9° Lugar - Caso Papai Noel, por Frida
Resenha por Carolina Herdy
“Caso Papai Noel” foi, certamente, uma leitura prazerosa. Devidamente classificada como comédia, conta com uma escrita leve; uma história sendo casualmente contada. O prazer está nesse simples ponto, justamente, além das pequenas passagens engraçadas. Não me refiro a piadas que enchem os olhos de lágrimas, tamanho o riso. Refiro-me a cenas espontâneas, que nos pegam de surpresa e nos fazem interromper a leitura para rir e pensar: "tá, né?"
O enredo em si é bem simples: Papai Noel sumiu; uma equipe de detetives deve procurá-lo. Agora, não podemos ignorar as particularidades, como a equipe responsável pela investigação, que é, no mínimo, incomum, mesmo sendo tratada pela história como a coisa mais certa e normal: um grupo de pequenas criaturas, Pumilias, com nomes de guloseimas. Algumas críticas mesclam-se com essa fantasia leve e divertida, evidenciadas na repórter gananciosa, no cara da câmera que ninguém jamais lembra o nome e, até mesmo, no próprio desfecho da história.
A construção das personagens, por sua vez, não é o forte da autora. Em minha visão particular, as personagens são as figuras mais componentes do contexto, presentes para atuar na história, obviamente, e colori-la. São, contudo, um tanto indefinidas quando o assunto é personalidade. Pouco exploradas, eu diria. Não que isso comprometa a história seriamente.
Se me fosse perguntado o que achei de “Caso Papai Noel” em um modo geral, responderia o que disse no início da resenha: uma leitura divertida e prazerosa, apesar de qualquer eventual defeito. Vale a pena conferir, decerto, e tentar desvendar o mistério junto do general rabugento e da pequenina Pumilia chamada Bengala de Açúcar.
10° lugar - Espírito de Natal, por Isa chan
Resenha por The Escapist
“Espírito de Natal” segue o padrão da maioria das histórias “natalinas”, com um enredo centrado na crença da existência ou não do Papai Noel. Eu confesso que fiquei apreensiva antes de começar a leitura, temia encontrar uma historinha extremamente clichê, mas acabei por me surpreender positivamente com o tom que a autora deu à narrativa. Sim, a história envolve muitos dos clichês característicos do Natal, mas também tem um pouco de aventura e amizade envolvidos.
Tudo começa com o súbito desaparecimento do Papai Noel às vésperas do Natal, o que abalou muitas pessoas, principalmente as crianças. Além do Natal, as comemorações de Ano Novo foram discretas, praticamente inexistentes; era como se o espirito de Natal houvesse acabado. Muitas autoridades ao redor do mundo estão mobilizadas na missão de descobrir o paradeiro do Senhor Noel, mas acredita-se que essas pessoas não estão levando o trabalho a sério. É nesse momento que um grupo de quatro adolescentes é acionado para tentar encontrar o Papai Noel, descobrir o motivo de ele ter desaparecido e salvar o espírito natalino, devolvendo assim a alegria e a esperança para o mundo.
Os quatro jovens escolhidos para a missão não são garotos comuns. Todos são adolescentes entre dezesseis e dezoito anos, gostam de música, gibis, videogames, iPods e coisas normais de adolescente. Mas, além disso, Chloe, Luke, Ryan e Mathew são dotados de poderes especiais. Infelizmente, há uma lacuna na história no que concerne à origem destes heróis. Tudo que se sabe é que eles são “protegidos” por um homem chamado George, que apresenta-se como proprietário de uma empresa milionária que “patrocina” as missões dos garotos. Mas, apesar desse deslize, os personagens foram bem construídos e cada um tem uma personalidade marcante que cumpre um papel importante no decorrer da história.
Ryan é o mais descontraído dos quatro amigos; está sempre de bom humor e leva tudo numa boa, não para quieto e é um pouco ansioso, quer resolver tudo rápido, mas nada que o impeça de ser um amigo leal e prestativo. Ser o mais velho do grupo dá a ele um ar de protetor em relação aos demais. Ryan certamente não mediria esforços para proteger os amigos.
Mathew é o mais centrado, racional; ele gosta de ir direto ao assunto e buscar uma solução lógica para os problemas. É o mais jovem, mas tem uma personalidade forte e decidida, fazendo muitas vezes o papel de mediador do grupo.
Chloe é uma linda; é claro que ser a única menina no grupo já a torna especial, mas essa não é a principal característica dela. Ela é uma garota esperta e inteligente, uma amiga para todas as horas. Eu vejo a Chloe como um porto seguro, um ponto de equilíbrio para os garotos.
E, finalmente, Luke, o garoto cético, que precisa ver para crer; Luke tem uma história mais sofrida do que os outros — isso não está explícito na história, mas a autora conseguiu mostrar através das ações dele —, é como se ele tivesse conhecido o lado mais cruel da vida cedo demais, mas isso também não muda o fato de que ele não mede esforço para ajudar os amigos, mesmo que tenha que embarcar numa missão na qual ele sequer acredita.
O arsenal desses heróis envolve uma mistura de magia — relâmpagos coloridos liberados pelo corpo — e aparatos high-tech — identificação por impressão digitais e jatos especiais. Além disso, eles contam com a mente brilhante de George.
A bordo do avião pilotado pelo seu protetor, o grupo viaja até o Polo Norte e chega à mansão do Papai Noel. Além de ter que desvendar o misterioso sumiço do bom velhinho, o grupo é confrontado com algumas de suas próprias crenças. Foi algo que eu achei particularmente interessante na história, embora seja um tema recorrente e até certo ponto clichê, deixa uma mensagem bacana sobre a importância do amor, e de como a união pode fazer a diferença.
A autora tem uma boa escrita, usa uma linguagem leve, sem recorrer a muitos floreios, tornando a leitura agradável. É uma aventura fantástica que cumpre muito bem seu papel de entreter.
Eu recomendo, especialmente para quem gosta de finais felizes.
Eu juro que achei que tinha comentado aqui HAHAHAHA na verdade eu realmente comentei e não sei se enviei ou fechei a pagina, provável.
ResponderExcluirGostei muito das resenhas, as histórias boas ajudam bastante <3
Beijos