As 10 Melhores Dicas de Grandes Autores

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Por Michele Bran 
Nyah: https://fanfiction.com.br/u/5389/

Olá, pessoal.
Como estão? Espero que escrevendo bastante!
E por falar em escrita, vamos pegar umas diquinhas hoje com quem manja da coisa? Em minhas muitas andanças pelo mundo da interwebz, cavando links para me ajudar a escrever melhor, encontrei uma coleção de posts com dicas de gente grande no meio que me foram muito úteis, desde as questões mais complicadas até as mais simples (cujas soluções, muitas vezes, estão na nossa cara e não conseguimos enxergar).
Pensando que tais pensamentos poderiam ajudar outras pessoas tanto quanto me ajudaram, fiz um post a respeito com o melhor do melhor das dicas que encontrei.
Pega o bloquinho de notas pra registrar tudo e não esquecer, e vem comigo!

1) Aceite críticas:
Em uma carta ao seu editor, Tolkien mencionou alguns comentários que C. S. Lewis fez sobre “O Senhor dos Anéis”. Nas palavras do próprio:
“Quando ele dizia, ‘Você pode fazer melhor do que isso. Melhor, Tolkien, por favor!’, eu tentava fazer. Eu sentava e escrevia a seção repetidas vezes. Isso aconteceu com a cena que acho que é a melhor do livro: o confronto entre Gandalf e seu mago rival, Saruman, na cidade destruída de Isengard”.
Há críticas que são necessárias para melhorarmos nossa forma de escrever. Alguém que está de fora pode ver seu trabalho com outros olhos e encontrar as mínimas falhas, que não conseguimos ver por estamos tão acostumados com o texto.
Saber ouvir essas sugestões e, sobretudo, separar as que vão ajudar das que não vão é fundamental. Saiba ouvir seus leitores, seus amigos, seu(s) beta(s).
E, por favor, chega de espalhar que críticos são necessariamente haters, frustrados ou invejosos. Se até o Tolkien aceitava críticas de boas, quem somos nós, pobres mortais, pra fazer mimimi?

2) Leia bastante:
Parece óbvio, mas ainda vejo pessoas internet a fora que mal terminal a leitura de um conto curto e querem ser os próximos pica das galáxias quando o assunto é escrever. Sobre isso, temos opiniões de peso.
G. R. R. Martin (juro que o “opinião de peso” e o Martin no mesmo post não foi piadoca de mal gosto rs) já nos diz “eu acho que, a coisa mais importante para qualquer aspirante a escritor, é ler. (...) Você precisa ler de tudo. Leia a história, ficção histórica, biografias, leia novelas de mistério, fantasia, ficção cientifica, horror, os sucessos, literatura clássica, erótica, aventura, sátira. Cada escritor vai ter algo para ensinar a você (...)”.
Ray Bradbury também recomenda que os autores leiam bastante para melhorar seu lado intelectual, desde histórias curtas e poemas a textos de política, biologia, filosofia, entre outros. O mais interessante é que ele recomenda que se faça isso antes de dormir: “no final de mil noites, você estará cheio de material”.
Por último, temos Stephen King e seu conselho curto e grosso: “se você não tem tempo para ler, você não tem tempo ou as ferramentas [necessárias] para escrever”.

3) Escreva:
De nada adianta querer ser escritor sem escrever porra nenhuma (preciso tatuar isso, pra ver se aprendo). O Martin aconselha escrever todos os dias, ainda que uma ou duas páginas, pois é apenas praticando que você pode melhorar sua forma de escrever.
Mas escritores de fanfics, atenção: “Mas não escreva no meu universo, no de Tolkien, no universo Marvel, de Star Trek ou em qualquer outro que você pegue emprestado. Cada escritor precisa aprender a criar seus próprios personagens, mundos e configurações. Usar o mundo de outro é o método preguiçoso. Se você não exercitar esses “músculos literários”, você nunca vai desenvolvê-los”.
Claro que se você não quer ser um escritor profissional um dia, pode ficar feliz escrevendo somente suas fanfics. Então registre a ferro e fogo apenas mais essa dica do Stephen King e elimine qualquer coisa que possa distrair você da atividade de escrever, como telefone/celular, TV ou videogame.

