Resenha: Once Upon a Time

domingo, 29 de março de 2020


Por: Rebel Princess


Vamos ser felizes para sempre por um fim de semana? Vamos sim!

Olá, caro leitor com quem falo! Faz um tempo que não apareço por aqui, mas cá estamos nós lavando as mãos bem direitinho e procurando coisas a fazer para não surtar sem motivo :) ~carinha de pânico.

Enfim! Venho aqui salvar vocês com uma breve resenha que reciclei de um blog para o qual escrevia há um tempo, então se achar por aí esse post com “Íngrid Lívero” como autora, relaxe que é minha irmã gêmea maligna que escreveu e concordamos em compartilhar as ideias.

Olhar de pertinho essa série para escrever uma resenha foi uma vontade que veio na época em que precisava planejar alguma coisa para um projeto de pesquisa (que deu muito certo, by the way!), no qual queria trabalhar com trilhas sonoras e todo o mundo de carga emocional envolvido nelas. Dessa forma, a palavra reformulação veio na minha cabeça, e Once Upon a Time – que reformula quase tudo que conhecemos de contos de fada -foi uma descoberta recente do gênero que chamamos, e para mim foi mind blowing!

A série estreou em outubro de 2011 pelo canal ABC e finalizou na 7ª temporada. Criação de Edward Kitsis e Adam Horowitz, a série também ganhou um spin-off chamado Once Upon a Time in Wonderland em 2012. O mais interessante e também o que mais me atraiu no enredo foi a completa quebra de expectativas quanto aos personagens de nossa infância, nessa época bem definidos, e que agora passaram por repaginadas incríveis, além de muitas mudanças nos papéis “heróis e vilões”.
Bem resumidamente – são sete temporadas de 22 episódios certo? –, a trama gira em torno de uma personagem, Emma, filha de Branca de Neve e do Príncipe Encantado. Como na história original, a Rainha Má persegue a princesa por ter arruinado sua vida e pretende lançar uma maldição sobre a maioria dos personagens de contos de fadas, apagando suas memórias e os lançando ao mundo real, na cidade fictícia de Storybrooke, (histórias quebradas em tradução livre). Isso realmente acontece, e tudo o mais girará em torno dos personagens tendo pistas de sua verdadeira identidade e tentando se lembrar de suas vidas para voltar à Floresta Encantada; isso só será possível com a ajuda de Emma, “The Savior”, que está destinada a quebrar a maldição.

A partir daí, só assistindo alguns episódios para entender todas as conexões nada usuais entre os personagens, e também todos os conflitos secundários e que ainda assim guardam relação com o principal. Dentre as aparições mais frequentes, temos a Rainha Má, Branca de Neve, Bela (A Bela e a Fera), Capitão Gancho - melhor personagem, vulgo meu crush -, Rumplestiltskin, Ariel, Peter Pan (em versão inimigo mortal), Pinóquio, Chapeuzinho Vermelho e as Fadas. Dois personagens, Emma e seu filho Henry, são os únicos que tiveram papel efetivo, mas não participam de nenhuma história clássica já contada. A partir da 4ª temporada, houve a inserção de Elsa, Anna e Mérida, personagens de Frozen e Valente.

O que mais gostei e ainda gosto em Once Upon a Time é a transformação de personagens planas em verdadeiros poços de complexidade. Além das relações entre as histórias, como a Fera ser Rumplestiltskin e este ser inimigo mortal de Gancho, as mudanças de um herói para um vilão e vice-versa permitem várias possibilidades de interpretação, e podem até mesmo te fazer gostar mais dos “vilões”!

Tudo isso contribui também para a desconstrução de ideias pré-formadas, tirando os nossos personagens de infância dessa zona de perfeição e nem por isso perdendo toda a magia e encanto com os quais as histórias de princesas e bruxas ficaram conhecidas. Estou falando de uma Rapunzel negra e filhas de princesas com diferentes orientações sexuais, algo pouco explorado em histórias clássicas escritas há mais de 200 anos.

*Menção honrosa ao Costume Designer que fez os melhores vestidos e figurinos eveeeeeer para as personagens, em especial a Rainha Má (Lana Parrilla, amor da minha vida todinha).

É bem bacana também a ideia do livro de histórias, pertencente à Henry, que contém as histórias de todos que um dia moraram na Floresta Encantada até o último capítulo, e está na responsabilidade de um menino que não tem nem treze anos. O livro permite um paralelo entre os mundos – o mundo real e a Floresta Encantada –, o qual dá vários panoramas para as histórias, e também flashbacks e flashfowards. Nas últimas temporadas, foi iniciada uma busca pelo autor do livro, já que alguns dos personagens antes considerados vilões se tornaram bons, mas não conseguem ter seus finais felizes porque o livro dita outra coisa, logo só o autor pode reescrevê-lo. Essa busca firma ainda mais uma ideia que sempre achei maravilhosa a respeito de leitura e livros: palavras escritas tem grande poder.

Enfim, para a troca de figurinhas dessa semana, deixo a seguinte mensagem para vocês: assistam um episódio de Once Upon a Time! As 5 primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix e, para bom entendedor, meia pesquisa no Google para achar canais para assistir online basta. Os contos de fadas dificilmente sairão de circulação, são um ótimo meio para alfabetização além de um instrumento eficaz para desenvolver imaginação, e o trabalho dessa série com a reconstrução de conceitos baseados em tais contos é muito bem feito, sutil para agradar uns e ao mesmo tempo inteligente para ganhar outros que buscam as entrelinhas.

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