feita, não se alongando demais para ter espaço aos conflitos.

3.      Theme Stated

O que seu protagonista deve aprender? É aqui que você organiza e dá a direção ao leitor do porquê a história deve ser contada, evidenciando as imperfeições do protagonista e a razão pela qual está sendo contada sua história. Lembre que a história narra um momento especial na vida do personagem que o mudou de alguma forma, há uma transformação.

Mostre os motivos pelo qual seu personagem deve mudar, em como seu personagem deve consertar suas imperfeições, porém, o importante é que ele o ignore por enquanto. Aqui, o essencial é mostrar ao leitor dicas para que ele compreenda do que seu livro fala, a famosa “lição de vida”.

4.      Catalyst

Momento em que algo importante acontece e muda totalmente a direção da história.

É o “incidente incitante” ou talvez você conheça por “climax”. A primeira curva tensional do seu livro. Agora a vida de seu protagonista mudou e todo seu mundo foi desestabilizado de alguma forma e agora o personagem precisa mudar (não é neste momento que ele aprende a danada da lição, mas ser o mesmo, ele já não é. Pode ser para sua pior versão ou melhor).

5.      Debate

Sendo de 10% a 20% da história, é mostrado agora, a reação do seu protagonista após o climáx. Aqui é o desenrolar de toda a trama, contendo várias cenas extensas. Mostre todo o processo de sua mudança, como suas relutas, a maneira mais cautelosa de se resolver. Mas é importante que ele não resolva os problemas agora e que isso seja até claro para o seu leitor, porém seu personagem não pode ter a visão de que tem uma resposta óbvia para a solução, ele precisa pensar, tomar atitudes através de toda sua bagagem, personalidade e moral. Não deve ser algo muito fácil de se resolver para ele.

2º ATO

6.      Break Into 2

Aqui começamos um novo mundo!

Tudo aquilo colocado em debate, deve ser desenrolado. Seu personagem precisou tomar alguma decisão e as consequências começam aqui. Qualquer escolha precisa o trazer para um novo mundo e a mudança dentro de si, porém, é algo que seu personagem quer, mas que não necessariamente precisa!

As mudanças podem ser físicas ou metafóricas, mas são maneiras de seu personagem de mudar sua vida antiga.

7.      B Story

Temos dois rumos para está categoria: O mundo externo (A), relacionado ao que acontece fora do mundo do protagonista, ou o mundo interno (B), que envolve mudanças internas de seu personagem: Sua jornada virando a lição de vida.

 Seus personagens secundários têm mais destaque aqui, ajudando seu personagem a aprender as lições. Eles podem ser a favor ou contra o tema, ou seja, não é necessariamente o par romântico, o amigo camarada ou o vovô sábio que podem demonstrar essas lições ao protagonista. Os inimigos podem fazer este papel, tendo uma participação mais ativa aqui neste ponto.

8.      Fun and Games

Aqui é a hora de soltar e mostrar tudo o que esse novo mundo tem! Mostrar em como seu personagem está agindo neste novo mundo, quais consequências das escolhas do começo do ATO 2 que agora ele está lidando?

Estamos já na metade de seu livro, contendo entre 20 a 50% do seu livro.

Você tem duas opções: Ou seu protagonista está tendo sucesso no novo mundo ou total falhando. Porém, na vida nada é ao extremo, certo? Então não precisa se preocupar em ser totalmente sucesso ou fracasso, mas é ele fora da zona de conforto.

A premissa é apresentada aqui, então, instigue o leitor, deixe-o querendo saber mais do que pode ou não acontecer, deixe este momento interessante, intrigante e até divertido (independente do humor do livro, aqui a palavra tem sentido de levar seu leitor a querer ler mais).

O conflito entre o ATO 1 e o ATO 2 ocorre aqui. Há este choque de realidade à narrativa.

9.      Mid Point

Já estamos na metade da obra!

Então, precisamos estruturar os caminhos, certo?

Seu personagem pode seguir por duas direções; uma falsa derrota (o famoso “fundo do poço” ou uma falsa vitória (Topo do mundo “Eu sou o rei do mundoo”).