4) Descanse:
Como toda atividade, física ou intelectual, escrever também cansa e, para não desistir, você precisa de uma pausa. Refrescar a mente com outras atividades, seja leitura, exercícios físicos, ou atividades domésticas é sempre uma boa pedida.
O autor Chuck Palahniuk recomenda: “Alternar entre o trabalho cerebral de escrever com o trabalho não-pensante da máquina de lavar roupas ou pratos te dará os intervalos que você precisa para que novas ideias e epifanias ocorram. Se você não sabe o que vem a seguir na estória… limpe seu banheiro. Troque os lençóis. Pelo amor de Cristo, tire a poeira do computador. Uma ideia melhor surgirá”.
Mas também não vale parar de qualquer jeito. Hemingway dizia que o melhor é parar quando você está indo bem na escrita e sabe o que virá nas cenas seguintes. Assim, sua mente estará sempre trabalhando no texto ativamente, o que pode evitar o tão temido bloqueio criativo.

5) Comece devagar:
Se você começou a escrever há pouco tempo, talvez não conseguirá fazer um bom trabalho se já começar de cara fazendo séries gigantes. Sobre isso, Martin e Bradbury pensam o mesmo: é como querer aprender a escalar começando pelo Everest e leva tempo demais. Comece com histórias curtas e contos, que não apenas vão ajudá-lo a aprender como desenvolver personagens e enredo, como podem ser o pontapé inicial para você se tornar mais conhecido, caso resolva participar de antologias.
Trabalhe com calma e lembre, como já sugere King, que você deve escrever uma palavra de cada vez. Dificuldades vão surgir sempre, seja por você não curtir algumas coisas em sua escrita ou por problemas pessoais, mas não se apresse.
Faça como Tolkien e mantenha-se firme. Se ele conseguiu lidar com doenças, problemas pessoais e um filho na Guerra enquanto escrevia obras fodas como “O Senhor dos Aneis” e “O Hobbit”, nós também podemos. É só manter o foco e não parar. 

6) Pense sobre suas cenas e personagens:
Como nós sabemos, as histórias precisam ter uma razão de ser e os personagens, de um objetivo. Antes de começar cada história, é interessante que o autor já tenha pensado em tudo isso. Já falei em inúmeros outros posts do meu blog sobre a importância de planejar sua história, mas é algo tão fundamental que não custa bater de novo na tecla em qualquer lugar onde eu ponha os pés.
Nas palavras de Chuck Palahniuk: “Antes de sentar e escrever uma cena, pondere sobre ela em sua mente e saiba o propósito daquela cena. Para quais tramas anteriores esta cena vai ser vantajosa? O que isso criará para as cenas seguintes? Como esta cena levará seu enredo adiante? Conforme você trabalha, dirige, se exercita, tenha apenas esta questão em sua mente. Tome algumas notas conforme tiver ideias. E apenas quando você decidiu a ‘coluna vertebral’ daquela cena – então, sente e escreva-a. Não vá até aquele computador chato e empoeirado sem algo em mente. E não faça seu [personagem] se esforçar ao longo de uma cena na qual pouco ou nada acontece”.
Já sobre os objetivos dos personagens, todos eles precisam ter algo que os motive, que mova para frente eles e a história. Como já dizia Kurt Vonnegut, “todo personagem deve querer alguma coisa, nem que seja só um copo de água”.
Mas claro, preocupe-se também em passar os sentimentos e modos de ver o mundo daquele personagem da forma mais verdadeira que puder. Para Hemingway, escrever bem é escrever com sinceridade.

