Recomendações de Leitura Dia da Mulher [04/04]

sábado, 2 de abril de 2016



Ohayo! Elyon Somniare volta a pegar no leme! Espero que estejam a gostar das nossas recomendações até ao momento, e que a vossa lista de livros tenha crescido, mwahahah. Mas não apenas isso, espero que tenham também recomendações a deixar nos comentários. Como é óbvio, há uma variedade de factores que leva a que seja impossível listar todos os livros (e fics/fanfics) que merecem recomendação, contudo, fazem-se os possíveis. Não tenham vergonha em partilhar aquele livro ou fic maravilhoso que trata ou apresenta as personagens femininas de forma incrível.

Pelo entretanto, chegou a hora da recomendação das leituras à distância de um clique no Nyah!


“Trato Desfeito”, Mrs Days
(Rodrigo Caetano)

Uma história sobre uma forte mulher que viveu durante séculos entre o céu e o inferno, presa por um acordo que envolvia tanto a sua vida como a sua alma. Essa história é um poderoso conto de ação, não recomendado aos menores de dezoito anos, com uma forte personagem feminina, que não deixa nada a desejar quando comparada com os grandes heróis clássicos. Ela atira primeiro e pergunta depois, sem perder o charme e a sexualidade. Quem disse que as meninas não sabem botar para quebrar? 


“Minh’alma perdida nas curvas do teu cabelo”, Salow
(Enrique Buendía)

Há várias razões pra essa fic ser lida: além da personagem principal ser escrava, negra e ter sentimentos pela sua senhora, tirando a situação que ela vive com o seu dono, a personagem tem o seu nome ocultado como se de fato – acontece várias vezes – nada daquilo importasse em si. A personagem feminina, além disso, é guiada por duas orixás mulheres, Iemanjá e Iansã, trazendo também a cultura afro-brasileiro para dentro da fic, que possui personagens marcantes com situações bem reflexivas.


“Delilah”, Holly Hobbie
(Rodrigo Caetano)

Uma songfic que merece essa classificação: essa é uma one-shot linda de um amor bonito, inspirada pela música de mesmo título da banda Florence and the Machine. Uma história bem escrita do início ao fim, por uma autora com grande sensibilidade, contando sobre a descoberta da homossexualidade e do amor entre duas meninas. “Delilah” é um conto delicado, mas que merece atenção nesse mês tão especial.


“A Mhaighdean Bhan Uasal”, Giulia Correia
(Enrique Buendía)

A fic possui uma protagonista incrivelmente forte e que me fez suspirar ao imaginá-la. O que eu posso dizer dessa protagonista foi aquilo que eu comentei na história: uma mulher forte, com coragem de abondar tudo o que havia construído, e ainda tem mais a questão do que se procede após o abandono, a autora trabalha num ambiente bem no passado, onde havia o culto à Deusa, uma divindade superior feminina, o que também torna mais interessante, principalmente para pesquisas sobre uma sociedade que funcionava com uma deusa mulher.


“Ocean Eyes”, Julliet
(Rodrigo Caetano)

Uma história de amor inspiradas por ótimas músicas do Owl City, todas contidas em um álbum que compartilha o título com a história. A fanfic em si pode ser considerada uma songfic, mas cada um dos capítulos retrata perfeitamente uma música do álbum. É difícil encontrar songfics que conversem tão bem com suas músicas. Mais difícil ainda é encontrar uma história que converse tão bem com cada uma das músicas escolhidas para inspirar os capítulos. É uma bonita história de uma jovem mulher à procura de si mesma — e de um amor há muito perdido — tirado dela por aquilo que ela mais amava na vida: o mar.


“Da Feminilidade do Ser”, Elyon Somniare
(Enrique Buendía)

Uma fic marcante que traz drabbles sobre mulheres histórias, como Cleópatra, Ana Bolena e Inês de Castro. A escrita da autora chama a atenção pelos episódios narrados, e as pequenas narrativas sobre as mulheres causam reflexões acerca daquilo que elas foram para o tempo delas e como elas se comportam em suas sociedades de séculos passados. Enfim, a quebra daquilo que é considerado ser feminino é tão forte que nos faz pensar sobre a própria feminilidade do ser.


“La Dama y el Paraguas e outras histórias de morte”, Ganimedes
(Elyon Somniare)

Uma história formada por histórias diferentes que criam um ciclo entre si. Com uma narração excepcional, podemos encontrar exactamente aquilo que o título levanta: histórias de morte, sendo a da “dama y el paraguas” (guarda-chuva) a principal razão para incluir esta recomendação. Não julguem que por serem “de morte” as histórias são de terror. O único terror é aquele que advém da contemporaneidade de todos os elementos que a narração utiliza e dos temas que nos leva a considerar.


Não deixem, então, de dar uma olhada nestes links, ou de deixar outros nos comentários! But now, lembram-se de no primeiro post destas recomendações eu ter falado duma surpresa? Pois é que nem só de ler vivem a mulher e o homem, ahah! Eis a nossa última recomendação: o cartoon “Steven Universe”, escrito pela, já nas palavras da beta Giulia Correia, “lindíssima Rebecca Sugar, diva, destruidora de corações, queen of hiatus”:

“Steven Universe”, Rebecca Sugar
(Giulia Correia)

É um cartoon infantil sobre um garoto que tem poderes. Mas não se engane sobre a aparência de clichê, de desenho pra crianças, de mais do mesmo. Não! Não tem nada disso. Bem, tem clichê, mas o que não tem, hoje em dia? “Steven Universe” tem mais que isso, tem rochas lésbicas espaciais, guerras antigas e templos maneiros.

Ainda não se animou? O desenho tem uma animação amorzinho com cenários incríveis, tem músicas maravilhosas que pisam nas músicas de Phineas e Ferb e, mais, tem uma progressão na história, um foreshadowing, uns plot twists…! É uma história digna de todos os louros, prometo.

Mas assim, por que eu tô falando sobre ela no dia da mulher, se é sobre um garoto com poderes? Bem, por causa das muitas mulheres da trama. É uma lista bem grande. Temos a Garnet, a Pearl, a Amethyst, a Connie, a Rose, a Peridot… e todas essas personagens, elas são badass de maneiras diferentes.

A Garnet esmaga e canta Stronger than you. A Pearl é super inteligente, super organizada e, se você a acompanhar pela trama, percebe que tem muito mais nela do que isso. A Amethyst é uma personagem que começa nhé, mas se desenvolve de uma maneira muito maneira com o correr dos episódios. A Connie, nossa, nem vou falar sobre ela por motivos de spoilers, mas nossa. Nossa.

Se eu falar sobre as outras darei spoilers, mas só queria deixar registrado que são ótimas também. É um cartoon que trama muito bem suas personagens femininas, o que é super raro. É também um cartoon com diversidade de corpo, de família, de orientação. Recomendo assistir. Se não pela diversidade, pela história, que é maravilhosa.

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