Por: queijo e uvas passas
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Olá, cupcakes! Hoje vou explicar um pouco mais sobre o gênero Fantasia Científica! Mas, antes disso, precisamos saber a diferença entre Ficção Científica e Fantasia.
Há uma linha que, na maioria das vezes, é tênue entre esses gêneros. O que define se um livro é de fantasia ou de ficção científica é a explicação que se dão aos fatos.
Imagine que, numa galáxia distante, uma garota nasce com poderes de teletransporte, herdados dos pais; os pais conseguiram os poderes negociando com os Guardiões da Floresta de seu planeta. Você diria: “100% ficção científica, afinal, a garota está no espaço, certo?”. Errado. Se, na história, os poderes tivessem sido causados por, por exemplo, radiação gama ou mutações, aí sim, seria ficção científica. Mas como a explicação é totalmente mágica, não utilizando argumentos científicos, a história seria classificada como fantasia.
Agora imagine um garotinho, nascido num Reino em decadência. Esse garoto tem uma mãe doente, e precisa encontrar a cura, ainda inexistente. Ele se esforça ao máximo, estuda, e, após anos de pesquisa, encontra uma cura. Como esta história seria classificada? “Com certeza fantasia. Ele ‘tá em um R-E-I-N-O!” Não, pequeno cupcake, não. Não é o lugar, é a explicação dos acontecimentos. O menino queria a cura para a doença da mãe. E a encontrou. Mas não em forma de poção, ou benção de algum deus/entidade, ou encantamento, ou qualquer outro tipo de magia. O garoto curou a mãe através da ciência: pesquisando e estudando, e testando em outros seres, encontrou um soro que, se aplicado regularmente e nas quantidades corretas, a curaria dentro de um ano.
Dá para entender a diferença?
A única coisa que difere se a sua história/fic, que você terminou de escrever semana passada – sim, aquela mesma – é de ficção científica ou de fantasia é aquela explicação, até então ignorada, do porquê o personagem consegue ficar invisível. É uma capa mágica à lá Harry Potter? Ou um pequeno dispositivo externo de camuflagem agregado à pulseira do seu personagem?
Como havia dito antes, é uma linha tênue.
E, bem, digamos que a Fantasia Científica seria como um “crossover”/uma combinação/uma junção desses dois mundos, que parecem tão distintas, mas que estão mais conectados do que geralmente pensamos.
Com frequência usam essa definição para diferenciar ficção científica de fantasia científica (uma confusão bem comum): "a ficção científica faz o implausível possível, enquanto a fantasia científica faz o impossível plausível".
Ou seja, o que era impossível, como voar, com a Fantasia Científica é plausível. Sabe aquela menina da história? Ela voa graças a um amuleto que ela comprou de um mercador, que, na verdade, é um cientista que inventou um dispositivo de levitação e o implantou no amuleto que, por meio de encantamentos telepáticos, guia o usuário na direção desejada. (Já naquela outra história, o cara se teletransporta por meio de um raio transmissor de matéria; isso é ficção científica. E na outra, o senhor de idade lê mentes, pois, ao nascer, recebeu um encantamento que o permitia fazer tal coisa; isso é fantasia.)
Este gênero, apesar de parecer que nunca ouvimos falar dele, está relativamente presente em nosso dia-a-dia. Obras como "Da Terra à Lua", de Júlio Verne, e "The World Set Free", de H.G. Wells, são classificadas como Fantasia Científica.
Peguemos como exemplo o famoso conto de Júlio Verne, “Da Terra à Lua”. O canhão que lança Columbiad é insustentável tanto na teoria quanto na prática. Mas apresentam a construção com argumentos e cálculos, e, mesmo que não funcione de jeito nenhum, não deixa de ser uma ciência (uma ciência charlatã, fantasiosa ao extremo; mas ainda ciência). Sem contar que não há magia nem fantasia no canhão. “Ah! Mas então deveria ser ficção científica!” Eh... Não: embora tenha uma explicação científica, o canhão nunca serviria ao seu propósito, o que significa que, apesar de ser improvável, dadas as condições, o canhão é plausível. Isso é Fantasia Científica.
E, como vocês puderam perceber, este gênero acaba misturando elementos dos dois mundos: uma pouco de magia, um pouco de ciência. Resumindo, é um daqueles gêneros que só que é nerd nível hard, tipo eu, lê kkkkkk
Espero que tenham entendido as diferenças e que agora saibam reconhecer a Fantasia Científica por aí, perdida entre tantos outros gêneros .
Até mais, cupcakes!
Adorei o post.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
ExcluirVocês bem que poderiam trazer um post sobre cenas em hospital principalmente no momento que chega a hora de seguir a luz. Muito bom o trabalho de vocês estou aprendendo muito.
ResponderExcluirRicardo R. Romeu
Obrigada pelo comentário! Eu adoraria adicionar a tua sugestão ao nosso banco de sugestões, mas não percebi muito bem o que queres dizer. Podes elaborar um bocadinho?
ExcluirÓtimo post! Eu só fazia ideia, mas nunca busquei saber das verdadeiras diferenças, sabe? Ficou bem claro. Bons exemplos! Parabéns!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
ExcluirEsse post ajudou muito, é bom saber as diferenças para não errarmos e sabermos o que estamos escrevendo. Valeu =D
ResponderExcluirObrigada pelo comentário!
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