7) Não poupe ninguém, nem você:
Escrever tem ótimos momentos, como criar um universo, criar personagens críveis, divertir os leitores... Mas também tem as partes sofridas. Como por exemplo, ter que se livrar de personagens, cenas ou tramas que a gente aprendeu a gostar tanto ao longo do processo de escrita.
Vários autores falam sobre a importância desse desapego literário, mas selecionei minhas três citações preferidas. John Steinbeck já alertava “Cuidado com cenas que se tornam muito queridas para você, mais do que as outras”. Pode ser que elas se mostrem supérfluas e você precise retirá-las em algum momento. Então não se apegue. 
Também não se apegue a personagens. Kurt Vonnegut já recomendava que os autores fossem sádicos e fizessem coisas terríveis acontecerem aos personagens se fosse necessário, não importando quão doces ou inocentes eles fossem.
Stephen King é ainda mais drástico: “mate seus queridinhos, mesmo que isso destrua seu coraçãozinho egocêntrico”.
Desnecessário dizer que o Martin segue isso à risca e eu ainda preciso aprender muito com esses caras, não é?

8) Não escreva somente pensando no público:
Outra dica fundamental é não escrever apenas pensando no que os outros querem ler, em como conseguir leitores ou fazer sucesso. Menos ainda pensando no que os outros vão pensar de mal do seu texto ou que os outros irão criticar.
Simplesmente escreva.
Para John Steinbeck, o autor deve esquecer o público generalizado. “Em primeiro lugar, o público sem rosto e sem nome vai assustá-lo. Em segundo lugar, a menos que você esteja num teatro, ele não existe. Na escrita, o público é um único leitor. Eu descobri que às vezes ajuda escolher uma pessoa ― alguém que você conhece ou que imaginou ― e escrever para ela”.
Já para King e Palahniuk, o fundamental é você escrever para si mesmo, o que você deseja ler. Só então você deve se preocupar com os leitores.

9) Primeiro escreva, depois edite:
Essa é uma dica que sempre dou a quem me pergunta. Escreva. Coloque a ideia no papel. Depois você se preocupa com repetições, erros, clichês, etc. Ao fazer isso e respeitar seu fluxo de ideias, você tem menos chances de ter bloqueios e, em geral, termina de escrever mais rápido e de forma mais natural.
Mas como vocês não estão aqui para minhas dicas, fiquem com esse trecho excelente do John Steinbeck: “escreva o mais livre e rápido possível e coloque tudo no papel. Nunca corrija ou reescreva até que tenha terminado. Reescrever é um processo geralmente usado como desculpa para não seguir adiante”.
Stephen King, apesar de aconselhar o não uso de advérbios, recomenda que você não deve se preocupar exageradamente com a gramática perfeita, porque o objeto da escrita não é a correção gramatical, e sim contar uma história.
Por mais que a língua seja importante, não perca o foco: escreva primeiro. Corrija depois.

10) Escreva com alegria:
E por último, mas não menos importante (pelo contrário), vem a que é outra de minhas dicas preferidas. Remonta ao conselho de escrever primeiro pensando no que você gostaria de ler e no que vai deixá-lo confortável.
Para ser um bom escritor, você precisa de fato gostar do que faz. É um trabalho árduo por si só, então precisamos nos lembrar do que nos deixa feliz em fazê-lo e seguir em frente com isso na cabeça. Ray Bradbury já dizia a seu público: “eu quero que você inveje minha alegria”.
King também arremata dizendo que escrever não é sobre fazer sucesso, ficar rico, conseguir encontros ou fazer amigos. Menos ainda sobre fazer os outros felizes. É sobre ser feliz fazendo arte.
Mantenha isso em mente. Escreva muito, faça sua arte e seja feliz com ela! 

E aí? Curtiram? Espero que tenham gostado e se motivado a continuar escrevendo.

