Por: Juliana Gava
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Olá
a todo mundo. Eu sou a Juliana e esse é meu primeiro texto aqui no blog. Faz
pouquíssimo tempo que decidi tentar escrever para cá e, na dúvida sobre o que
falar, escolhi a solução mais simples: decidi pegar um livro para ler e
resenha-lo. Mas de novo bateu a interrogação: ir com uma obra que eu já conheça
e que goste, ou arriscar algo novo? Ir pelo meu gosto ou tentar agradar a
maioria? Escolher um livro famoso ou um totalmente obscuro?
Acabou
que optei por um meio termo de todas essas perguntas, um livro que queria ler a
algum tempo, que deve agradar quase todo mundo e que, se não é tão famoso
ainda, vai ficar. Por isso vou resenhar hoje “Magisterium - O Desafio de
Ferro”. Espero que ao terminar possa transmitir um gostinho do livro, para você
saber se ele é combina com você ou não. E isso evitando spoilers.
Bom,
sobre o que é tal livro? Ah, é a história de um menino órfão de mãe, deslocado
na vida, que sofre bullying na colégio, mas que, ao descobrir um poder
interior, acaba indo para numa escola de magia, onde acabará fazendo dois
grandes amigos e se envolvendo com eles com o descobrimento de um mundo mágico,
fascinante por vezes, mas também envolto num aterrador conflito.
Eu
já vi isso em algum lugar...
É,
é realmente impossível ler “O Desafio de Ferro” e não comparar com “Harry
Potter” diversas vezes. Semelhanças existem em vários momentos, mas seria
injusto acusar essa obra de plágio, visto a quantidade de elementos
surpreendentes e originais nessa história. Nosso protagonista, Callum Hunt, é
bem menos óbvio do que parece. Acompanhem-me.
Prólogo.
Doze anos atrás. Os magos travam ferrenha com os Dominados pelo Caos, com
inúmeras perdas humanas. Uma batalha decisiva está para acontecer, e cada lado
manda seu maior campeão para ela. Porém, os magos foram ludibriados, o inimigo
não comparece. Percebendo isso, o mago Alastair Hunt se dirige para um
esconderijo nas geleiras, onde velhos e crianças foram deixados. Chegando lá, é
visível o massacre, o Inimigo deu seu golpe aqui. Alastair procurar e só
encontrou corpos sem vida, além de sua esposa, também morta. Felizmente, seu
filho Call sobrevive nos braços dela. Na parede ao lado, há um estranho recado
deixada pela mãe: MATE A CRIANÇA.
Fim
do prólogo, curtinho, de apenas três páginas. Aqui começa a história. Call foi
criado como uma criança normal por seu pai, que, além renunciar totalmente da
magia, ainda desencorajou tudo relacionado a ela quando teve que contar a seu
filho. Afinal, para ele, os magos só estão interessados em recrutar soldados para
seu exército, e qualquer envolvimento com eles é quase certo levar a morte. Um
tanto super-protetor, embora seja complicado dizer que ele não tem razão.
Algo
que esqueci de dizer: Call não fica sabendo do episódio da morte de sua mãe
(muito menos da mensagem sobre ele). E dessa tragédia ele acabou herdando uma
perna avariada, que doi, o deixa mancando e é feia. Isso, juntando ao
temperamento arredio do garoto, só faz com que seja alvo de isolamento de
alunos e professores nos colégio em que passa. Mesmo assim, o menino anda de
skate (alguém lembrou de “Os livros da magia”?).
Completando
doze anos, uma seleção é feita para selecionar (ou não) alunos para o
Magisterium, a escola de magia. É óbvio que Alastair não quer que o filho vá
para lá, mas o teste é algo obrigatório. Por isso ele combina com o filho para
falhar no teste e esse aceita, já que confia no pai. Acontece, que por mais que
o menino se esforce para ser reprovado em todas as provas, o resultado obtido é
exatamente o contrário (e muito engraçados) de forma que ele acaba aprovado,
para desespero do pai. Então Call tem que dar adeus ao pai (e melhor amigo) e
se dirigir para as cavernas onde fica Magisterium.
