Depois de muito tempo sem postar nada aqui no blog, decidi vir falar sobre os Vícios de Linguagem que existem na escrita. E o que são esses vícios? De onde eles vêm, o que eles fazem?
Bom, vamos começar com uma definição simples: Vícios de Linguagem são, na maioria das vezes, erros gramaticais que cometemos, tanto por não prestarmos atenção ou por desconhecimento gramatical. Esses erros são muito comuns no nosso dia a dia e, por usarmos tanto, são considerados vícios.
Existem diversos tipos de erros considerados vícios, principalmente na oralidade, no entanto, escolhi as cincomais importantes para contar a vocês como acontecem e o que fazer para evitar:
Ambiguidade: são frases, trechos ou expressões que causam duplo sentido na leitura. Muitas vezes, ocorre devido ao uso incorreto do pronome relativo, de vírgulas e de adjuntos adverbiais.
Exemplo: A mãe encontrou o filho no seu quarto.
Ao ler a frase, é impossível saber se o filho estava no quarto da mãe ou no seu próprio. Para deixar claro em qual quarto ele estava, o ideal é indicar com um pronome possessivo no final, “A mãe encontrou o filho no quarto dela”. Quase todos os casos de ambuiguidade podem ser resolvidos com uma mudança de ordem de algum dos termos ou troca de pronomes.
Estrangeirismo: é o uso de termos ou expressões estrangeiras.
Exemplo: Mesmo sem os ingressos, eles conseguiram entrar no show.
Sim, eu sei – não está errado usar palavras estrangeiras no texto, não mesmo. Acontece que, muitas vezes, usamos inúmeros estrangeirismos de uma vez, com palavras que podemos facilmente encontrar equivalentes na nossa língua, como é o caso do shampoo/xampu.
Cacofonia: é o que ocorre quando o encontro de sílabas ou a repetição de fonemas e sílabas produzem um som desconfortável na leitura. A maioria dos casos ocorre por descuido, de modo que podem ser evitadas com a troca de uma palavra ou outra.
Exemplo: Correu com o coração na mão, pensando nas consequências estúpidas daquela ação.
Obscuridade: consiste em criar uma oração com o objetivo de torná-la difícil, ininteligível, confusa. Ocorre principalmente devido ao abuso de figuras de linguagem ou ao uso inapropriado da pontuação e orações grandes e mal intercaladas.
Exemplo:"Uma vez que se aferiram os resultados da pesquisa, trabalho de muitos meses e destinatária de elevados recursos."
A frase anterior é considerada obscura uma vez que não há oração principal para completar o significado da oração subordinada. A obscuridade já foi utilizada diversas vezes na literatura com o intuito de confundir o leitor, de modo que a complexidade das frases ajudou o autor a alcançar seu objetivo. O grande problema aqui é fazer uso da obscuridade por descuido, o que atrapalhará o melhor entendimento da história.
Pleonasmo: é uma figura de linguagem usada para intensificar o significado de um termo utilizando a repetição da própria palavra ou da ideia contida nela. Como vício de linguagem, o pleonasmo faz o uso de palavras ou expressões consideradas desnecessárias, uma vez que não intensificam o significado e só causam redundância.
Exemplo: Eu não a vi pela última vez há muitos anos atrás.
Apesar de ter citado apenas cinco dos diversos tipos de vícios de linguagem, é importante saber que grande parte deles pode ser evitada com um razoável conhecimento de gramática e uma revisão cuidadosa do próprio texto. Tomar esse tipo de cuidado ajuda a compreensão da história.
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