Vejo vocês em outros posts. :*

Fontes e Dicas Adicionais:

Em português:

- Aprenda a escrever ficção de verdade com Ernest Hemingway – 7 dicas de escrita: http://homoliteratus.com/aprenda-escrever-ficcao-de-verdade-com-ernest-hemingway-7-dicas-de-escrita/

- 12 dicas para escritores iniciantes por George R. R. Martin: http://www.gameofthronesbr.com/2014/02/12-dicas-para-escritores-iniciantes-por-george-r-r-martin.html

- A rotina diária de 13 grandes escritores e o que eles fazem para continuar escrevendo: http://papodehomem.com.br/a-rotina-diaria-de-13-grandes-escritores-e-o-que-eles-fazem-para-continuar-escrevendo/

- 10 regras para escrever ficção do escritor e roteirista Elmore Leonard: http://ficcao.emtopicos.com/2013/08/escrever-ficcao-escritor-elmore-leonard/

- Conheça 13 conselhos do transgressor Chuck Palahniuk sobre escrever: http://literatortura.com/2013/05/13-conselhos-de-chuck-palahniuk-sobre-escrever/

- Conselhos de Escrita de Ray Bradbury: http://dicasderoteiro.com/2012/09/25/conselhos-de-escrita-de-ray-bradbury/

- 6 Segredos Que Escritores Experientes Não Admitem: http://corrosiva.com.br/como-escrever-um-livro/6-segredos-que-escritores-experientes-nao-admitem/

- Dicas para novos escritores de outros autores: http://www.youtube.com/watch?v=SdtM3gjNkvs&list=UUNTBIwGaMcImg4C8R3Gq6eQ

- 9 dicas de George R.R. Martin para quem deseja escrever: http://narrativaberta.com.br/9-dicas-de-george-r-r-martin-para-quem-deseja-escrever/

- 22 Conselhos de Stephen King para escritores(as): http://homoliteratus.com/22-conselhos-de-stephen-king-para-escritoresas/



Em inglês:

- 6 Of The Best Pieces of Advice From Successful Writers: http://www.huffingtonpost.com/belle-beth-cooper/6-of-the-best-pieces-of-a_b_4628690.html

- Stephen King top 20 rules for writers: http://www.openculture.com/2014/03/stephen-kings-top-20-rules-for-writers.html

- 7 Kick-Ass Writing Tips from 7 Best Selling YA Authors: http://tomiadeyemi.com/writing-tips-from-7-best-selling-ya-authors/

- We Asked 8 Famous Authors For The Most Important Advice They’d Give To Young Writers: http://www.clickhole.com/article/we-asked-8-famous-authors-most-important-advice-th-2562?

- Ten Rules of Writing from Famous Writers: https://curious.com/lyracommunications/ten-rules-of-writing-from-famous-writers

- Neil Gaiman’s 8 Rules of Writing: http://maxkirin.tumblr.com/post/92478828861/neil-gaimans-8-rules-of-writing-a-remake-of-this

- 27 Pieces Of Advice For Writers From Famous Authors: http://www.buzzfeed.com/ellievhall/27-pieces-of-advice-for-writers-from-famous-authors
0

O Guia da Procrastinação Para Escritores, parte 1

quinta-feira, 6 de julho de 2017


Por: Lariez (https://fanfiction.com.br/u/505672/)
Oi, gente! Esse é meu primeiro post no blog da Liga dos Betas, e acabei escolhendo um tema que sempre me assombrou. Como já li trocentos artigos sobre esse assunto, resolvi juntar minhas experiências (algumas felizes, outras horríveis) e escrever eu mesma um pequeno guia. Espero que te ajude!
Com as férias de muita gente chegando, bate aquele pensamento já conhecido: “cara, eu vou usar esse tempinho livre pra escrever a minha história”. Então, você lembra da história, se anima de novo com o enredo e abre o Word. Quinze minutos depois, a sua amiga te chama para bater papo e, de repente, você se encontra vendo algum vídeo muito aleatório no YouTube ou descendo a página do Facebook. Difícil, né? Esse é o maior inimigo do escritor: a procrastinação. E ela é malvada.
Muitas vezes, fazemos isso sem perceber, e quando percebemos já é tarde demais: a procrastinação quebrou a marteladas o seu raciocínio e você perdeu a animação (de novo, talvez). Isso provavelmente vai fazer com que você volte para os vídeos aleatórios e desista. Isso é normal e acontece com todo mundo, até com a pessoa que escreveu um guia para tentar evitar a procrastinação (sim, por mais irônico que isso seja).
Existem várias ferramentas para evitar que você volte para os vídeos aleatórios enquanto você devia estar escrevendo, mas poucas pessoas as conhecem e as usam. Uma das mais importantes, inclusive, são os softwares (programas de computadores) desenvolvidos para a escrita que nos ajudam a matar a nossa procrastinação interior, e são desses que nós vamos falar nesta primeira parte. Abaixo, estão cinco dos vários programas que escolhi, e um breve resumo deles.