Não
estou dando nenhuma revelação surpreendente, isso é bem o início do livro
mesmo. E, a história até aqui está escrita na contracapa.
Já
na seleção (que reprova muita gente) Call começa a conhecer alguns de seus
futuros colegas, uns legais, outros nem tanto assim. Os aprovados são divididos
em pequenas grupo, guiados por um professor individual. Call é escolhido por
Rufus, o mestre mais gabaritado, e junto com estão mais dois alunos Aaron, um
menino com jeito de Capitão América, e Tamara, outra que parece toda certinha.
Eles PARECEM isso, mas com o passar da trama veremos ser raros os personagens
que continuam se mostrando da mesma forma que o início.
A
partir daqui, o livro segue aquela linha básica: exploração de um mundo novo,
conflitos, construção de amizades, revelações (muitas, muitas!) e diversas
aventuras. A trama vai se emaranhando de um jeito que fica mais densa a cada
camada que retiramos. Eu me coço toda para falar, mas isso seria estragar
muitas das surpresas. Vou deixar apenas uns questionamentos: como Call
conseguiu ser orientado pelo professor mais top de Magisterium? Por que
Alastair queria o ele tão longe de magia? E por que razão a mãe de Call pediu
para o filho ser morto? Tudo isso está interligado e foge do clássico “Ah, ele
está predestinado a salvar o mundo”.
Saindo
um pouco do enredo, posso dizer que a narrativa é bem agradável. Perdi a conta
de quantas gargalhadas soltei lendo, Call fala e faz umas coisas sem muita
noção da situação. É meio que um imã para confusões. Mesmo assim, não dá para
deixar de perceber que ele é só um garotinho, passando por situações muitas
vezes acima do tolerado.
Magisterium
está longe de ser um conto de fadas. As disciplinas são rigorosas, estressantes
e até perigosas. É interessante como a magia é demonstrada aqui, é mais como
uma ciência que requer conhecimento e disciplina. Os elementos da magia são
cinco (água, fogo, terra, ar e caos) que, se mal equilibrados, podem resultar
em desastre. Como os magos mais jovens apresentam poder em abundância, embora
pouco conhecimento, ele são fontes frequentes de descontroles mágicos, coisas como
tentar acender uma vela e por fogo no prédio. Algo assim .O “Ferro” do título
se refere como é chamado o primeiro ano de ensino. São cinco no total: ouro,
cobre, prata e um outro elemento que não lembro (chumbo?) e não nessa ordem.
Ouro é o quinto ano.
E
há a guerra. Embora esteja em uma trégua, a última guerra mágica na prática
continua, com magos sendo mortos e Dominados pelo Caos podendo estar a espreita
em qualquer lugar, dentro de elementais, animais e até pessoas.
Bom,
o que posso falar mais? Eu adorei esse livro, tanto que li suas 384 páginas em
três dias. Chegando as últimas, bateu uma saudade por terminar, consolada por
saber que a saga completa será uma pentalogia, sendo que outros dois já foram
lançados, inclusive no Brasil (e os próximos não devem demorar, sem esperas
eternas, a la GoT).
Acredito
que contribuiu muito para a história ser tão amarradinha o fato dele ser
escrito a quatro mãos - sim, ele possui dois autores, na verdade autoras. Uma é
a Cassandra Clare, famosa pela série Instrumentos Mortais (que agora passei a
considerar a ler), outra é Holly Black, que devem ter algum parentesco com
Sirius.
A
única coisa que não gostei foram aquelas letras coloridas na capa, acaba
sugerindo que o livro é bem mais infantil. E as ilustrações dentro do livro
também são bem bobinhas. Não se pode acertar tudo.
Tirando
isso, eu adorei “Magisterium - o Desafio de Ferro”. Uma leitura leve, mas que
mesmo assim me surpreendeu de forma crescente. E tem tanta coisa que não
comentei aqui, mas tenho que terminar o post... Bem, quem gosta de magias e
aventuras não pode deixar de o ler. Aproveite descobrir essa saga agora, antes
que algum filme seja lançado, para no futuro poder se dizer um fan de raiz!
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