Por
Jéssica L. (Scout Caramel)
Acredito que vocês já estejam carecas de
saber do desafio de Julho e Agosto do Nyah! (se esse não for o seu
caso e você ainda tiver seus lindos e viçosos cabelos, clique
aqui). O negócio é que
eu decidi me inscrever e participar, mas quando vasculhei o conteúdo
do blog dos betas, percebi uma coisa:
Não tem nenhum artigo sobre o assunto!
Dessa forma, pensei com meus botões: Isso
precisa de uma solução...
Após cautelosa ponderação, resolvi me
empenhar em escrever sobre esse tema, que ainda é meio novo pra mim,
então fiz minha pesquisa e agora trago a vocês os tipos, ou
subgêneros de ficção
científica, de forma resumida, na esperança que isso dê uma
animada em quem está pensando em participar, mas não tem ideia de
por onde começar. Vamos lá:
Hard Sci-fi e Soft Sci-fi
O nível de detalhe e fundamento científico
da sua fic será um dos aspectos a serem levados em consideração,
por isso a conveniência de se dividir as Ficções científicas em
dois tipos:
A ficção científica hard é
quando a história se baseia bastante em plausibilidade em seus
elementos científicos, isto é, do quanto tal tecnologia ou evento
seria possível, descrevendo realisticamente essa
realidade, e imaginando e expandindo os efeitos disso. Vale lembrar
que, por “plausibilidade”, não estou definindo qualidade: um
pouco de realidade é necessária para que o leitor se intesse na sua
fic, mas ela por si só não é garantia de uma história “melhor”:
são apenas focos diferentes. E se por um lado a atenção aos
detalhes e a complexidade maior podem servir de “isca” para o
leitor, como tudo na vida, há o outro lado: a ciência está sempre
avançando, e várias descobertas ocorrem que desmentem antigas
“verdades”, e isso se reflete na história, que pode ficar
parecendo “incorreta”, afinal, o autor não sabia de tal fato no
tempo em que a ficção foi escrita. Alguns autores conhecidos de
Hard Sci-fi são Júlio Verne, Isaac Asimov e H. G. Wells. Entre os
filmes, podemos destacar 2001:
Uma Odisseia no Espaço
(1968), Gravidade
(2013) e
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembraças (2004).
Já a
ficção científica soft seria
quando os elementos científicos são usados apenas como um “pano
de fundo” para a história, sem que esta se concentre realmente em
explorar os aspectos desse elemento, dando espaço na história pra
discutir outros temas. Alguns autores desse estilo são Ray Bradbury,
Neil Gaiman e Philip K. Dick. Entre os filmes, existem vários
exemplos, mas vou destacar três: De
volta para o Futuro (e suas
continuações), a franquia de
Planeta dos Macacos e os filmes
do Star Trek.
Claro que isso também não serve pra
delimitar os autores de Sci-fi, traçando uma linha entre eles;
Vários dos caras citados acima escreveram em ambos os estilos, e
isso não definiu o sucesso deles. Soft ou Hard, o que importa numa
fic é entreter, e isso vale em qualquer gênero.
Cyberpunk, Steampunk e outros “punkies”
Cyberpunk, definida pela Wikipedia
Inglesa: Em geral, é uma ficção
que se localiza no futuro, de caraterísticas decadentes do ponto de
vista moral. Superpopulação, alto índice de violência urbana e
degeneração ambiental são temas frequentes, mas o essencial é a
temática tecnológica em geral enfocada na informática,
telecomunicação e eletrônica. Definida por Lawrence Person, um
editor do gênero: “Personagens
do Cyberpunk clássico eram marginalizados, solitários alienados que
viviam à beira da sociedade, em geral, futuros distópicos onde a
vida diária foi impactada pela rápida mudança tecnológica, uma
datasfera onipresente de informação computadorizada, e a
modificação invasiva do corpo humano.”. Assim, espere encontrar
obras como Akira,
Ghost
in Shell
e Blade
Runner
como os principais representantes
dessa estética.
Steampunk, ou Retrofuturismo:
Trata-se daquela ambientação num futuro também, só que com
aparência de “Inglaterra vitoriana”, com estilo inspirado na
estética do passado, principalmente do século 19. Seria como uma
visão alternativa do futuro, onde toda a tecnologia se parece com
algo que tivesse sido imaginado por pessoas dessa época. Obras como
Metrópolis de Fritz Lang e Farenheit 451 de Ray Bradubury,
imaginavam ambientações futuras que já foram ultrapassadas ou cujo
curso atual da história já inviabilizou. A ambientação fica como
uma espécie de universo alternativo, ou algo do tipo "como
seria se tal coisa tivesse acontecido". Exemplos: Os filmes mais
recentes do Sherlock Holmes
com o Hugh Jackman, Full Metal
Alchemist e Planeta
do Tesouro, da Disney.