1. FocusWriter

O FocusWriter é um programa bem conhecido pelo seu modo “distraction-free” (do inglês "livre de distração") e por ser simples de se manusear. Ele ocupa todo o espaço da sua tela (sim, aquela barra de ferramentas só aparece se você passar o mouse por ali, assim como a barra inferior onde ficam os documentos editados) a fim de deixar apenas um espaço para que você escreva. O programa também conta com vários outros recursos opcionais, como definição de meta diária, salvamento automático do seu trabalho e dicionário próprio, por exemplo.
Além disso, o FocusWriter é totalmente customizável, ou seja, você pode adicionar backgrounds, escolher o tipo de caixa e as letras! Esse é o layout que eu costumo usar quando escrevo nesse programa. Ele suporta todos os sistemas operacionais disponíveis, desde Windows até Linux, e é de graça (o que eu acredito ser a melhor parte), mas você pode contribuir com os criadores, caso tenha dinheiro. Para fazer o download, acesse a página do software, selecione seu sistema operacional e coloque $0.00 USD como opção de pagamento.



2. Write or Die
Write or Die é uma ótima opção para quem precisa escrever urgentemente ou está simplesmente procurando um desafio. Para começar a escrever neste website (a versão software, infelizmente, é paga), você precisa determinar uma meta de palavras, um tempo determinado para alcançá-la e escolher um modo de escrita, dos quais existem três disponíveis, que vão desde o mais “pega leve” até o mais difícil. Diferentemente dos outros, ele não oferece uma tela livre de distrações, então é preciso que você tenha um pouco de autocontrole. Uma boa sugestão é deixar apenas esse site aberto e colocar o seu navegador em tela cheia (F11).
No “Stimulus Mode”, você escreve ao som de músicas de ambiente, como barulhos de chuva, e quando você para de digitar por um determinado tempo, o som desaparece e a tela se torna vermelha até que você volte a escrever. No “Consequence Mode”, se você para de escrever, a tela fica vermelha e barulhos horríveis começam a aparecer, como choros de vários bebês juntos e buzinas. Já no “Kamikaze Mode”, que aparece no print, o programa começa a apagar letras aleatórias do que está escrito (aproximadamente uma letra por segundo!) até que você volte a escrever. É possível pausar a sessão se você precisar, e também salvar suas palavras.
Para começar a escrever, acesse a página do Write or Die. Vários recursos adicionais irão aparecer, mas você precisa comprá-los por aproximadamente US$ 20.00. Para usar o website de graça, há uma pequena caixa abaixo dessa que permite decidir apenas a meta, o tempo e o modo. Escolha de acordo com a sua coragem, aperte o botão “Try” e divirta-se!

3. WriteMonkey
O Write Monkey é um software com um design super simples, como a imagem mostra. Na tela do seu computador sobram você, suas palavras e um relógio. O design do fundo pode ser personalizado assim como as fontes usadas, mas nada muito sofisticado; muda-se apenas as cores. Você pode ver mais screenshots na própria página do WriteMonkey, além de informações mais específicas sobre o programa.
Além disso, o programa oferece vários recursos adicionais, que vão desde inserção de marcadores no seu texto até opção de outras línguas no programa (infelizmente, o corretor ortográfico na língua portuguesa só está disponível para o português de Portugal), sem contar dos plug-ins disponíveis, que podem ser bem úteis ao escritor. Isso faz dele um dos softwares mais completos, porém um pouco difícil de manusear. Mas é claro, se você está aqui apenas porque precisa terminar aquele capítulo o mais rápido possível, a maioria desses recursos não serão necessários a primeira instância.
Para fazer o download, acesse a página do WriteMonkey e clique em downloads.

