Dúvidas comuns sobre regras simples

segunda-feira, 10 de março de 2014

Por Esparta

Elas são chatinhas, sempre acabam passando despercebidas quando escrevemos, são muitas, tantas, que até esquecemos como/quando utilizá-las. Sim, são algumas regrinhas de ortografia, que mesmo sendo tão frequentes (e simples) em nossos textos, vez ou outra, não sabemos como aplicá-las. Mas a partir de agora, isso irá mudar!
O uso dos porquês
É recorrente encontrarmos um texto ou uma publicação nas redes sociais onde os porquês estão sendo empregados de forma incorreta, causando a má interpretação do que está escrito e muitas outras confusões. Vamos aprender a diferenciá-los.
Porque: usa-se o porquê junto e sem acentuação, quando ele corresponder a uma explicação ou a uma causa. Por exemplo:
Não fui para casa dela, porque seus pais não permitiram.
(Explicação. Lembre-se sempre de colocar uma vírgula antes deste porquê, pois ele está explicando algo.)
Comprei aquela calça porque era a mais barata.
(Causa. Não é necessário colocar a vírgula antes.)
Por que: usa-se o porquê separado nas perguntas ou quando estiverem presentes (mesmo que não explicitamente) as palavras RAZÃO e MOTIVO. Por exemplo:

Por que não foi à feira? (Pergunta)
A mãe sabia o motivo de sua filha não estar mais falando com seu namorado. Ela contou por que estava chorando. (Motivo)
Porquê: usa-se o porquê junto e com acento circunflexo no final, quando ele substitui MOTIVO ou RAZÃO. Por exemplo:

Não sei o porquê de ela não ter ido à aula. (Motivo)
Por quê: usa-se o porquê separado e com acento circunflexo quando ele estiver no fim das frases, tanto como pergunta quanto explicação. Por exemplo:

Ele saiu de casa por quê? (No final da frase e como pergunta.)
Você sabe bem por quê! (No final da frase e como resposta.)
A diferença entre MAL e MAU
Lembram-se do principal vilão da história da chapeuzinho vermelho? E aí, é Lobo Mal ou Lobo Mau?
Mal: é o antônimo (contrário) de bem. Exemplo:
Minha colega foi mal na prova. Mas ela poderia ter ido bem, caso tivesse estudado.
Mau: é o antônimo (contrário) de bom. Exemplo.
Meu irmão foi mau comigo. Mas ele poderia ter sido bom, caso não fosse tão bravo.
Agora que já sabem diferenciar ambas as palavras, o Lobo era mal ou mau?
E a gente (no sentido de nós) é junto ou separado?

Com toda certeza, galerinha, é separado. O site Dúvidas de Português nos explica o porquê de ser separado:
A gente é uma locução pronominal formada pelo artigo definido feminino ‘a’ e pelo substantivo ‘gente’, que se refere a um conjunto de pessoas, à população, humanidade, povo. A expressão ‘a gente’ é semanticamente equivalente ao pronome pessoal reto ‘nós’ e gramaticalmente equivalente ao pronome pessoal reto ‘ela’, devendo assim o verbo ser conjugado na terceira pessoa do singular.”
Exemplo:
A gente vai para o cinema?
Já a palavra AGENTE, não está errada, ela existe sim, mas seu significado não tem nenhuma ligação com o pronome pessoal reto NÓS.
Agente tem sua origem na palavra em latim ‘agens’ e se refere ao sujeito da ação, ou seja, à pessoa que atua, opera, faz. É um adjetivo e um substantivo de dois gêneros porque apresenta sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino (o agente/a agente).
Exemplo:
O (a) agente do FBI veio investigar o caso.
É Sob ou Sobre?
Depende da ocasião. A palavra SOBRE, se refere a uma posição elevada/ acima, em relação a algo ou alguém. Exemplo:
O caderno estava sobre a mesa. (Ou seja, em cima da mesa)
Já a palavra SOB é o oposto, se refere a uma posição a baixo, em relação a algo ou alguém. Exemplo:
Nós passamos sob a ponte. (Ou seja, por baixo da ponte)
A baixo, abaixo ou embaixo?
Vai depender da ocasião também! A palavra abaixo indica uma posição inferior, a algo ou alguém, e é sinônimo de embaixo, ou seja, ambas as palavras possuem o mesmo significado. Exemplo:
A bola caiu embaixo/abaixo da mesa.
Já A BAIXO é utilizado para estabelecer relações com as expressões: de cima ou de alto. Exemplo:
Ele me olhou de cima a baixo.

3 comentários:

  1. As vezes confundo ''à'' com ''a''...já existe um postagem sobre isso?

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    Respostas
    1. Não posso realmente explicar como funciona. Tem muito a ver com a maneira como é dito. Por norma, quando vêm dois "a" sozinhos e seguidos, contrai-se para "à", mas não sei uma maneira de explicar...

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    2. A crase é usada mais (ou em todas as vezes, não sei) quando antecede um substantivo feminino.

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