Resenha: O Guia do Mochileiro das Galáxias

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Por: Rodrigo Caetano

Não entre em pânico! Sério, galera, está tudo bem. Eu sei que hoje não é dia de postagem, mas tem resenha hoje mesmo assim. Sabe porquê? Por que hoje é dia 25 de maio, o dia de homenagear ninguém menos que Douglas Adams.

Gente, de verdade, se vocês não sabem quem ele é, deem uma olhada. Esse cara era um gênio!

E o dia 25 de maio foi o dia escolhido pelos seus fãs para honrar esse grande escritor, e passou a ser conhecido como dia internacional da toalha. Sim! Da toalha! Hoje é o International Towel Day, e não é porque Douglas Adams foi o cara que inventou a toalha (eu juro que, se você ler o livro, isso tudo vai fazer sentido — talvez). Na verdade, o que ele fez foi escrever um livro.

Um não, uma trilogia. Uma das trilogias mais sensacionais que eu já li. A única que tem cinco (!!!)livros.

Então, sem mais delongas, venho aqui apresentar para vocês a resenha de O Guia do Mochileiro das Galáxias, o “volume um de uma trilogia de cinco”, que é seguido por “O restaurante no fim do universo”’; “A vida, o universo e tudo o mais”; “Até mais e obrigado pelos peixes”; e “Praticamente inofensiva”.

Título em Português: O Guia do Mochileiro das Galáxias

Título Original: The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy

Editora: Arqueiro

Sinopse: “Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, O Guia do Mochileiro das Galáxias vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado.

Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect.

A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T., que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagem interplanetário.

Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da “alta cultura” e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar”.


Resenha:


Gente, deixa eu começar dizendo que, apesar de ser uma ficção cientifica, esse é um livro, primordialmente, de comédia. E, tendo dito que é uma comédia, devo alertar que é o livro de filosofia mais engraçado que eu já li. Sem brincadeira, como a sinopse bem diz, ele busca descobrir o sentido da vida, e, se pode apresentar uma conclusão, ela vem escrita, de cara, na capa: “não entre em pânico”.

Nosso protagonista se chama Arthur Dent, um inglês que, como todo bom inglês, tem um apego a suas tradições e a seus costumes — como, por exemplo, a hora do chá. Seu melhor amigo se chama Ford Prefect — o nome de um carro muito popular há algumas décadas na Inglaterra. Arthur nem desconfia, mas seu amigo é, na verdade, um alienígena que trabalha para o Guia do Mochileiro das Galáxias, um repositório de conhecimento intergaláctico.

O Guia é, talvez, a coisa mais difícil de explicar dessa história inteira. Mas, de maneira simples, podemos dizer que ele é um livro, em forma de tablet— é até difícil acreditar que Douglas Adamsfoi publicado na década de 1970 — que funciona como uma Wikipédia de todo o universo conhecido — só que o universo conhecido é mesmo muito, muito grande. Nem dizer que é infinito ajuda a entender o quão grande ele é. Não se trata apenas do sistema solar e da nossa galáxia.

Ponto é que, em uma bela quinta-feira, Arthur percebe que — para sua surpresa — estão prestes a demolir sua recatada casa para construir uma estrada. E, pouco depois, seu amigo Ford o encontra discutindo com o pessoal da obra, e avisa que ele não tem porque se preocupar com sua casa, pois o planeta inteiro está prestes a ser destruído para a construção de uma hipervia espacial. E ele fala assim, como se não fosse nada demais, apenas mais uma típica quinta-feira.

Ford consegue fugir da terra com Arthur antes da destruição do planeta, e isso dá início a mais maravilhosa saga espacial já contada.

Misturando o absurdo com o comum, o autor brinca com política, com burocratas, com todas as instituições que conhecemos, e faz graça de tudo o que você possa imaginar, sem sequer te contar que está fazendo graça. É assim que ele te faz questionar o quão importante realmente são as coisas que você acha que são importantes. Você ri de tão absurdas que são as situações, e, quando percebe, chega à conclusão de que, na verdade, a vida não está nem um pouquinho — mas nem um “pouquinhozinho” mesmo — sob o seu controle.

Sem querer, quase em um passe de mágica, você percebe que está rindo dos próprios planos que fez para a sua vida, e é aí que entra a graça de tudo — justamente quando você para de rir. É aí que nós descobrimos o verdadeiro sentido da vida, e que o aviso que vem impresso na capa — na grande maioria delas, pelo menos — do livro vem bem a calhar: não entre em pânico!

O livro é tão sensacional e tão reconhecido que já inspirou muitas das coisas com as quais estamos acostumados. O tradutor oficial do Yahoo, durante muito tempo, tinha o símbolo de um peixinho amarelo, que é uma clara referência ao peixe-babel, um animal que Ford apresenta a Arthur nos primeiros capítulos do livro, capaz de fazer você entender qualquer idioma falado já inventado ou que possa ser inventado no futuro.

É o tipo de livro que você pode ler com dez anos ou com cinquenta, e você vai continuar aproveitando tudo que ele tem para dar. E você vai curtir mais ainda se ler aos dez anos e, de novo, aos cinquenta. E você pode ser astrofísico ou sociólogo, professor de jardim de infância ou de Harvard, o livro vai continuar despertando risadas das mais sinceras e pensamentos dos mais assustadores e revolucionários que você já teve. É, literalmente, um guia para o resto da sua vida. Afinal, o que somos nós, se não mochileiros das galáxias?

Não percam tempo. Vocês não têm ideia da maravilha que esse livro é. E ele é curto, tem menos de duzentas páginas, e costuma ser vendido em qualquer lugar da internet, por preços bem acessíveis. Você pode até comprar os cinco livros da trilogia, juntos, normalmente pelo mesmo preço de um livro comum.

Garanto que vocês não vão se arrepender, é só prestarem bastante atenção em onde guardam suas toalhas, e não entrar em pânico.

Um abraço e até a próxima! Feliz dia da toalha!

6 comentários:

  1. obrigada, acabei de ler o livro e achei sua resenha otima,

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  2. adorei sua resenha, me inspirou a ler o livro. irei iniciar a leitura em breve!

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  3. O livro é realmente fantástico. Confesso que só li depois de ter lido a sua resenha. Me inspirou.

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