Cuidado com as nomenclaturas, porque apesar destes caminhos opostos, a proposta do seu livro deve ser o mais real possível para não se perder no “previsível”. Algo deve acontecer para novamente o rumo mudar e caminharmos para o conflito final. Os mais comuns de serem vistos como mid point, são as categorias de “bomba-relógio), em que protagonista está contra o tempo, ou “construção da história de amor”, ou até uma nova revelação que muda completamente o rumo do protagonista.

Mesmo assim, ele não aprende neste momento sua lição, muita calma! Estamos o usando assim como Dumbledore usou Harry para termos 8 filmes!! São pequenas aparições do que o seu personagem deve aprender.

10.  Bad Guys Close In

50 a 70% da sua história! Há uma nova direção em que o seu protagonista “utiliza o reverso do jogo UNO”, agora se estava caminhando para o sucesso, algo o impede e se houve fracasso aqui as coisas vão se ajeitando.

O famoso “storytelling”. Processo de aprendizado do protagonista, o que está acontecendo enquanto ele ainda não aprende a lição do tema.

11.  All Is Lost

Uma única cena!

Todas as escolhas (independente de quais foram) o levam aqui.  O pior momento da vida do seu protagonista está acontecendo neste ponto! Ele precisa mudar. É um segundo “catalyst”, porém, agora o personagem escolhe o caminho “certo” (aqui a definição de certo é com você autor).

Algo “morre” (não precisa ser de forma literal), o personagem precisar deixar algo partir, pode ser pessoas, a moral, opiniões, amores, etc...

12. Dark Night of The Soul

Composta por várias cenas, chegando aos 80% da história. Seu protagonista toma consciência de suas imperfeições e se questiona sobre após o ponto anterior. É o processo de tudo o que lhe aconteceu e é como a transformação começa a acontecer gradativamente. Ele reflete sobre tudo e aqui é um momento um pouco mais sério, antecedendo a real mudança, finalizando o ATO 2.

Ajude-o a perceber o quanto ele já mudou. É a última peça do quebra-cabeça da vida de seu protagonista.

É válido lembrar que a construção do que acontece está nas mãos do autor, então, nada impede de que você queira que seu personagem volte para o antigo mundo, podendo ser confortável a ele.

ATO 3

13.  Break Into 3

Aos 80% da história, o seu personagem sabe o que fazer, não só para resolver os problemas causados pelo ATO 2, mas para “consertar” ele mesmo.

O que aconteceu em “All IS Lost” vai ser refletido em “ Dark Night of the Sun” e no ATO 3 se transformando em uma nova pessoa.

Aqui é uma cena, apenas, em que é decretado que seu protagonista aprendeu a lição/ tema, percebendo que a mudança nunca viria de outro lugar a não ser dele mesmo.

Não é necessário que ele aprenda tudo em um único momento, mas o “insight” deve acontecer, o primeiro passo, a decisão. Deve haver o mundo das sínteses das somas entre o ATO 1 + ATO 2 = ATO 3.

O protagonista agora toma decisões mais assertivas depois de suas aventuras.

14.  Finale

Várias cenas ocorrem aqui (80 a 100%) e implementam todas as decisões do Break Into 3, fazendo com que seu protagonista aja e coloque em prática seus planos de mudança. Prove que ele aprendeu e não facilite isso para seu personagem, pois os pequenos conflitos ainda são válidos para entreter o leitor. Pense em pequenos testes para validar a mudança do seu protagonista.

15.  Final Scene

Representação visual da vida do protagonista depois de sua transformação. Cena única (100%). Deixe claro ao leitor a mudança, mostrando como o personagem mudou, abra a oportunidade de comparação entre esta cena com a de abertura.

As perguntas para este ponto são; houve mudanças notáveis? Seu personagem deu avanços? Ele transformou o suficiente? As imperfeições estão satisfatórias?

Importante:

A obra deve ter uma transformação, mesmo que não seja de seu protagonista em si, pode ser do leitor que de alguma forma entenda o objetivo da obra o faça refletir.

Este transformar do personagem durante os passos faz a história expandir e pode ser utilizada em qualquer gênero. Este é ponto chave do “storytelling”.

Não é preciso finais felizes, mas precisam ser transformadores de alguma forma.

Tenha um objetivo para sua história: O que você quer contar?

Às vezes começamos uma história porque queremos que uma cena X ou Y aconteça, mas faça isso crescer. Pense com calma em todos esses passos e faça a construção de seu livro aos poucos, dando valor a jornada de seu herói.

