Por: Rebel Princess
Link no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/474498/
Vamos
ser felizes para sempre por um fim de semana? Vamos sim!
Olá,
caro leitor com quem falo! Faz um tempo que não apareço por aqui, mas cá
estamos nós lavando as mãos bem direitinho e procurando coisas a fazer para não
surtar sem motivo :) ~carinha de pânico.
Enfim! Venho aqui salvar
vocês com uma breve resenha que reciclei de um blog para o qual escrevia há um
tempo, então se achar por aí esse post com “Íngrid Lívero” como autora, relaxe
que é minha irmã gêmea maligna que escreveu e concordamos em compartilhar as
ideias.
Olhar de pertinho essa
série para escrever uma resenha foi uma vontade que veio na época em que precisava
planejar alguma coisa para um projeto de pesquisa (que deu muito certo, by
the way!), no qual queria trabalhar com trilhas sonoras e todo o mundo de
carga emocional envolvido nelas. Dessa forma, a palavra reformulação veio na
minha cabeça, e Once Upon a Time – que reformula quase tudo que conhecemos de
contos de fada -foi uma descoberta recente do gênero que chamamos, e para mim
foi mind blowing!
A série estreou em
outubro de 2011 pelo canal ABC e finalizou na 7ª temporada. Criação de Edward
Kitsis e Adam Horowitz, a série também ganhou um spin-off chamado Once Upon a
Time in Wonderland em 2012. O mais interessante e também o que mais me atraiu
no enredo foi a completa quebra de expectativas quanto aos personagens de nossa
infância, nessa época bem definidos, e que agora passaram por repaginadas
incríveis, além de muitas mudanças nos papéis “heróis e vilões”.
Bem resumidamente – são sete
temporadas de 22 episódios certo? –, a trama gira em torno de uma personagem,
Emma, filha de Branca de Neve e do Príncipe Encantado. Como na história
original, a Rainha Má persegue a princesa por ter arruinado sua vida e pretende
lançar uma maldição sobre a maioria dos personagens de contos de fadas,
apagando suas memórias e os lançando ao mundo real, na cidade fictícia de
Storybrooke, (histórias quebradas em tradução livre). Isso realmente acontece,
e tudo o mais girará em torno dos personagens tendo pistas de sua verdadeira
identidade e tentando se lembrar de suas vidas para voltar à Floresta
Encantada; isso só será possível com a ajuda de Emma, “The Savior”, que está
destinada a quebrar a maldição.
A partir daí, só
assistindo alguns episódios para entender todas as conexões nada usuais entre
os personagens, e também todos os conflitos secundários e que ainda assim
guardam relação com o principal. Dentre as aparições mais frequentes, temos a
Rainha Má, Branca de Neve, Bela (A Bela e a Fera), Capitão Gancho - melhor
personagem, vulgo meu crush -, Rumplestiltskin, Ariel, Peter Pan (em versão
inimigo mortal), Pinóquio, Chapeuzinho Vermelho e as Fadas. Dois personagens,
Emma e seu filho Henry, são os únicos que tiveram papel efetivo, mas não
participam de nenhuma história clássica já contada. A partir da 4ª temporada,
houve a inserção de Elsa, Anna e Mérida, personagens de Frozen e Valente.
O que mais gostei e ainda
gosto em Once Upon a Time é a transformação de personagens planas em
verdadeiros poços de complexidade. Além das relações entre as histórias, como a
Fera ser Rumplestiltskin e este ser inimigo mortal de Gancho, as mudanças de um
herói para um vilão e vice-versa permitem várias possibilidades de
interpretação, e podem até mesmo te fazer gostar mais dos “vilões”!
Tudo isso contribui
também para a desconstrução de ideias pré-formadas, tirando os nossos
personagens de infância dessa zona de perfeição e nem por isso perdendo toda a
magia e encanto com os quais as histórias de princesas e bruxas ficaram
conhecidas. Estou falando de uma Rapunzel negra e filhas de princesas com
diferentes orientações sexuais, algo pouco explorado em histórias clássicas
escritas há mais de 200 anos.
*Menção honrosa ao
Costume Designer que fez os melhores vestidos e figurinos eveeeeeer para as personagens, em
especial a Rainha Má
(Lana Parrilla, amor da minha vida todinha).
É bem bacana também a
ideia do livro de histórias, pertencente à Henry, que contém as histórias de
todos que um dia moraram na Floresta Encantada até o último capítulo, e está na
responsabilidade de um menino que não tem nem treze anos. O livro permite um
paralelo entre os mundos – o mundo real e a Floresta Encantada –, o qual dá vários
panoramas para as histórias, e também flashbacks e flashfowards.
Nas últimas temporadas, foi iniciada uma busca pelo autor do livro, já que
alguns dos personagens antes considerados vilões se tornaram bons, mas não
conseguem ter seus finais felizes porque o livro dita outra coisa, logo só o
autor pode reescrevê-lo. Essa busca firma ainda mais uma ideia que sempre achei
maravilhosa a respeito de leitura e livros: palavras escritas tem grande poder.
Enfim, para a troca de
figurinhas dessa semana, deixo a seguinte mensagem para vocês: assistam um
episódio de Once Upon a Time! As 5 primeiras temporadas estão disponíveis na
Netflix e, para bom entendedor, meia pesquisa no Google para achar canais para
assistir online basta. Os contos de fadas dificilmente sairão de circulação,
são um ótimo meio para alfabetização além de um instrumento eficaz para
desenvolver imaginação, e o trabalho dessa série com a reconstrução de
conceitos baseados em tais contos é muito bem feito, sutil para agradar uns e
ao mesmo tempo inteligente para ganhar outros que buscam as entrelinhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O blog da Liga é um espaço para ajudar os escritores iniciantes a colocarem suas ideias no papel da melhor maneira possível.