4. Calmly Writer

Assim como “Write or Die”, o Calmly Writer não é um software e sim um website (oferecendo uma opção de extensão no navegador Google Chrome), mas merece estar na lista pela praticidade e pelo modo distraction-free.
Na tela de escrita, não há nada mais que o símbolo do website, que leva as preferências (caso o usuário queira, é possível que a contagem de palavras/caracteres também apareça). É recomendado que se escreva na tela cheia, minimizando assim a chance de procrastinação. Isso pode ser feito acessando o menu e selecionando a opção “toggle full screen”.
O Calmly Writer também possui outros recursos, que vão desde o modo focus, que deixa destacado apenas o parágrafo que você está escrevendo, até os sons de teclado. Para usá-lo, apenas acesse o site e clique em “Open Calmly Writer”.

5. FORCEdraft
Deixei esse software por último pelo fato de ser o mais radical da lista, e que provavelmente vai te fazer escrever o que você precisa por bem ou por mal. FORCEdraft é um programa cujo objetivo é não te deixar fazer nada no seu computador até que você escreva o que precisa. Ele “trava” sua barra de ferramentas do Windows para que você não consiga sair da tela, e com isso, continue escrevendo.
São oferecidas três alternativas antes que apareça a tela de escrita: você pode definir um tempo para o bloqueio da tela, um número de palavras ou simplesmente sair quando você quiser (padrão). A única forma de sair do programa é clicando no logo FORCEdraft; porém, dependendo da opção que você escolheu, ele obviamente não vai te deixar sair tão fácil assim e mostrará quantos minutos/palavras faltam. Quando você completa os minutos ou a sua meta de palavras, é só clicar no logo e depois em “save and exit”.
Dica: Cuidado para não confundir as opções! Da primeira vez que usei esse programa, escolhi 500 palavras e cliquei erroneamente na opção dos minutos. No fim, tive que esperar 500 minutos (chorando) para usar meu computador novamente. Além disso, é bom que você faça tudo o que precisa no seu computador antes de começar a escrever no FORCEdraft.
Infelizmente, o site oficial deste software não existe mais, mas ainda é possível fazer download de graça (assim como os desenvolvedores o disponibilizaram) acessando o link.

Existem outros softwares disponíveis por aí, como o DarkRoom, o ZenPen e o OmmWriter. Vale a pena dar uma olhada neles se você não gostou ou não se deu bem com algum dessa lista.
Quero ressaltar que nenhum desses softwares vai te salvar 100% da procrastinação (infelizmente). Eles oferecem apenas a base, e cabe a você construir a casa em cima dela. O que eu quero dizer com essa metáfora de qualidade duvidosa é que você precisa se policiar, fazer a sua parte. O programa já é de grande ajuda, mas se você ficar interrompendo sua escrita para ver os vídeos aleatórios, não vai adiantar muita coisa. É preciso que você tenha, acima de tudo, foco.
Uma coisa que costumo fazer é desligar a internet e deixar apenas o software de escrita em execução no computador. Assim, se eu acabar me distraindo e abrir o navegador, ele não vai se conectar e eu vou acabar voltando a escrever. Além disso, não comece estipulando metas muito grandes, como terminar todo o capítulo naquele dia ou escrever 2000 palavras. Começar do pouco vai fazer com que você alcance a meta de uma forma mais rápida, e então você pode aumentar gradativamente. Tentar escrever 500 palavras por dia, tecnicamente, vai ser mais eficaz do que tentar escrever 2000 em um único dia.
E é isso! Espero ter ajudado com essa lista. A parte 2 sairá em breve, se eu parar de procrastinar.
XOXO, Lariez.
9


As imagens que servem de ilustração para o posts do blog foram encontradas mediante pesquisa no google.com e não visamos nenhum fim comercial com suas respectivas veiculações. Ainda assim, se estamos usando indevidamente uma imagem sua, envie-nos um e-mail que a retiraremos no mesmo instante. Feito com ♥ Lariz Santana