O interessante desses passos, é que eles ajudam a mapear toda a história. Minha dica é colocar esses pontos em algum aplicativo de organização de histórias, eu, por exemplo, usei o Trello para colocar minha ideia nestes pontos, fica bem mais prático porque há um recurso visual da obra e ajuda o autor a manter a consistência. Use como um “pré- rascunho,” construa a história com base neste recurso, que facilitará a escrita propriamente dita.

Toda construção leva tempo e paciência, por isso não desista, aos poucos vamos tecendo o as linhas da obra, aprendendo um pouquinho ali, uma dica de lá, uma nova forma para se contar história e finalmente chegamos em uma maneira eficiente e confortável para nós, autores, de escrevermos mais, por isso não desista! O caminho é longo, mas se for sua vontade, este livro sai!


2

Lira dos Betas no Blog #9

sábado, 17 de abril de 2021

 

 
Por: Rienne de Clairmont

 Poema originalmente publicado no Lira dos Betas.

Take me Away

 

Take me away.
Take me away from all the lights.
Take me away from all the noises.
Take me away from everyone.
Take me away from the nightmares.
Take me away from my screams.
Take me away from my pain.
Take me away from my reality.
Take me to a fantasy.
Where I can be happy with you.
Where my nightmares are beautiful dreams.
Where all the darkness is light.
It doesn’t have to be far away.
Your arms are enough.
Your heat is enough.
Your light lightens me.
You make me wanna live. 

1

Resenha: O universo surreal de "Reimei no Arcana"

domingo, 11 de abril de 2021
 
 Por: Aelin
 

TÍTULO: Reimei no Arcana (黎明のアルカナ)

TÍTULO (EN): Dawn of the Arcana

AUTORA: Rei Toma

EDITOR: Viz, Shogakukan

VOLUMES: 13 volumes

GÊNERO: Shoujo, Fantasia, Romance

 

Olá, você!

 

Desde 2011, sou completamente rendida aos mangás shoujo no estilo colegial — estou falando com você, “Hirunaka no Ryuusei”! —, mas recentemente um tipo diferente de shoujo conquistou o meu coração.

O mangá que eu escolhi não é muito longo, nem muito antigo. A publicação é de 2009 e são apenas 13 volumes, um compilado de 53 capítulos. Rei Toma, a autora, também é responsável por “The Water Dragon’s Bride” e “The King’s Beast”. O traço da autora é impecável e é impossível não se apaixonar por cada detalhe da obra.

Reimei no Arcana apresenta criaturas fantásticas, poderes incríveis e uma narrativa de guerra que prende o leitor do início ao fim. Os personagens são cativantes, o enredo é único e o desenvolvimento da história nos obriga a seguir em frente com a leitura. Em poucos capítulos, conquistou um lugar especial no meu pódio do gênero fantasia.

Em Reimei no Arcana (黎明のアルカナ), os países Senan e Belquat vivem em uma guerra constante. Para selar um acordo de paz, os governantes — que se distinguem do povo comum pela cor negra dos cabelos — decidem firmar um contrato de matrimônio. Nakaba — a princesa de Senan, da primeira linha sucessória — se casará com Ceasar — o príncipe de Belquat, da segunda linha sucessória. Não existe sentimento de animosidade entre os dois e o povo parece se perguntar quanto tempo demorará até que Nakaba, que possui cabelos vermelhos como os de uma comum, seja assassinada no território de Belquat e a guerra recomece.

Em Belquat, Nakaba recebe um tratamento frio da família real e do povo. A sua origem, a cor de seu cabelo, o seu servo sub-humano, tudo isso parece servir como combustível para o ódio que sentem pela princesa. O jeito que Ceasar a trata nos primeiros capítulos é quase desumano, pra ser honesta. 

 

(Quando a chama de Akage, Ceasar se refere à cor vermelha de seus cabelos.)

 

Mas quando Loki, o Ajin de Nakaba, ergue sua adaga para protegê-la do príncipe, Nakaba o coloca em seu devido lugar como servo. A personalidade forte de Nakaba e o modo que encara tudo de frente com a cabeça erguida foi o que me fisgou no começo, mas, assumo, a beleza inigualável de Ceasar contribuiu para que eu continuasse avançando na leitura.