Biopunk (traduzido da Wikipedia
Inglesa): Ficção
científica biopunk é um subgênero da ficção cyberpunk que se
passa em um futuro próximo com consequências não intencionais da
revolução da biotecnologia na sequência da descoberta do DNA
recombinante. Histórias biopunk exploram as lutas de indivíduos ou
grupos, muitas vezes o produto da experimentação humana, em um
cenário de governos totalitários e megacorporações que abusam
biotecnologias como meio de controle social e de especulação. Ao
contrário cyberpunk, não se baseia em tecnologia da informação,
mas em biologia sintética. Como no pós-cyberpunk ficção, os
indivíduos são geralmente modificado e não reforçada com
Cyberware, mas por manipulação genética. Uma característica comum
de biopunk ficção é a "clínica negra", que é um
laboratório, clínica ou hospital que realiza ilegal, não
regularmentada, ou modificação biológica eticamente dúbia e
procedimentos de engenharia genética. Como exemplos, posso citar:
Blade
Runner
(de novo!), a série Resident
Evil e
A Ilha
do Doutor Moreau,
do (olha, que coisa!) H.G. Wells.
Social Sci fi (traduzido da Wikipedia
Inglesa): Ficção
científica social é um subgênero do mesmo, onde comentário social
(cultural ou política) ocorre em um universo sci-fi. Ficção
utópica e distópica é um gênero clássico, embora a maioria das
obras de ficção científica pode ser interpretada como tendo
comentário social de um ou outro tipo como uma característica
importante. Não é incomum, portanto, para uma obra de ficção
científica ser rotulada como sci-fi social, bem como inúmeras
outras categorias.
Um
dos escritores que usaram ficção científica para explorar a
sociologia de temas do próximo-futuro foi HG Wells, com seu clássico
“A máquina do Tempo” (1895), no qual o personagem viaja até um
futuro no qual a raça humana se desenvolveu em ramos distintos, os
Elóis e os Morlocks. Os primeiros seriam pacíficos e dóceis,
aparentemente vivendo num mundo paradisíaco, sem qualquer tipo de
preocupações, até perceber que eles, na realidade, servem de
alimentos para uma outra raça, os Morlocks, que vivem no subterrâneo
e que, apesar de outrora terem sido dominados pelos Elóis,
tornaram-se predadores destes. Na realidade, lendo-se a obra pode-se
perceber que o tema na verdade são as conseqüência da desigualdade
de classes: a sociedade feliz de Elois predados pelos Morlocks, mas
que ainda precisam deles para mantê-la funcionando é uma crítica
velada da sociedade capitalista, onde a classe exploradora, ou a
burguesia, é simbolizada pelos fúteis Elóis em seu mundo, e a
classe explorada, ou o proletariado, é representada pelos Morlocks,
desnutridos e vivendo nos subterrâneos.
Space Opera (Segundo a Wikipédia em
português):
Space
opera é
um
subgênero
da ficção
científica
que
enfatiza a
guerra
espacial e
aventura romântica,
muitas
vezes
melodramático,
e que se
passa principalmente ou inteiramente
no espaço.
Geralmente
envolve
conflito
entre
adversários
que
possuem
habilidades
avançadas,
armas futuristas
e/ou outra
tecnologia
sofisticada.
O termo
não tem
nenhuma
relação
com a música,
mas em vez
disso é
uma
brincadeira com o
termo
"horse
opera", que foi
cunhado
durante o
auge do
cinema
mudo para
indicar
filmes de
faroeste
clichês
e
fórmulas.
Space
operas
surgiram
na década
de 1930 e
continuam a
ser
produzidas em
literatura,
cinema,
quadrinhos
e jogos de
vídeo.
Exemplos: o anime Space
Dandy,
a franquia de Star
Wars
e, olha só que surpresa, o desenho do He-man (ai,
tô velha!).
O filme Guardiões
da Galáxia
também tem alguns elementos desse tipo.
Enfim, existem vários outros subgêneros
dentro da Ficção Científica, mas seria difícil abordá-los
convenientemente num só artigo, então por hoje é só, boa sorte
escolhendo o seu tema e divirtam-se pensando em novas formas de
explorar os limites da tecnologia e da imaginação. Como diria o
Capitão Planeta, “O poder é de vocês!” (Ai,
só tenho 23 aninhos, não tô velha!)
Ficção Científica, por Marcus Valerio
XR, Disponível em: <http://www.xr.pro.br/Ficcao_Cientifica.html>
Acesso em 19/07/2015
Wikipedia, Science Fiction, Disponível
em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Science_fiction> Acesso em
19/07/2015
Wikipédia, Ficção Científica,
Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficção_científica>19/07/2015
Muito legal este artigo :-)
ResponderExcluirParabéns!
Adoro os posts da Liga, são muiiiiiitos úteis.
Bjs.
São mesmo, não? Obrigada por comentar, fico feliz que tenha gostado do artigo! =)
ExcluirMuito obrigada pelo comentário! :D
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