Por: Ana Heloisa
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Oi,
gente! Eu sou a Ana Heloisa, a Eena no Nyah!. Vim aqui hoje para dar algumas
dicas, que serviram e continuam servindo para mim, para que a leitura, por mais
extensa que seja, não fique cansativa. Vale lembrar que esse texto foi escrito
com base nas minhas experiências, mas fique tranquilo que serei bem didática.
Sabe aquela famosa frase dita pelo Fogaça do Masterchef “menos é mais”? É ela
que vou pregar aqui, afinal quanto menos informação “desnecessária”, melhor,
certo?
Antes de começar o texto propriamente dito, acredito que contar uma situação
corriqueira para você seja essencial, pois o pensamento de que “a arte de
escrever é um dom” está muito presente no nosso cotidiano.
Escrever nunca foi e jamais será um dom. É um trabalho cansativo e muitas vezes
frustrante, porém, ao chegar no produto final, também é gratificante. Nós
aprendemos a escrever estudando, praticando e principalmente errando. Se
você acha impossível conseguir alcançar seus leitores por não acreditar em si
mesmo, tire essa ideia imediatamente de sua cabeça.
Quando comecei nesse universo das fanfictions, lá para os meus 11/12 anos,
descobri que escrever era algo que fazia eu me sentir extremamente bem. Só que
esse “sentir bem” muitas vezes não era refletido nos leitores das minhas
histórias, pois eu não conseguia passar totalmente minhas intenções para
eles.
Tive dificuldade em escrever diálogos, manter os personagens de acordo com suas
personalidades e muitos outros, mas principalmente em ter uma escrita que não
fosse cansativa.
Sabendo disso, chegamos ao ponto crucial deste post: deixar a escrita e a
leitura menos cansativa.
Enfim, primeiramente, precisamos lembrar: para que público
estamos escrevendo?
A nossa sociedade está em constante comunicação por conta das tecnologias que
facilitam o nosso dia a dia. Logo escrevemos para quem está acostumado com tudo
isso. Então, boa parte do que foge da realidade rápida se torna
cansativo. É como ler um clássico do romantismo brasileiro, como Senhora de
José de Alencar, enquanto estamos mais acostumados com Percy Jackson.
Considerando o parágrafo acima, seguimos para alguns tópicos que, como disse no
ínicio, ajudaram e continuam ajudando muito no meu processo de escrita.
Desenvolvimento dos parágrafos: na medida certa
O desenvolvimento dos parágrafos das nossas histórias é o que
define um bom entendimento do texto num geral, como também o ritmo dos
acontecimentos. Podemos enumerar os detalhes — não no sentido literal, mas
colocando os fatos numa ordem, cronológica por exemplo —, fazer um confronto de
ideias, explicar sobre o assunto, como também realizar comparações,
justificativas, exemplos, citações…
Há várias maneiras, mas todas buscam o mesmo: alcançar a
compreensão do leitor de forma clara.
Evite, também, exagerar nas formas de desenvolver os parágrafos,
como explicar demais ou colocar exemplos o tempo todo, pois a mesmice
cansa em todos os âmbitos.
Não se esqueça que: o que vai definir o desenvolvimento é o tema
proposto em cada história/capítulo, então tenha sempre essas quatro letrinhas
em sua mente.
Articulando os parágrafos: todos fazem parte de
um mesmo corpo
Você já tentou escrever em conjunto? Se não, sugiro que
tente.
Quando praticamos o exercício de escrever com alguém, sabemos que
a forma de articular as ideias é diferente, pois ninguém pensa, desenvolve e
faz a da mesma maneira que o outro. Ao juntar as partes feitas por
indivíduos diferentes, percebemos como nem sempre as partes formam o todo, pois
não há articulação entre os parágrafos.
Ao escrever diversos parágrafos, é indispensável ter em mente que
todos as partes estão sendo escritas por você mesmo, portanto precisam fazer
sentido entre si, estando ligados de uma forma ou outra.
Imagina se nossos dedos não funcionassem para digitar nossas
ideias no arquivo do word. Não seria estranho? Não conseguiríamos de jeito
nenhum tornar nossas ideias coerentes no papel, pois haveria a carência de uma
parte essencial desse processo: tudo funcionando junto.
Há partículas articuladoras que são indispensáveis para ‘unir”
nosso parágrafos, então use-as: um texto bem articulado é um texto que faz
nosso leitor ficar preso na narrativa, procurando sedento por mais informações
sobre o tema.
Descrevendo: sem exagero, por gentileza
Descrições em demasia em pontos que não tenham tanta importância
para a narrativa somente cansam o leitor, pois não há a necessidade de
descrever um móvel, por exemplo, se ele só está de enfeite no cômodo que haverá
uma briga entre os personagens.
Definir uma finalidade, um objetivo, ao descrever é essencial, uma
vez que, se a intenção for causar algum impacto — positivo ou negativo —, a
descrição precisa estar na medida certa: informação de menos é ruim, assim como
de mais, também. Uma comida com pouco tempero não é boa, assim como
extremamente temperada.
Quando for realizar a descrição de algo — seja uma pessoa, um
objeto ou um ambiente —, pesquise. Pesquise muito, pois é um bom observador
que realiza uma boa descrição.
Seja claro e objetivo: lembre que você está
escrevendo para alguém ler
Sabe quando estamos conversando com alguém? Podemos pedir para repetir uma
ideia caso não entendamos, mas na escrita não é da mesma forma. O que
escrevemos é o que o leitor terá para entender, então trabalhar com clareza e
objetividade é indispensável.
O leitor precisa entender o que queremos passar, senão a escrita perde o seu
valor. Imagina só se sua intenção é fazer uma cena dolorosa, mas o leitor não
consegue entender que a personagem está passando por um momento difícil. É um
dos maiores terrores, cruzes!
Lembre sempre: você está escrevendo para alguém ler. Coloque-se no lugar de
leitor e tente encontrar suas intenções dentro de seu texto.
***
Desenvolver, articular, descrever e ser claro e objetivo são os pontos cruciais
para que a gente não canse o leitor. O processo de escrita é feito de muita
leitura, estudo e prática, então nunca se deixe desistir por conta das dificuldades.
Se tudo funcionar, o texto será tudo, menos cansativo.
Durante todo meu texto, procurei aplicar as ditas. Tente o mesmo também!
Garanto que chegará num determinado ponto que elas estarão enraizadas na mente
de vocês.
Bem, é isso! Espero, de coração, que vocês tenham gostado.
Usei um livro como material de apoio, ele é cheio de dicas de
“como escrever bem”, então achei que seria interessante adaptá-lo com o tema. O
nome dele é “Superdicas para escrever bem diferentes tipos de texto”, da Edna
M. Barian Perrotti.
muito bom essas dicas, estou com dificuldades de desenvolver meu livro por medo dele poder estar ficando confuso e cansativo, mas suas dicas estão me ajudando, obridagaa
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