 

 

 

(Parece aquela imagem do Finn Wolfhard dando um soco em direção à lente da câmera)

 

(Deus no céu, Nakaba na Terra.) 

Aos poucos, a relação entre Ceasar e Nakaba evolui. O príncipe de Belquat se esforça para agradá-la, mesmo que ela o rejeite incontáveis vezes. O romance é meio ao acaso. A cada vez que Ceasar desiste de tentar conquistar Nakaba, o destino garante que os dois se aproximem um pouco mais.

Quanto ao romance, as coisas acontecem muito rápido em Reimei no Arcana e às vezes sinto falta de um pouco mais de desenvolvimento, mas, no geral, tudo se encaixa perfeitamente. A autora consegue que grandes conclusões venham acompanhadas por cenas marcantes, por isso as pontas não parecem tão soltas.

No capítulo 8, por exemplo, Nakaba é chamada ao salão principal e o rei ordena que tinja o seu cabelo vermelho porque é vergonhoso para Belquat ter uma Akage na realeza. A cena é dramática e dolorosa porque Nakaba odeia a cor do seu cabelo, mas não aceita ser forçada a tingi-lo. Em defesa de sua esposa, Ceasar corta o próprio cabelo e declara que o mundo em que vivem é podre. O ato simbólico de Ceasar conquista Nakaba, que passa a lhe ver com outros olhos. É um salto gigantesco no relacionamento dos dois, mas a cena é absurdamente marcante e perdura na cabeça do leitor mesmo após o fim do mangá.


(Aparentemente, ser arrastada por guardas e ter a cabeça forçada em um balde de tinta não é exatamente o melhor jeito de superar os traumas do passado.)

Apesar de Ceasar e Nakaba terem destaque na obra, a autora criou um mangá que não se resume ao romance. O tratamento que os humanos dão aos Ajins, considerados sub-humanos; os motivos superficiais que os governantes usam para começar novas guerras; o desprezo que Loki e os outros Ajins sentem pelos humanos; as promessas dolorosas que Nakaba e Ceasar são forçados a fazer para o bem de seus países; tudo, absolutamente tudo foi bem desenvolvido pela autora.

O leitor torce para que o casal principal fique junto, mas, também, quer ver o desenrolar de todo o resto da história. O rei de Belquat planeja uma guerra, por exemplo, e os personagens principais se mobilizam para evitar o conflito e manter a paz; Loki, além dos desejos de sua ama, parece ter interesse pessoal no bem-estar dos Ajins, sua própria raça; Ceasar deseja mudar o mundo e garantir que seja um lugar seguro para humanos e Ajins.

Uma das coisas de que mais gosto em Reimei no Arcana é o personagem Loki, o servo Ajin de Nakaba. Os dois estão juntos desde que a princesa nasceu e ele jurou protegê-la a qualquer custo. A cada vez que Nakaba se põe em perigo, Loki não poupa esforços para salvá-la. A sua lealdade é incontestável e o amor que sente por Nakaba é inegável. O Ajin é quase uma extensão da princesa e ela o ama infinitamente. Acho que é por isso que os capítulos finais, dos quais juro que não darei spoiler, doem tanto em mim. Eu chorei incansavelmente e demorei vários dias para me recuperar.

Existem personagens secundários também que têm grande importância na obra. O conselheiro de Ceasar e sua irmã, Akhil, Cain, outros Ajins que encontram pelo caminho, etc. A autora não centralizou todo o poder no trio principal e é algo de que gosto bastante. No fim, Nakaba, Ceasar e Loki não teriam avançado se não tivessem recebido ajuda — e isso é algo que Nakaba deixa bem claro.

Apesar de ter entrado para a equipe do blog pensando em como poderia sentar a madeira no trabalho dos outros, a autora tornou impossível criticar qualquer aspecto da história. O mangá é perfeito e eu sou completamente rendida por ele.

Se você já leu, comente sobre as suas impressões nos comentários. Vou adorar saber a sua opinião!

No mais, é isso!

Até a próxima resenha, pessoal!

 



0


As imagens que servem de ilustração para o posts do blog foram encontradas mediante pesquisa no google.com e não visamos nenhum fim comercial com suas respectivas veiculações. Ainda assim, se estamos usando indevidamente uma imagem sua, envie-nos um e-mail que a retiraremos no mesmo instante. Feito com ♥ Lariz Santana