O que te causa medo?

terça-feira, 12 de março de 2013

Por: Nana Akimoto


A maioria dos sites internet afora diz que “o gênero ficcional do terror ou horror pretende provocar a sensação de medo”. Entendemos, então, que esse gênero tem como objetivo assustar, causar espanto, e está presente em praticamente todos os meios de comunicação. Não é um dos gêneros mais populares, embora tenha ganhado muitos adeptos nos últimos anos, possuindo um público bem específico. E o que antes foi apenas um tema vasto, hoje se subdivide em vertentes para agradar a todos os gostos.

Desde assassinos em série a vampiros sedentos de sangue e bruxas com verrugas, o gênero terror abrange todo um imaginário coletivo que causa pavor nas pessoas. É interessante mencionar que, no passado, era muito mais fácil identificar e diferenciar os gêneros, pois, com o passar do tempo, eles foram se mesclando e hoje existem vários subgêneros para confundir nossa cabeça. O terror atualmente pode vir como característica agregada, que é quando a obra não é de terror, mas tem o visual de uma (os filmes do Tim Burton, por exemplo); como gênero secundário, quando há elementos do terror em segundo plano; e o terror propriamente dito, o gênero, que é o principal destaque da obra. O problema deste último é diferenciá-lo do suspense. Quem nunca pediu indicações de obras de terror e ouviu um “tem essa que é suspense [...]” ou algo parecido?


O suspense me causa ansiedade, mas não a repulsa ou horror que o terror causam. Eu ainda acho que tenha a ver com a intensidade, sei lá, uma coisa que me causa uma impaciência, que me faz esperar as cenas com inquietação eu considero suspense, agora quando me causa espanto, coisas assustadoras, aí já considero terror. Salieri, beta e redatora

Podemos ver claramente que muitos autores preferem seguir pela vertente do gore (foco deliberado na violência gráfica, geralmente ligado a filmes contendo cenas de mutilações, decapitações e muito sangue), mas é importante salientar que terror não é ligado necessariamente a isso: o terror psicológico pouco se utiliza desta técnica e, muitas vezes, é capaz de deixar o receptor muito mais assustado.

Identificar o terror em meios de comunicação que usam imagens (filmes e quadrinhos, por exemplo) é fácil, mas e a na literatura? E nas fanfics? O terror está na maneira como o autor descreve as situações, as emoções dos personagens, as motivações e as consequências de seus atos. A vantagem de poder gerar imagens distintas na mente de cada um dos leitores é o que pode vir a tornar o terror e a inquietação ainda maiores. Não são muitos os que se aventuram nesse gênero, pois trata-se de um processo complexo saciar a sede de medo e horror que os apreciadores têm, mas ainda podemos citar bons exemplos na literatura e no cinema.

Eu particularmente prefiro filmes de terror oriental (mestres no assunto), mas temos também os clássicos “O Bebê de Rosemary” e “O Massacre da Serra Elétrica”, e autores como Stephen King (com o O Iluminado e Carrie) e Edgar Allan Poe. É difícil encontrar autores que se foquem no terror propriamente dito, e não apenas no suspense e no mistério. Nunca encontrei uma fanfic que saciasse minhas necessidades aterradoras, por isso convido vocês, leitores e betas, a sugerirem filmes, livros e fanfics que estejam dentro desse incrível universo.

E tenha cuidado: mantenha as portas e janelas sempre bem fechadas.

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Nana Akimoto é beta reader, cursa o 4º semestre de jornalismo e é criadora dos sites: Vermelho (http://vermelho.expressojapao.com) e Expresso Japão (http://expressojapao.com).

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